tag:blogger.com,1999:blog-61072813906655342072024-02-20T02:26:37.014-08:00Teoria da acidez na Aterosclerose - Novas Evidências“Carlos, sua tese sobre estresse, ambiente ácido e doença arterial coronária é brilhante. Particularmente impressionante é como você relaciona o pH com uma oxidação aumentada no LDL, a qual aumenta o processo da aterogênese”.
(declaração realizada no fórum do THINCS em 22 de Junho de 2011 por David Diamond, Ph.D, professor dos Depts de Psicologia, Farmacologia Molecular e Fisiologia, University of South Florida)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-82506685824864984722013-02-10T23:54:00.000-08:002013-02-13T12:49:22.371-08:00O vínculo entre a aterosclerose e a doença de AlzheimerEvidência corrente de estudos patológicos, clínicos e epidemiológicos indica que existe uma associação da doença de Alzheimer (AD) com a doença aterosclerótica, através de uma redução crônica na hipoperfusão cerebral.<br />
<br />
De fato, estudos recentes mostraram que um grande aumento na espessura da intima medial da carótida pode ser considerado como um fator marcador da progressão no declínio cognitivo na AD, e que a intervenção para reduzir a aterosclerose pode ajudar a prevenir o início da demência vascular e da AD (1,2,3)<br />
<br />
De qualquer forma devemos levar em consideração que a demência vascular e a AD têm diferentes origens patológicas, com a AD vinculada com baixa pressão sanguínea e a demência vascular vinculada com alta pressão sanguínea (4).<br />
<br />
Jack C de la Torre, um dos desenvolvedores da hipótese vascular (5), em um recente estudo (6) implicou muitos outros possíveis fatores de risco, além da doença arterial coronária, no desenvolvimento da diminuição cognitiva precedendo a AD. Entre esses fatores de risco ele cita: fibrilação atrial, eventos trombóticos, hipertensão, hipotensão, insuficiência cardíaca, baixo índice cardíaco e patologia vascular.<br />
<br />
Em sua lista soa paradoxal a inclusão da hipertensão como um dos fatores de risco cardiovasculares responsáveis pelo declínio cognitivo antes da AD, tomando a hipoperfusão como o fator chave. Embora ele argumente que muitos estudos tem implicado a função cognitiva prejudicada à hipertensão em pacientes geriátricos, e que é conhecido já algum tempo que a hipertensão no idoso é um potencial fator de risco para AD. <br />
<br />
De la Torre diz que o que ainda continua não esclarecido é precisamente como a hipertensão aumenta a incidência de AD, particularmente naqueles não tratados com anti-hipertensivos. Sua teoria é de que uma hipoperfusão cerebral crônica gerada pela aumentada resistência vascular na hipertensão possa ser o fator chave vinculando a alta pressão sanguínea e AD.<br />
<br />
Entretanto, mesmo que vários estudos tenham relatado que a alta pressão sanguínea na meia-idade possa aumentar o risco de um prejuízo cognitivo no final da vida, lesões de substancia branca, demência clínica e marcadores neuropatológicos de AD (7, 8), existem alguns achados contraditórios sobre o papel da hipertensão na AD, como: <br />
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a) Uma meta-análise de estudos longitudinais mostrou que não existe diferença significativa na incidência de AD entre indivíduos com e sem o uso de medicação anti-hipertensiva (9). <br />
<br />
b) Uma revisão no banco de dados Cochrane diz que não existe evidência convincente nos testes identificados de que a redução na pressão sanguínea no final da vida previna o desenvolvimento de demência ou do prejuízo cognitivo em pacientes hipertensos com nenhuma doença cerebrovascular prévia aparente (10). <br />
<br />
c) A predominância da hipertensão na meia-idade é menor em pacientes com AD comparada com indivíduos sem AD (11)<br />
<br />
O que despertou nosso interesse sobre a doença de Alzheimer, e de sua associação com a aterosclerose/doença cardiovascular, foi uma recente matéria da Medical News Today (12) informando que o uso de betabloqueadores para o tratamento da hipertensão resultou em menores lesões cerebrais na autópsia de pacientes com doença de Alzheimer do que o uso de outras medicações anti-hipertensivas.<br />
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Esse estudo envolveu 774 homens idosos Japoneses - Americanos os quais tomaram parte no estudo de envelhecimento Honolulu - Ásia (8). Autopsias foram realizadas após o óbito dos participantes. Dos 774 homens 610 tinham alta pressão sanguínea ou foram tratados com medicação para alta pressão sanguínea. Entre aqueles que foram tratados (cerca de 350), 15 por cento receberam apenas a medicação através de betabloqueadores, 18 por cento receberam betabloqueadores adicionados a uma ou mais medicações, e o restante dos participantes receberam outras drogas para pressão sanguínea. <br />
<br />
Eles acharam que todos os tipos de tratamentos foram claramente melhores do que nenhum tratamento. Contudo, os homens que receberam betabloqueadores como sua única medicação para pressão sanguínea tiveram menos anormalidades nos seus cérebros comparativamente aqueles os quais não foram tratados para sua hipertensão, ou que receberam outras medicações para pressão sanguínea. Os cérebros dos participantes que receberam betabloqueadores, mais outras medicações, mostraram uma imediata redução nos números de anormalidade cerebral. <br />
<br />
Estes incluíram dois tipos distintos de lesão cerebral: aqueles indicando doença de Alzheimer, e lesões chamadas de microinfartos, usualmente atribuídos a minúsculos, múltiplos, derrames não reconhecidos. Os participantes do estudo que tomaram apenas betabloqueadores ou em combinação com outras medicações para pressão sanguínea tiveram significativamente menos encolhimento em seus cérebros (13, 14). <br />
<br />
Meu interesse sobre o assunto até aumentou quando eu li a entrevista dada pelo Dr. White, um dos autores, ao Heartwire (15):<br />
<br />
-- Especulando sobre o mecanismo, White notou que os betabloqueadores reduziram a taxa de pulso, a qual poderia ter um efeito para os microinfartos em vasos pequenos no cérebro. “A exposição ao longo da vida quanto a pressão de pulso no cérebro” pode causar algum dano," ele disse. “Enquanto nós pensavamos que os beta-bloqueadores poderiam reduzir os microinfartos cerebrais, o que fizeram, o que se viu foi uma maior redução nas lesões do tipo Alzheimer, a qual não esperávamos. No momento presente isso tem um pouco de mistério e pode ser uma descoberta casual. Mas, se é um efeito real, eu acho que tem algo a ver com a função autonôma. " White sugeriu que um razoável próximo passo poderia ser o de testar essa hipótese em camundongos geneticamente modificados para produzir essas lesões de Alzheimer. "Se nós tratarmos esses camundongos com betabloqueadores e eles desenvolverem menores lesões, então nós iremos saber que isso é um efeito dos remédios," ele comentou. –<br />
<br />
Além disso, nós vemos alguma convergência entre as interpretações de White e nossos conceitos de que a disfunção do sistema nervoso autônomo, com a predominância do simpático, seja o fator primário na cascata de eventos levando a aterosclerose, de acordo com a teoria da acidez desenvolvida em 2006. De outro lado os betabloqueadores têm efeitos simpatolíticos que levaram a redução na progressão das placas ateroscleróticas em diversos estudos. O uso de simpatolíticos poderia oferecer alguns benefícios na doença de Alzheimer nesse sentido (16). <br />
<br />
Então começamos a procurar por trabalhos sobre disfunção autônoma e uso de betabloqueadores na doença de Alzheimer. <br />
<br />
A respeito de disfunção autônoma achamos muitos estudos mostrando esse relacionamento, com a indicação de uma aumentada atividade simpática e decrescida atividade parassimpática em pacientes com AD (17-25). Soube também quanto a uma hipótese recente colocando que uma elevada norepinefrina endógena cerebral pode ser um fator etiológico em alguns casos de AD, tanto antes quanto durante a progressão da doença (26). <br />
<br />
Também, um recente estudo descobriu que a função baroreflexa é reduzida na doença de Alzheimer (27). Uma sensibilidade baroreflexa diminuída pode ativar o sistema nervoso simpático (28). <br />
<br />
O primeiro estudo demonstrando algum benefício do uso de betabloqueadores em demência senil ocorreu quando seis pacientes que exibiram um comportamento gravemente perturbador foram tratados com propranolol o qual controlou essa condição em todos os casos, sem a necessidade de induzir uma sedação geral (29). <br />
<br />
Mais recentemente, um largo estudo populacional de pessoas acima de 65 anos relatou <br />
que o uso de medicações hipertensivas, incluindo betabloqueadores, significativamente reduziu o risco de AD (30). Em uma subsequente análise do estudo “Cache Count”, de individuos com AD incidente, os participantes tomando betabloqueadores – a maioria dos pacientes com angina – experimentaram um decréscimo de 40% na taxa de declínio funcional comparativamente aqueles que não tomaram betabloqueadores (31). <br />
<br />
Na verdade, existe uma indicação através de um estudo retrospectivo recente, baseado em banco de dados, sobre um possível efeito protetor de alguns agentes hipertensivos (betabloqueadores e inibidores da ECA) no desenvolvimento de demência (32)<br />
<br />
Igualmente, experimentos em animais usando o betabloqueador Carvedilol descobriu que ele interfere com os mecanismos neuropatológicos, bioquímicos, e eletrofisiológicos subjacentes a deterioração cognitiva na AD, suportando o desenvolvimento potencial do Carvedilol como um tratamento para AD. Em outra publicação o mesmo grupo de pesquisadores diz que seus resultados sugerem que o Carvedilol reestabelece transmissão sináptica basal, amplia a plasticidade neuronal e suprime a hiperexcitabilidade neuronal em camundongos (33, 34). <br />
<br />
A despeito de seus benefícios na redução da progressão das placas ateroscleróticas e possíveis ações positivas diretamente no cérebro, o uso de betabloqueadores pode carregar alguns riscos que foram relatados em estudos recentes, por exemplo:<br />
<br />
a) O efeito dos betabloqueadores como um tratamento da hipertensão primária tem sido questionado. Em um estudo de meta-análise recente, publicado no jornal Lancet em 2005, os autores dizem que o efeito dos betabloqueadores comparativamente ao placebo é menos do que ótimo, com nenhuma diferença para o infarto do miocárdio mas com um aumentado risco para o acidente vascular cerebral (AVC) (35). A propósito, a hipertensão é um fator de risco altamente prevalecente para o AVC.<br />
<br />
b) Outro estudo recente confirmou que o uso de betabloqueadores não parece ser de qualquer benefício em três grupos distintos de pacientes ambulatoriais estáveis: aqueles com doença arterial coronária mas sem nenhuma história de infarto do miocárdio; aqueles com nenhuma história de infarto do miocárdio (um ano ou mais); e aqueles com apenas fatores de risco coronário (36). <br />
<br />
c) Alem disso, em um estudo randomizado publicado no jornal Lancet em 2008, seus autores dizem que aconteceram mais óbitos no grupo do betabloqueador Metoprolol do que no grupo do placebo, em pacientes submetidos a cirurgia não cardíaca (129 versus 97 pacientes) (37).<br />
<br />
d) Finalmente, uma nova meta-análise sugere que os betabloqueadores têm apenas um pequeno efeito em pacientes com insuficiência cardíaca e fibrilação atrial (38). Os betabloqueadores têm sido a pedra angular no tratamento da insuficiência cardíaca e são recomendados para o tratamento da insuficiência cardíaca e fibrilação atrial, embora para diferentes indicações. Nas recomendações para a insuficiência cardíaca os betabloqueadores são indicados como uma terapia standard para todos os pacientes no sentido de reduzir a morbidade e mortalidade, paradoxalmente, até mesmo na insuficiência cardíaca sistólica que é causada por uma redução na contratilidade cardíaca, que resulta em um inadequado débito cardíaco. <br />
<br />
Então, enquanto os betabloqueadores podem ser vistos como úteis na aterosclerose, e em outras doenças, seus pobres resultados nas situações clínicas citadas acima podem estar relacionadas com seus efeitos de hipocontratilidade generalizada, hipótese defendida por Mesquita e colegas desde 1979 (39).<br />
<br />
A diminuída contratilidade miocárdica causada pelo uso dos betabloqueadores merece mais pesquisas não somente para confirmar se o inotropismo negativo é o real culpado pelos pobres resultados alcançados por essas drogas, como também na procura por outros agentes simpatolíticos que irão ajudar o cérebro sem deprimir o coração.<br />
<br />
Carlos Monteiro<br />
<br />
P.S.:<br />
<br />
<span lang="PT">Um simpatolítico alternativo que deveria merecer uma maior investigação para o tratamento da hipertensão arterial e da aterosclerose seria a digoxina em baixa dosagem, a qual também irá possivelmente oferecer um efeito benéfico na redução do risco de demência e doença de Alzheimer (16). A propósito, o tratamento com a digoxina, em doses baixas (< ou = 0,125 mg/dia) provavelmente irá resultar em baixas concentrações plasmáticas de 0,5-09ng/ml (40). Gheorghiade e colegas, em um estudo retrospectivo de dados a partir do estudo DIG também indicaram um efeito benéfico da digoxina na morbidade e, sem excesso na mortalidade em mulheres, com concentrações séricas de 0,5 - 0,9 ng/ml, ao passo que as concentrações séricas > ou = 1,2ng/ml pareceram nocivas (41).<br />
<br />
<br /></span>Referências:<br />
1. Silvestrini M, Gobbi B, Pasqualetti P, et al, Carotid atherosclerosis and cognitive decline in patients with Alzheimer's disease. Neurobiol Aging. 2009 Aug;30(8):1177-83<br />
2. Silvestrini M, Viticchi G, Falsetti L et al The role of carotid atherosclerosis in Alzheimer's disease progression. J Alzheimers Dis. 2011;25(4):719-26<br />
3. Wendell CR, Waldstein SR, Ferrucci L, O'Brien RJ, Strait JB, Zonderman AB. Carotid atherosclerosis and prospective risk of dementia. Stroke. 2012 Dec;43(12):3319-24<br />
4. Alzheimer’s Solved (Condensed Edition), 2006, by Henry Lorin<br />
5. de la Torre JC, Mussivand T. Can disturbed brain microcirculation cause Alzheimer’s disease? Neurological Research. 1993;15(3):146–153<br />
6. de la Torre JC. Cardiovascular Risk Factors Promote Brain Hypoperfusion Leading to Cognitive Decline and Dementia. Cardiovasc Psychiatry Neurol. 2012; 2012: 367516.Full free text at http://www.hindawi.com/journals/cpn/2012/367516/ <br />
7. Kennely SP, Lawlor BA and Kenny RA. Blood pressure and the risk of dementia: a double edged sword. Ageing Res Rev. 2009 Apr;8(2)<br />
8. Peila R, White LR, Masaki K, Petrovitch H, Launer LJ. Reducing the risk of dementia: efficacy of long-term treatment of hypertension. Stroke 2006;37:1165–1170. Full free text at http://stroke.ahajournals.org/content/37/5/1165.long<br />
9. Guan JW, Huang CQ, Li YH, Wan CM, You C, Wang ZR, Liu YY, Liu QX. No association between hypertension and risk for Alzheimer's disease: a meta-analysis of longitudinal studies. J Alzheimers Dis. 2011;27(4):799-807.<br />
10. McGuinness B, Todd S, Passmore P, Bullock R. Blood pressure lowering in patients without prior cerebrovascular disease for prevention of cognitive impairment and dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2009 Oct 7;(4):CD004034.<br />
11. Kuyumcu ME, Yesil Y, Oztürk ZA, Halil M, Ulger Z et al. Alzheimer's disease is associated with a low prevalence of hypertension. Dement Geriatr Cogn Disord. 2012;33(1):6-10. <br />
12. Medical News Today, Do Beta-Blockers Reduce Dementia Risk? 08 Jan 2013<br />
13. American Academy of Neurology. Can Blood Pressure Drugs Reduce the Risk of Dementia? January 7, 2012 at http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=1127 <br />
14. White L, Gelber R. Launer T et al. Beta Blocker Treatment of Hypertensive Older Persons Ameliorates the Brain Lesions of Dementia Measured at Autopsy: The Honolulu- Asia Aging Study"; Author/presenter: Lon White; abstract due to be presented 21 March 2013, abstract 2171, at AAN 65th Annual Meeting, San Diego.<br />
15. Susan Hughes, Beta-blockers linked to fewer Alzheimer’s lesions. Heartwire, January 8, 2012. <br />
16. Carlos ETB Monteiro, Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar a aterogênese", 28 de janeiro de 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a><br />
17. Idiaquez J, Roman GC et al. Autonomic dysfunction in neurodegenerative dementias. J Neurol Sci. 2011 Jun 15;305(1-2):22-7. doi: 10.1016/j.jns.2011.02.033. Epub 2011 Mar 25.<br />
18. Toledo MA, Junqueira LF Jr et al, Cardiac autonomic modulation and cognitive status in Alzheimer's disease. Clin Auton Res. 2010 Feb;20(1):11-7. <br />
19. Birkhofer A, Schmidt G, Förstl H. Heart and brain -- the influence of psychiatric disorders and their therapy on the heart rate variability. Fortschr Neurol Psychiatr. 2005 Apr;73(4):192-205<br />
20. Algotsson A, Viitanen M, Winblad B, Solders G. Autonomic dysfunction in Alzheimer's disease. Acta Neurol Scand. 1995 Jan;91(1):14-8. <br />
21. Wang SJ, Liao KK et al. Cardiovascular autonomic functions in Alzheimer's disease. Age Ageing. 1994 Sep;23(5):400-4<br />
22. Vitiello B et al. Autonomic dysfunction in patients with dementia of the Alzheimer type. Biol Psychiatry. 1993 Oct 1;34(7):428-33.<br />
23. Aharon-Peretz J, Harel T, Revach M, Ben-Haim SA. Increased sympathetic and decreased parasympathetic cardiac innervation in patients with Alzheimer's disease. Arch Neurol. 1992 Sep;49(9):919-22<br />
24. Borson S et al. Impaired sympathetic nervous system response to cognitive effort in early Alzheimer's disease. J Gerontol. 1989 Jan;44(1):M8-12.<br />
25. Franceschi M eT AL. Signs of cardiac autonomic dysfunction during sleep in patients with Alzheimer's disease. Gerontology. 1986;32(6):327-34.<br />
26. Fitzgerald PJ. Is elevated norepinephrine an etiological factor in some cases of Alzheimer’s disease? Curr Alzheimer Res 2010 Sep;7(6):506-16<br />
27. Meel van den Abeelen AS, Lagro J et al. Baroreflex function is reduced in Alzheimer’s disease: A candidate biomarker? Neurobiol Aging 2012 Nov 7SO197-4580 (12) 00521.<br />
28. Livro Teoria da Acidez na Aterosclerose - Novas Evidências, 2011, Carlos Monteiro, <a href="http://www.infarctcombat.org/TeoriadaAcidez.html">http://www.infarctcombat.org/TeoriadaAcidez.html </a><br />
29. Weiler PG, Mungas D, Bernick C. Propranolol for the control of disruptive behavior in senile dementia. J Geriatr Psychiatry Neurol 1988 Oct-Dec; 1(4):226-30<br />
30. Khachaturian AS, Zandi PP, Lyketsos CG, et al. Antihypertensive medication use and incident alzheimer disease: the cache county study. Archives of Neurology. 2006;63(5):686–692.<br />
31. Rosenberg PB, Mielke MM, Tschanz J et al. Effects of cardiovascular medications on rate of functional decline in Alzheimer disease. Am J Geriatr Psychiatry 2008 November; 16(11):883-892<br />
32. Wagner G, Icks A, Abholz HH et al. Antihypertensive treatment and risk of dementia. A retrospective database study. Int J Clin Pharmacol Ther 2012 Mar; 5)(3):195-201<br />
33. Wang J, Ono K, Dickstein DL, Arrieta-Cruz I et al. Carvedilol as a potential novel agent for the treatment of Alzheimer's disease. Neurobiol Aging. 2011 Dec;32(12):2321.e1-12.<br />
34. Arrieta-Cruz I, Wang J, Pavlides C, Pasinetti GM. Carvedilol reestablishes long-term potentiation in a mouse model of Alzheimer's disease. J Alzheimers Dis. 2010;21(2):649-54<br />
35. Lindholm LH, Carlberg B, Samuelsson O. Should B blockers remain first choice in the treatment of primary hypertension? A meta-analysis. Lancet 2005;366:1545-53<br />
36. Bangalore S, Steg PHG, Deedwania P, et al. Beta blocker use and clinical outcomes in stable outpatients with and without coronary artery disease. JAMA 2012; 308:1340-1349<br />
37. POISE study group. Effects of extended-release metoprolol succinate in patients undergoing non-cardiac surgery (POISE Trial): a randomized controlled trial. Lancet 2008; 371: 1839-47<br />
38. Rienstra M, Damman K, Mulder BA, et al. Beta-blockers and outcome in heart failure and atrial fibrillation. A meta-analysis. JACC: Heart Fail 2013; 1:21-28<br />
39. Mesquita, QHde, Livro Teoria Miogênica do Infarto Miocárdico. <a href="http://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.html">http://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.html </a> <br />
40. Rathore SS, Curtis JP, Wang Y, Bristow MR, Krumholz HM, Association of serum digoxin concentration and outcomes in patients with heart failure, JAMA. 2003;289:871-878 http://tinyurl.com/c7os3 <br />
41. Relationship of serum digoxin concentration to mortality and morbidity in women in the digitalis investigation group trial: a retrospective analysis, Adams KF Jr, Patterson JH, Gattis WA, O Connor CM, Lee CR, Schwartz TA, Gheorghiade M., J Am Coll Cardiol. 2005 Aug 2;46(3):497-504 http://tinyurl.com/8ppnp Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-41785359474979042022012-05-24T09:55:00.000-07:002012-05-24T09:55:22.585-07:00Porque os alcoólicos têm um baixo risco de doença coronário-miocárdicaO estudo Espanhol de grupos EPIC (European Prospective Investigation into Cancer), publicado em 2010, que incluiu 15630 homens e 25808 mulheres, concluiu que a ingestão de álcool (consumo moderado, alto e muito alto) no homem com idade entre 29 a 69 anos foi associada com uma menor incidência de doença coronário-miocárdica, superior a 30% (1).
Lendo um antigo artigo de autoria de Leary, publicado em 1935 (2), vi que seu interesse sobre aterosclerose surgiu da informação de que algumas pessoas que sofriam de alcoolismo pareceram mostrar um menor grau de aterosclerose do que suas idades poderiam justificar. Então, procurei por trabalhos mais recentes que pudessem confirmar essa relação achando um estudo de 1995 comparando um grupo de alcoólicos os quais foram submetidos a autopsia médico-legal durante um período de cinco anos, com controles não-alcoólicos que não diferiam dos alcoólicos no critério de seleção. Esse estudo mostrou nos exames que homens alcoólicos e mulheres mais velhas tiveram um significativo menor grau de aterosclerose nas artérias coronárias (3)
Um trabalho publicado em 2002 pode oferecer uma resposta do porque alcoólicos tem um menor grau de aterosclerose nas artérias coronárias e risco de doença coronário-miocárdica (4). Relacionado a esse trabalho, uma notícia do EurekAlert (5), com entrevista de William Lovallo, um dos autores, disse que:
“Antes de testar os alcoólicos quanto as suas resposta na tarefa de falar em público os pesquisadores precisaram primeiramente estabelecer se o sistema nervoso simpático deles estaria capaz de responder totalmente. "Isso iria nos dizer se seu embotamento era especifico para estressores psicológicos do tipo de falar em público," disse Lovallo, "ou devido a um déficit autônomo generalizado."
Ele e seu colegas examinaram 20 indivíduos dependentes de álcool, abstinentes por 21 a 28 dias, e 10 não-alcoólicos pareados por idade. Todos os indivíduos eram homens com idade entre 22 e 55 anos. Os pesquisadores usaram cardiografia de impedância e monitoração de pressão sangüínea dinamap para avaliar a freqüência cardíaca, fração de ejeção, débito cardíaco, resistência periférica total, pressão arterial média, pressão sangüínea sistólica, e pressão sangüínea diastólica nos participantes durante a ortostase e a fala em público. O auto-relato de humor foi também avaliado durante essas duas tarefas.
As respostas cardiovasculares para ortostase foram similares nos dois grupos. Contudo, os alcoólicos tiveram suas respostas de freqüência cardíaca embotadas na fala pública, mesmo que eles ainda relatassem respostas de ansiedade similar aos dos não alcoólicos. Isso sugere uma desconexão entre a percepção do perigo e resultantes respostas fisiológicas entre os alcoólicos.
"As respostas cardiovasculares, similares a ortostase entre os pacientes dependentes do álcool, indica que o sistema nervoso autônomo deles estava funcionando normalmente," disse Lovallo. "Mesmo quando pedimos a eles para prepararem e memorizarem uma fala curta e então pronunciarem o discurso para uma vídeo-câmera, os pacientes reagiram com pouca ou nenhuma mudança na freqüência cardíaca, e naturalmente, falharam em ter uma resposta no cortisol. Os pacientes reagiram como se o desafio da fala pública não tivesse nenhum significado especial para eles. Então, os sistema nervoso simpático pareceu normal, mas sua resposta a um estressor psicológico foi quase ausente. Quando confrontados com um estressor social significativo, nenhuma parte de seu mecanismo de fuga ou luta estavam funcionando."
Esses resultados suportam o conceito da teoria da acidez onde a predominância do simpático é o fator primário levando a aterosclerose (6)
Carlos Monteiro
1. L Arriola, P Martinez-Cambor, N Larranaga, M Basterretxea. Alcohol intake and the risk of coronary heart disease in the Spanish EPIC cohort study. Heart 2010;96:124-130 doi:10.1136/hrt.2009.173419
2. Leary T. Atherosclerosis, the important form of arteriosclerosis, a metabolic disease. Vol 104, N7. JAMA, 1935
3. Thomsen JL. Atherosclerosis in alcoholics. Forensic Sci Int. 1995 Oct 30;75(2-3):121-31 and in Ugeskr Laeger. 1997 Feb 3;159(6):757-60.
4. Tera L. Panknin, Stacey L. Dickensheets, Sara J. Nixon, William R. Lovallo. Attenuated Heart Rate Responses to Public Speaking in Individuals With Alcohol Dependence. Alcohol Clin. Exp. Res. 2002 Jun; 26 (6): 841
5. Alcoholics have 'blunted' responses to psychological stressors such as public speaking. Public release date: 17-Jun-2002 at
<a href="http://www.eurekalert.org/pub_releases/2002-06/ace-ah061002.php">http://www.eurekalert.org/pub_releases/2002-06/ace-ah061002.php</a>
6. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um
novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat
Project em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-89651127730058755332012-03-08T04:09:00.001-08:002012-03-08T18:16:11.657-08:00Uma análise do livro "Teoria da acidez na Aterosclerose: Novas Evidências", 2012 (Versão em inglês)<b>Você pensa que gordura causa a doença cardíaca? Pense novamente!</b><br />
<br />
Por Zoe V. Harcombe* Review na <a href="http://tinyurl.com/7KK4a78">Amazon</a><br />
<br />
Este deve ser o equivalente acadêmico da "Coleção de contos", formato tão popular no mundo da ficção. É uma coleção de artigos, todos diferentes, mas relacionados por um tema comum - a doença cardíaca.<br />
<br />
Gostei muito do formato - que dá um sabor de cada tópico, sem entrar em detalhes maciços em cada um. As referências completas apontam o caminho se você quiser saber mais sobre algum fator em especial na doença arterial coronariana. Eu nunca soube que a condição de ter a síndrome de Down parece contar com algumas propriedades protetoras quando se trata da doença cardíaca. Qual o papel das bactérias, ou do ácido lático? A disfunção erétil está tentando nos dizer alguma coisa? Temas mais conhecidos, como tabagismo e estresse, estão cobertos, mas de uma forma realmente nova e muitas vezes surpreendente. Eu perdi a conta do número de vezes que eu aprendi algo novo ou vi um tema bem conhecido coberto de uma forma inovadora.<br />
<br />
Gosto da maneira como o autor pensa e desafia tudo e faz conexões entre coisas aparentemente não relacionadas. Eu também gostei da participação de colegas - por exemplo, a contribuição do David Diamond para o artigo "É o colesterol LDL claramente e de forma inequívoca um fator de risco causal para o infarto do miocárdio?". O papel da glicose (não de gordura) no funcionamento do organismo foi fascinante sendo que deveria ser muito mais amplamente conhecido.<br />
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Você deixará de aprender algo se não ler esse livro. Se você está interessado no assassino número um dos seres humanos - especialmente os homens - isso vale bem o seu tempo.<br />
<br />
*Zoe Harcombe, Author of The Obesity Epidemic: What caused it? How can we stop it? at <a href="http://www.theobesityepidemic.org/">http://www.theobesityepidemic.org/</a> <br />
Website: <a href="http://www.zoeharcombe.com/">http://www.zoeharcombe.com/</a><br />
Blog: <a href="http://www.zoeharcombe.com/blog/">http://www.zoeharcombe.com/blog/</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-19780827416525022112012-02-14T12:10:00.001-08:002012-02-15T09:32:34.894-08:00Uma análise do livro "Teoria da acidez na Aterosclerose: Novas Evidências", 2012 (Versão em inglês)<b>Uma leitura obrigatória para quaisquer pessoas que estejam tomando estatinas</b><br />
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Por Dr. Stephanie Seneff, Pesquisadora e Cientista Sênior, MIT*. Review na <a href="http://tinyurl.com/89ea7ln">Amazon.com</a> <br />
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Este é um livro fabuloso, altamente recomendado para quem tem alguma dúvida sobre a teoria lipídica para a doença cardiovascular. O livro é cheio de observações fascinantes a cada virada de página. A escrita não é suavizada para as massas (também não é uma leitura "fácil") mas, por outro lado, o autor não se apega ao jargão biológico que pode ser confuso para o não-especialista.<br />
<br />
A premissa básica do livro é que a doença cardiovascular é causada pelo acúmulo de ácido no sangue o que, por sua vez, é causada por excitação do sistema nervoso simpático. Cada capítulo é curto e atraente, com base nessa teoria com o apoio de uma diferente inclinação. Embora os detalhes sejam deixados de fora, uma longa lista de referências no final de cada capítulo permite que o interessados possam ler mais para se aprofundarem se assim o desejarem.<br />
<br />
O livro explica de forma fácil muitas associações observadas na doença cardíaca. Por exemplo, o fumo de cigarros é um fator de risco porque a nicotina estimula o sistema nervoso simpático. A meditação reduz o risco porque a respiração profunda promove a expulsão de dióxido de carbono, um promotor de ácido. Um fato recentemente aprendido, e que eu aproveitei, foi o de que as glândulas supra-renais produzem um glicosideo cardíaco natural semelhante à digoxina, que é utilizada terapeuticamente no tratamento de insuficiência cardíaca. O colesterol é o substrato, e as estatinas interferem com a sua síntese, o que pode ajudar a explicar a associação observada entre a terapia com estatinas e a insuficiência cardíaca.<br />
<br />
No momento em que você chegar ao capítulo final, você terá visto claramente como todos os fatores de risco para a doença cardiovascular poderão ser explicados pela teoria da acidez, e este é o lugar onde o livro coloca para fora de forma "pura e simples", unindo toda a informação. Depois de ter lido este livro, você nunca mais vai acreditar que a redução dos níveis de LDL tem qualquer mérito no tratamento de doenças cardiovasculares.<br />
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*Homepage of Dr. Stephanie Seneff at MIT:<br />
<a href="http://people.csail.mit.edu/seneff">http://people.csail.mit.edu/seneff</a> <br />
*Dr. Stephanie Seneff essay on sulfur and heart disease and other chronic diseases:<br />
<a href="http://people.csail.mit.edu/seneff/sulfur_obesity_alzheimers_muscle_wasting.html">http://people.csail.mit.edu/seneff/sulfur_obesity_alzheimers_muscle_wasting.html</a><br />
*Dr. Stephanie Seneff interviewed by Dr. Mercola:<br />
<a href="http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/09/17/stephanie-seneff-on-sulfur.aspx">http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/09/17/stephanie-seneff-on-sulfur.aspx</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-74769296873214062522012-02-14T08:07:00.001-08:002012-02-15T09:39:41.549-08:00Uma análise do livro "Teoria da acidez na aterosclerose: Novas Evidências", 2012 (Versão em inglês)Por Livin' La Vida Low-Carb Man "Jimmy Moore"*. Review na <a href="http://tinyurl.com/7kk4a78 ">Amazon.com</a><br />
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<b>Repensando no que realmente causa a doença cardíaca</b><br />
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Nas últimas décadas fomos levados a acreditar que a razão pela qual as pessoas desenvolvem a doença cardíaca é porque estão consumindo muita gordura saturada e colesterol em sua dieta o que levou ao "entupimento das artérias", que nos leva a um ataque cardíaco e nos coloca com um pé na cova. O choro e o ranger de dentes que acontece leva as pessoas a ficarem meio mortas de medo de consumir qualquer gordura ou colesterol. Mas, e se essa teoria da aterosclerose estiver simplesmente errada? Isto é o que o autor Carlos Monteiro explora em seu livro Teoria da Acidez na Aterosclerose: Novas Evidências.<br />
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Monteiro faz um trabalho brilhante em examinar outros aspectos da saúde vascular que as pessoas podem nem mesmo perceber sua existência. Tente alguns deles para ver o tamanho e veja se você sabia que eles tinham qualquer relação com a saúde do seu coração:<br />
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- Pessoas com síndrome de Down tendem a ter muito pouca doença cardíaca<br />
- Os diabéticos são mais propensos a desenvolverem doenças cardíacas<br />
- Se um homem tem disfunção erétil, então é muito provável o risco de doença cardíaca<br />
- Quer fazer o seu coração saudável? Case-se com um comediante<br />
- O colesterol LDL desempenha um papel muito menor em um evento cardiovascular do que as pessoas percebem<br />
- Se você tem artrite reumatóide, então você está em um maior risco de aterosclerose<br />
- A saúde dos seus dentes podem desempenhar um fator no desenvolvimento da doença cardíaca<br />
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Para alguns, a informação contida neste livro vai agitar o seu mundo e fazer você repensar a maioria do que você pensou que era verdade sobre o desenvolvimento da placa arterial. A teoria alternativa de Monteiro, que é realmente tudo sobre acidez no organismo, o que leva a uma reação em cadeia de eventos aumentando a oxidação do LDL, e que faz com que a aterosclerose se torne uma realidade, é absolutamente plausível, se não provável. Para que não pense que este livro é cheio de um monte de opiniões por uma voz rebelde, pense novamente. Monteiro faz um excelente trabalho em fornecer centenas de excelentes referências científicas para você fazer mais pesquisas sobre cada um de seus pontos.<br />
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Este livro deveria ser leitura obrigatória para todos os alunos do primeiro ano da escola de medicina para que eles possam ter um foco muito maior em algumas das verdadeiras causas do desenvolvimento da aterosclerose que podem levar ao infarto do miocárdio. E aqui está o segredo de se fazer manchetes que você não ouve muitas pessoas falando -- não é necessariamente quanto ao seu colesterol LDL ou total seja! É por isso que as estatinas são praticamente inúteis na prevenção para que não aconteçam ataques cardíacos e o porquê você precisa ler a Teoria da Acidez na Aterosclerose para ter um ponto de vista alternativo. É hora de começar a repensar o que realmente contribui para as doenças cardíacas.<br />
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* Jimmy Moore Blog & Podcast<br />
<a href="http://www.livinlavidalowcarb.com/blog">http://www.livinlavidalowcarb.com/blog</a><br />
<a href="http://www.thelivinlowcarbshow.com/shownotes">http://www.thelivinlowcarbshow.com/shownotes</a><br />
Author of "21 Life Lessons From Livin' La Vida Low-Carb: How The Healthy Low-Carb Lifestyle Changed Everything I Thought I Knew" (BookSurge 2009) Order Jimmy's book at Amazon: <a href="http://tinyurl.com/yh6smyy">http://tinyurl.com/yh6smyy</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-21143336592683296572012-01-16T08:32:00.000-08:002012-01-16T08:37:20.452-08:00Tanto a restrição quanto um alto consumo de sal podem resultar em doença cardiovascularPor séculos o sal foi visto como essencial para a saúde humana. Nos últimos anos têm acontecido uma intensa discussão quanto aos benefícios ou potencial dano na redução do consumo de sal (Cloreto de sódio), pela população em geral. Um antigo defensor da redução de sal é o Dr. Graham MacGregor da Queen Mary University of London, Londres, UK. No lado oposto existe um crescente número de médicos que não concordam com uma restrição generalizada no consumo de sódio. Um deles é o Dr. Michael Alderman do Albert Einstein College of Medicine, Nova York, EUA, que diz que os dados disponíveis não providenciam suporte para qualquer recomendação universal para um nível em particular de cloreto de sódio na dieta (1, 2). <br />
De qualquer forma é importante enfatizar que uma redução geral no consumo de sal na dieta pode ser conseguida apenas através da redução do conteúdo do cloreto de sódio dos alimentos processados, os quais significam cerca de 75% a 80% do cloreto de sódio consumido diariamente (3). Mesmo o sal de mesa atualmente consumido é industrialmente processado com os minerais essenciais removidos quase completamente. <br />
Recentemente um estudo Europeu questionou a necessidade de se reduzir o consumo de sal na população em geral e refutou as estimativas geradas por computador quanto as vidas e custos de cuidados na saúde que seriam salvos pela redução no consumo de sódio. Os autores ressaltaram que os estudos prévios onde nos quais as recomendações para a redução no consumo de sal foram baseadas são todos de curto prazo, testes de intervenção controlada, nos quais existem reduções na pressão sangüínea de pacientes hipertensos e um pequeno decréscimo na pressão sangüínea de voluntários normotensos, com a redução de sódio, e esses estudos foram extrapolados para a população como um todo. Os autores também notam que a presunção de que um consumo mais baixo de saliria no longo prazo reduzir a pressão sangüínea, não foi confirmada em estudos longitudinais baseados na população. O achado mais controverso neste estudo prospectivo, que envolveu 3681 participantes sem doença cardiovascular, foi de que o consumo reduzido de sódio - da forma como foi medida por 24-horas a extração de sódio - foi associada com uma aumentada mortalidade cardiovascular. No estudo os autores disseram que o mecanismo fundamental que explicaria a associação inversa entre a mortalidade cardiovascular e a extração de sódio na urina por 24 horas, poderia ser que um consumo de sal baixo o suficiente para decrescer a pressão sangüínea também aumentou a atividade do nervo simpático, decresceu a sensitividade à insulina, ativou o sistema renina-angiotensina e estimulou a secreção de aldosterona (4). <br />
Esse estudo Europeu não foi o primeiro a achar que uma dieta com baixo conteúdo de sódio seja prejudicial à saúde. O estudo NHANES, publicado em 2006, constituído de uma amostra com 7154 participantes, descobriu que uma dieta com baixo teor de sódio foi associada com a estimulação do sistema nervoso simpático, e com um aumento nos resultados de mortalidade na doença cardiovascular e por todas as causas. Outros testes de curto prazo também observaram a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e no sistema nervoso simpático, um decréscimo na sensitividade à insulina, e aumentos nas concentrações do colesterol LDL, triglicérides e de ácido úrico (6). <br />
Graham MacGregor, convidado para discutir o estudo pelo Heartwire (7), demonstrou irritação a respeito dos comentários sobre os possíveis mecanismos adjacentes citados no estudo Europeu, (4), dizendo “Nós mostramos em nossa meta-análise que reduzindo o sal nos montantes que estamos recomendando não há aumento na atividade do simpático, existe um trivial aumento na renina, e nenhuma evidência de quaisquer efeitos adversos, nenhum significado fisiológico seja o que for.”<br />
O Dr. MacGregor também havia reagido em 2003 (8), em uma correspondência para o Jornal Circulation, quanto aos achados feitos por Grassi e colegas nos efeitos da modesta redução de sal na atividade simpática (9). <br />
De outro lado, por causa dos níveis de noradrenalina no plasma durante um alto consumo de sal permanecerem inalterados em pacientes sensitivos ao sal, mas reduzidos em pacientes normais e nos pacientes hipertensivos não sensitivos ao sal, foi sugerido que esses relacionamentos anormais no consumo de sal, teriam origem na atividade simpática (10). É interessante notar sobre a descoberta feita há vários anos de que uma dieta com alto teor de sódio pode deprimir a função barorreflexa, levando ao estímulo da ativação simpática (11). <br />
Um artigo de revisão recente feito por pesquisadores da Boston University School of Medicine (BUSM) questiona o conceito amplamente divulgado de que a hipertensão, ou pressão alta, é o resultado de excesso de sal causando um aumento do volume sanguíneo, exercendo pressão extra sobre as artérias. Publicado online no Journal of Hypertension (1), o estudo demonstra que o excesso de sal estimula o sistema nervoso simpático a produzir adrenalina, causando constrição arterial e hipertensão. Este estudo cita que vários pesquisadores ao longo dos anos 1960 e 1970, relataram níveis elevados de catecolaminas plasmáticas em até 40% dos pacientes com hipertensão essencial (14-17), bem como uma associação de aumento de catecolaminas com a alta ingestão de sódio em animais experimentais e seres humanos (18-21)<br />
Tendo em vista que tanto a restrição quanto um maior consumo de sódio na dieta podem ser deletérios à saúde humana, não partilhamos da opinião quanto a uma restrição indiscriminada no consumo de sódio ao nível da população, e como uma recomendação universal, seja uma boa solução para ajudar na prevenção da doença cardiovascular. Na nossa idéia o balanço de sal no organismo deve ser pensado de acordo com requerimentos individuais.<br />
Além de tudo porque acreditamos que a predominância do simpático seja o fator primário na cascata de eventos levando a doença cardiovascular, de acordo com nossa teoria da acidez na aterosclerose (12).<br />
Nota<br />
Um novo estudo (2) mostrou que pessoas que consomem muito sal e pouco potássio em sua dieta tiveram um significativo aumento no risco de óbito por doença cardiovascular comparado com aqueles que tiveram uma mais baixa relação entre sódio e potássio. O estudo, que teve uma média de 14,8 anos de follow-up, coletando dados sobre 12.267 pessoas, não é o primeiro estudo a achar uma associação entre alta pressão sangüínea e altos níveis de consumo de sal e baixos níveis de ingestão de potássio.<br />
No entanto, a Dra. Elena Kuklina, co-autora desse estudo, disse ao Heartwire (23) que esse é o primeiro grande estudo nacional avaliando sódio e potássio ao mesmo tempo. Ela também disse que "As maiores implicações de seus achados são de que uma dieta balanceada em ambos os nutrientes é importante. As pessoas deveriam tentar reduzir o sódio em particular através do consumo menor de alimentos processados, mas também deveriam aumentar a ingestão de potássio".<br />
A Dra. Kublina também enfatizou junto ao Heartwire que as pessoas precisam entender sobre o maciço impacto que o processamento tem quanto aos alimentos. Ela cita, por exemplo, que 100 g de carne de porco não processada contêm 61 mg de sódio e 340 mg de potássio, mas transformando isso em presunto altera essa relação significativamente, a um rendimento colossal de 921 mg de sódio e, de outro lado, reduz o conteúdo de potássio a 240 mg.<br />
Falando sobre os resultados desse estudo o Dr. David Brownstein, um colega no THINCs, fez uma interessante observação dentro de nosso fórum interno, sobre o alto consumo de sal dependendo do seu tipo, se sal refinado ou não refinado. O Dr. David disse que “Sal refinado carece de potássio. O uso de sal refinado leva ao desbalanceamento de sódio/potássio. Isso pode ser retificado pelo uso de sal não refinado o qual contêm tanto sódio (menores montantes se comparado com sal refinado) e potássio. Esse artigo, arrematou ele, deveria ser intitulado de ‘Os problemas com sal refinado: A deficiência de potássio’. <br />
Eu concordo com o Dr. David Brownstein, nessa sua opinião. Principalmente levando-se em consideração quanto a importância das alterações na atividade sódio/potássio conforme expressadas em nosso trabalho sobre a teoria da acidez na aterosclerose (12).<br />
Carlos Monteiro<br />
1. He FJ and MacGregor GA, . How far should salt intake be reduced? Hypertension 2003; 42:1093-1099. Full free text at <a href="http://hyper.ahajournals.org/cgi/reprint/42/6/1093">http://hyper.ahajournals.org/cgi/reprint/42/6/1093</a> <br />
2. Michael H. Alderman, Evidence Relating Dietary Sodium to Cardiovascular Disease. Journal of the American College of Nutrition, Vol. 25, No. 3, 256S–261S (2006). Full free text at <a href="http://www.jacn.org/content/25/suppl_3/256S.full">http://www.jacn.org/content/25/suppl_3/256S.full</a> <br />
3. Klaus D et al. Salt restriction for the prevention of cardiovascular disease. Dtsch Arztebl Int 2010; 107(26):457-62. Full free text at http://www.aerzteblatt.de/int/article.asp?id=77388<br />
4. Stolarz-Skrypek K, et al. Fatal and nonfatal outcomes, incidence of hypertension, and blood pressure changes in relation to urinary sodium excretion. JAMA 2011; 305:1777-1785<br />
5. Cohen HW, et al. Sodium Intake and Mortality in the NHANES II Follow-up Study. The American Journal of Medicine (2006) 119, 275.e7-275.e149. <br />
6. Jurgens G, Graudal NA. Effects of low sodium data versus high sodium diet on blood pressure, renin aldosterone, catecholamines cholesterols, and triglyceride. Cochrane Database Syst Rev. 2004; Issue 1. Art. No.: CD004022<br />
7. New Salt paper causes controversy. Heartwire, May 3, 2011 (<a href="http://www.theheart.org">http://www.theheart.org</a>) <br />
8. He FJ and MacGregor GA. Salt intake and sympathetic activity. Circulation 2003 Apr 29; 107 ((16): 108 author reply. Full free text at <a href="http://circ.ahajournals.org/ggi/reprint/107/16/e108">http://circ.ahajournals.org/ggi/reprint/107/16/e108</a> <br />
9. Guido Grassi, et al. Short- and Long-Term Neuroadrenergic Effects of Moderate Dietary Sodium restriction in Essential Hypertension. Circulation. 2002;106: 1957-1961. Full free text at <a href="http://circ.ahajournals.org/cgi/reprint/106/15/">http://circ.ahajournals.org/cgi/reprint/106/15/</a>1957 <br />
10. Campese VM, et al. Abnormal relationship between sodium intake and sympathetic nervous system activity in salt-sensitive patients with essential hypertension. Kidney Int., 1982; 21: 371-378 <br />
11. MA Creager, et al. Sodium depresses arterial baroreceptor reflex function in normotensive humans. Hypertension 1991;17;989-996 <br />
12. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)<br />
13. Volume-expanded' hypertension: the effect of fluid overload and the role of the sympathetic nervous system in salt-dependent hypertension, Journal of Hypertension, V30; N1: January 2012 doi: 10.1097/HJH.0b013e32834f6de1<br />
14. de Champlain J, Farley L, Cousineau D, van Ameringen MR. Circulating catecholamine levels in human and experimental hypertension. CircRes 1976; 38:109–114.<br />
15. Louis WJ, Doyle AE, Anavekar S. Plasma norepinephrine levels in essential hypertension. N Engl J Med 1973; 288:599–601.<br />
16. Sever PS, Osikowska B, Birch M, Tunbridge RD. Plasma noradrenaline in essential hypertension. Lancet 1977; 1:1078–1081.<br />
17. Lake CR, Kopin IJ, Ziegler MG, Coleman MD. Plasma catecholaminesand neurogenic hypertension. N Engl J Med 1977; 297:53–54.<br />
18. de Champlain J, Krakoff L, Axelrod J. Interrelationships of sodium intake, hypertension, and norepinephrine storage in the rat. Circ Res 1969; 24 (Suppl):75–92.<br />
19. Reid JL, Zivin JA, Kopin IJ. Central and peripheral adrenergic mechanisms in the development of deoxycorticosterone-saline hypertension in rats. Circ Res 1975; 37:569–579.<br />
20. Murray RH, Luft FC, Bloch R, Weyman AE. Blood pressure responses to extremes of sodium intake in normal man. Proc Soc Exp Biol Med 1978; 159:432–436.<br />
21. Nicholls MG, Kiowski W, Zweifler AJ, Julius S, Schork MA, Greenhouse J. Plasma norepinephrine variations with dietary sodium intake. Hypertension 1980; 2:29–32.<br />
22. Yang Q, Liu T, Kuklina EV et al. Sodium and potassium intake and mortality among US adults. Prospective data from the Third National Health and Examination Survey. Arch Intern Med 2011, 171 (13):1183-91<br />
23. Sodium/potassium ratio important for health. Heartwire, July 11, 2011Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-14759714987243296092011-12-17T07:29:00.000-08:002011-12-17T07:29:14.651-08:00Porque a aterosclerose é mais suave ou não-existente em indivíduos com síndrome de Down?Diferentes estudos de necropsia mostraram que a ocorrência da aterosclerose é mais suave ou não-existente em pessoas com síndrome de Down (1, 2, 3, 4). De fato, um estudo sugeriu que em mulheres com síndrome de Down (SD) pode ser menos provável a manifestação de síndrome de resistência à insulina*, e homens e mulheres com SD podem possuir menos fatores de risco para a aterosclerose do que os grupos de comparação (5).<br />
Confirmando os resultados de que indivíduos com SD possuem menores níveis de aterosclerose um recente estudo examinou a relação entre fatores de risco cardiovascular e espessura da íntima-medial da carótida (IMT), uma medida para a aterosclerose, em 52 adultos com SD. Os adultos com SD possuíam menor IMT, pressão sangüínea sistólica e pressão sangüínea diastólica, do que no grupo de controle. A conclusão do estudo foi de que os adultos com SD podem estar protegidos contra a aterosclerose apesar da elevada gordura corporal e de elevados fatores de risco cardiovasculares (6). <br />
É interessante notar sobre os resultados de alguns estudos demonstrando que em menores graus de IMT, o espessamento parece refletir um estado de equilíbrio no qual os efeitos da pressão e fluxo nas artérias estão em balanço, dando uma relação característica entre a tensão tangencial hemodinâmica (shear stress) e a pressão transmural local (7, 8). <br />
Uma explicação razoável para a reduzida incidência da aterosclerose é a regulação autônoma alterada nos indivíduos com SD, com efeitos de pequenas mudanças na sensibilidade baroreflexa e na resposta de excitação simpática (9, 10, 11). A reduzida resposta do simpático ao estresse é suportada pelos baixos níveis circulantes de catecolaminas em resposta ao exercício incrementado na bicicleta ergométrica em indivíduos com SD (12).<br />
Na teoria da acidez na aterosclerose a predominância do simpático é o primeiro passo e a tensão tangencial hemodinâmica o último passo na cascata de eventos levando ao processo aterogênico (13, 14)<br />
*Nota:<br />
A resistência à insulina pode contribuir para uma aumentada atividade do sistema nervoso simpático (15) e a atividade do SNS pode similarmente aumentar a resistência à insulina (16)<br />
1.Ylä-Herttuala S, Luoma J, Nikkari T, Kivimäki T. Down's syndrome and atherosclerosis. Atherosclerosis. 1989 Apr;76(2-3):269-72.<br />
2.Murdoch JC, Rodger JC, Rao SS, Fletcher CD, Dunnigan MG. Down's syndrome: an atheroma-free model? Br Med J. 1977 Jul 23;2(6081):226-8.<br />
3.Moss TJ, Austin GE. Pre-atherosclerotic lesions in Down syndrome. J Ment Defic Res. 1980 Jun;24(2):137-41.<br />
4.Chaney RH. Neurogenic atherosclerosis in mentally retarded persons. J Ment Defic Res. 1987 Sep;31 ( Pt 3):235-40<br />
5.Draheim CC, McCubbin JA, Williams DP. Differences in cardiovascular disease risk between nondiabetic adults with mental retardation with and without Down syndrome. Am J Ment Retard. 2002 May;107(3):201-11<br />
6.Draheim CC, Geijer JR, Dengel DR. Comparison of intima-media thickness of the carotid artery and cardiovascular disease risk factors in adults with versus without the Down syndrome. Am J Cardiol. 2010 Nov 15;106(10):1512-6<br />
7.Gnasso A, et al. Association Between Intima-Media Thickness and Wall Shear Stress in Common Carotid Arteries in Healthy Male Subjects. Circulation. 1996;94:3257-3262<br />
8.Bots M. L, et al. Increased Common Carotid Intima-Media Thickness. Adaptive Response or a Reflection of Atherosclerosis? Findings From the Rotterdam Study. Stroke. 1997;282442 .<br />
9.Agiovlasitis S, Collier SR, et al. Autonomic response to upright tilt in people with and without Down syndrome. Res Dev Disabil. 2010 May-Jun;31(3):857-63.<br />
10.Iellamo F, Galante A, et al. Altered autonomic cardiac regulation in individuals with Down syndrome. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2005 Dec;289(6):H2387-91.<br />
11.Bo Fernhall and Mari Otterstetter. Attenuated responses to sympathoexcitation in individuals with Down syndrome. J Appl Physiol 94: 2158–2165, 2003.<br />
12.Eberhard Y, Etarradossi J and Terminarias A. Biochemical changes and catecholamine response in Down’s syndrome adolescents in relation to incremental maximal exercise. J Ment Defic Res 35: 140-146, 1991<br />
13. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, 22 de Fevereiro de 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html <br />
</a>14.Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português) <br />
15.Pikkujamsa SM, Huikuri HV, Airaksinen KE, Rantala AO, Kauma H, Lilja M, Savolainen MJ, Kesaniemi YA. Heart rate variability and baroreflex sensitivity in hypertensive subjects with and without metabolic features of insulin resistance syndrome. Am J Hypertens 1998;11:523–31<br />
16.Moan A, Nordby G, Rostrup M, Eide I, Kjeldsen SE. Insulin sensitivity, sympathetic activity, and cardiovascular reactivity in young men. Am J Hypertens 1995;8:268–75Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-50532737698509209272011-10-20T14:28:00.000-07:002011-11-05T08:02:41.829-07:00Predominância do Simpático: O vínculo entre a diabetes, a aterosclerose e a doença cardiovascular?Tem sido reconhecido que a neuropatia autonômica cardíaca aumenta a morbidade e mortalidade na diabetes e pode ter maior força preditiva do que fatores de risco tradicionais para eventos cardiovasculares. Uma significante morbidade e mortalidade podem ser agora atribuídas ao desbalanceamento autônomo entre o sistema nervoso simpático e o parassimpático, de regulação da função cardiovascular (1)<br />
É tambem interessante notar que o lactato no plasma foi fortemente associado com a diabetes tipo 2 em adultos idosos, como demonstrado em recente trabalho (2). O lactato no plasma merece maior atenção em estudos de capacidade oxidativa e de riscos no diabetes, conforme os autores dessa pesquisa.<br />
Ambas as linhas de estudos vêm em favor de nosso ponto de vista(3,4,5)onde a predominância do simpático representa o fator primário na cascata de eventos levando a uma maior produção de ácido láctico que provoca uma aumentada pressão de perfusão e efeitos na contratilidade das artérias coronárias resultando em mudanças na tensão tangencial hemodinâmica e aterosclerose como conseqüência.<br />
Carlos Monteiro<br />
1. Vinik AI, Zieglert D. Autonomic imbalance: prophet of doom or scope for hope? Diabet. Med. 28, 643-651 (2011) Texto gratuito em <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3123705/">http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3123705/<br />
</a>2. Stephen O Crawford et al, Association of blood lactate with type 2 diabetes: the Atherosclerosis Risk in Communities Carotid MRI Study. International Journal of Epidemiology 2010;1–9. Texto gratuito em <a href="http://ije.oxfordjournals.org/content/early/2010/08/25/ije.dyq126.full.pdf+html">http://ije.oxfordjournals.org/content/early/2010/08/25/ije.dyq126.full.pdf+html<br />
</a>3. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, 22 de Fevereiro de 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html <br />
</a>4. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)<br />
5. Associação da anormalidade nos lipídeos com a produção anormal de lactato e a progressão da doença arterial coronária. Carlos Monteiro, 4 de outubro de 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/10/lactato-doenca-arterial-coronaria.html">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/10/lactato-doenca-arterial-coronaria.html</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-42486105230766770892011-09-24T10:51:00.000-07:002011-12-12T08:24:48.303-08:00Predominância do Simpático: O vínculo entre a disfunção erétil, a aterosclerose e a doença cardiovascular?A disfunção erétil (ED) afeta 40% dos homens acima dos 40 anos de idade, em algum grau, e dois terços dos homens acima dos 70 anos têm sintomas significativos de ED.<br />
A associação entre a disfunção erétil e a doença arterial coronária (DAC) foi sugerida anos atrás, através de estudos de observação. Mais recentemente foi descoberto que a disfunção erétil é um marcador precoce da DAC, como o canário na mina de carvão*.<br />
De fato alguns estudos têm demonstrado que a aterosclerose co-ronária é muito mais severa em pacientes com ED vascular, com os autores considerando que a ED pode ser um antecipado sinal de alarme de aterosclerose coronária (1). <br />
Uma recente meta-análise de estudos prospectivos de grupos, envolvendo 36.744 participantes, sugeriu que a ED aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular, DAC, acidente vascular cerebral, e mortalidade por todas as causas, e que esse aumento seja provavelmente independente dos fatores de risco convencionais (2)<br />
A ereção é iniciada através do sistema nervoso parassimpático, ativação a qual anula o tom simpático que mantém o pênis em um estado não-erétil (flácido). Esse estado é mantido principalmente através da liberação de noradrenalina dos nervos adrenérgicos do pênis. A noradrenalina contrai a vasculatura e o músculo macio cavernoso. A excitação/ereção está associada com a redução da liberação de noradrenalina no pênis, com a liberação de óxido nítrico (NO), e com a redução no tom do músculo macio do pênis. Conseqüentemente, o óxido nítrico é o mediador da vasodilatação parassimpática na função erétil (3). Então, quando o sistema parassimpático é continuamente desativado existe uma redução na produção de NO.<br />
Estilo de vida e nutrição tem sido cada vez mais reconhecidos como fatores centrais influenciando a produção do óxido nítrico vascular e a função erétil. ED está associada com o fumo, excessiva ingestão de álcool, obesidade abdominal, diabetes, hipertensão e decréscimo de defesa anti-oxidante, todos os quais reduzem a produção de NO (4). Recentes estudos têm discutido sobre os benefícios das intervenções no estilo de vida, com hábitos alimentares mais saudáveis, prática de exercícios e se evitar o fumo no sentido da melhoria da disfunção erétil (5) e também almejando a redução de fatores de risco para a doença arterial coronária (4, 6).<br />
É interessante notar que a ED e a aterosclerose tem muitos fatores de risco em comum como, por exemplo, envelhecimento, inatividade física, dieta inapropriada, estresse psicológico, fumo, hipertensão e diabetes. <br />
Com relação a esse ponto existem diversos estudos mostrando que: a) aumentada atividade simpática e estresse mental podem afetar a função erétil com estudos sugerindo que um elevado tom simpático central pode ser uma das causas da impotência psicogênica (7, 8, 9); b) um estudo sugeriu que drogas agindo no sistema nervoso central que reduzam o fluxo simpático anti-erétil e aumentem o fluxo parassimpático pró-erétil para o pênis, podem restaurar a ereção do pênis em casos de disfunção erétil de origem psicogênica e orgânica (10); c) outro estudo demonstrou que pacientes reclamando de disfunção sexual durante o dia e achados por monitoração da ereção relacionada ao sono de sofrerem de disfunção erétil orgânica, tiveram alterado seu balanceamento autônomo cardíaco durante ambos os estágios do sono (11); d) Um estudo mostrou que homens com disfunção erétil idiopática têm evidência de disfunção endotelial têm resistência dos vasos no antebraço, aumento na pressão do pulso e variabilidade da freqüência cardíaca comprometida. Segundo os autores isso suporta o conceito de que a disfunção erétil é um preditor da disfunção cardiovascular e um precursor da doença cardiovascular (13). e) finalmente, um estudo bastante recente mostrou que pacientes com ED exibiram diferente variabilidade na freqüência cardíaca comparada com o grupo de controle normal. Isso sugeriu aos autores que os pacientes com ED possam ter algum tipo de desbalanceamento no sistema nervoso autônomo (SNA) podendo ser possível que o desbalanceamento geral do SNA seja uma das causas de ED (12).<br />
Levando-se em conta os estudos acima e nossa postulação de que a predominância do simpático seja o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica (13, 14), nós temos de presumir que a predominância do simpático seja realmente o vínculo entre a ED e a doença cardiovascular.<br />
<br />
*Enquanto o canário está cantando, está tudo bem. No entanto, um canário morto é um alarme para um problema maior<br />
<br />
Referências<br />
1. Chiurlia E et al. Subclinical coronary artery atherosclerosis in patients with erectile dysfunction. J Am Coll Cardiol, 2005; 46:1503-6<br />
2. Dong JY et al. Erectile dysfunction and risk of cardiovascular disease. Meta-analysis of prospective cohort studies. J Am Coll Cardiol, 2011; 58:1378-1385<br />
3. Andersson K, Stief C. Penile erection and cardiac risk: pathophysiologic and pharmacologic mechanisms. Am J Cardiol. 2000 Jul 20;86(2A):23F-26F<br />
4. Meldrum DR et al. The link between erectile and cardiovascular health: the canary in the coal mine. Am J Cardiol. 2011 Aug 15; 108(4): 599-606<br />
5. Horasanli K et al. Do lifestyle changes work for improving erectile dysfunction? Asian J Androl, 2008; 10(1):28-35<br />
6. Gupta PB et al. The effect of lifestyle modification and cardiovascular risk factor reduction on erectile dysfunction: A systematic review and meta-analysis. Arch Intern Med, 2011. Published online September 12. <br />
7. Junemann KP et al. Neurophysiological aspects of penile erection: the role of the sympathetic nervous system. Br J Urol, 1989 Jul;64(1):84-92<br />
8. Pagani M. Hypertension, stress and erectile dysfunction: potential insights from the analysis of heart rate variability. Curr Med Res Opin, 2000; 16 Suppl1:s3-8<br />
9. Diederichs W et al. The sympathetic role as an antagonist of erection. Urol Res. 1991;19(2):123-6<br />
10. Allard J, Giuliano F. Central nervous system agents in the treatment of erectile dysfunction: how do they work? Curr Urol Rep 2001 Dec;2(6):488-94<br />
11. Lavie P et al. Cardiac autonomic function during sleep in psychogenic and organic erectile dysfunction. J Sleep Res. 1999 Jun;8(2):135-42<br />
12. Lee JY et al. Heart rate variability in men with erectile dysfunction. Int Neurourol J 2011;15:87-91. Full free text at <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3138849/pdf/inj-15-87.pdf ">http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3138849/pdf/inj-15-87.pdf </a> <br />
13. Stuckey BG, Walsh JP ET al. Erectile dysfunction predicts generalised cardiovascular disease. Evidence from a case control study. Atherosclerosis 2007, 194(2):458-64<br />
14. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português)<br />
15. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, 22 de Fevereiro de 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html <br />
</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-22654019113107125402011-09-05T18:04:00.000-07:002011-11-05T08:28:17.999-07:00O impacto positivo do humor e negativo do estresse sobre a função vascularO estresse crônico é correlacionado com aumentos do cortisol e catecolaminas, hormônios do estresse. Existe uma forte evidência científica vinculando estados emocionais negativos como a depressão, ansiedade ou raiva, com um risco aumentado na doença cardiovascular. Porém, muito menos é conhecido sobre a associação entre estados emocionais positivos, o tão chamado eustresse, como o riso e a felicidade. O mais agradável de todos os tipos de riso está associado com o humor e é especificado como riso jovial. <br />
A esse respeito existem alguns estudos feitos pelo Dr. Berk e colegas, da Universidade de Loma Linda, demonstrando que em comparação com estresse crônico o riso jovial reduziu os níveis de cortisol em 39%; adrenalina em 70% e dopac em 38%. A conclusão em um desses trabalhos foi de que o humor parece atenuar as catecolaminas e a recorrência do infarto do miocárdio (IM) e conseqüentemente pode ser um efetivo adjuvante no cuidado pós-infarto (1, 2, 3). <br />
De outro lado o Dr. Michael Miller, da Universidade de Maryland, apresentou um estudo junto ao Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia, realizado em 2011 (4), o qual enfatizou o vínculo entre a função endotelial e o riso. Seu estudo mostrou que quando as pessoas riem seus principais vasos sangüíneos se dilatam permitindo um fluxo sangüíneo mais fácil, o que indica um reduzido risco de eventos cardíacos. <br />
A idéia do Dr. Miller de estudar emoções positivas como, por exemplo, o riso, aconteceu a partir de estudos que mostraram que o estresse mental leva os vasos sangüíneos a se contraírem. Seu primeiro estudo sobre senso de humor e doença arterial coronária foi publicado em 2001 (5). Em outro trabalho, publicado em 2009 (6), falou sobre os testes feitos para confirmar a hipótese de que o riso jovial também afeta favoravelmente a vasodilatação fluxo-mediada do endotélio dependente (FMD). Dessa forma, os voluntários foram randomizados para duas diferentes fases em um estudo cruzado randomizado. Uma fase incluiu assistir um filme ou segmento de comédias populares (ex: Saturday Night Live) enquanto a segunda fase foi a de se assistir um filme conhecido por promover o estresse mental (ex: O segmento de abertura do “Resgate do Soldado Ryan”). A avaliação da vasoreatividade do endotélio dependente foi realizada através do uso de ultra-som de alta resolução da artéria braquial, também referida como teste de reatividade da artéria braquial (BART). Um total de 160 medidas BART foi realizado o que demonstrou um efeito divergente após se assistir um filme que provocou estresse mental comparativamente com o riso jovial. Especificamente, uma redução de 35% no FMD comparada com a linha base seguiu o estresse mental enquanto ocorreu um aumento de 22% no FMD em resposta ao riso (7). Em 2008 o Dr. Miller e seus colegas, em uma apresentação oral intitulada “Emoções positivas e o endotélio: A música alegre melhora a saúde vascular?”, feita durante as seções científicas acontecidas na Associação Ame-ricana do Coração, concluíram que os benefícios cardiovasculares da música são similares aqueles encontrados nos estudos prévios quanto ao riso jovial (8)<br />
Em 2010 o Dr. Sugawara e seus colegas confirmaram os achados do Dr. Miller dizendo que seus resultados sugeriram que o riso jovial provocado por filmes cômicos induz a um impacto positivo sobre a função vascular (9).<br />
Novamente, em apresentação feita pelo Dr. Miller no ESC, 2011 (4), ele informou que os voluntários assistiram segmentos de um filme cômico em um dia, tal como “Quem vai ficar com Mary” e no outro assistiram ao segmento de abertura do “Resgate do Sol-dado Ryan”). Quando os voluntários do estudo assistiram ao es-tressante filme, seu endotélio desenvolveu uma resposta potenci-almente não saudável chamada de vaso-constrição, reduzindo o fluxo sangüíneo. De uma forma geral, nesse tempo, mais do que 300 medidas foram feitas com uma diferença de 30-50% no diâmetro do vaso sangüíneo entre as fases do riso e do estresse mental (4). <br />
Nós pensamos que os estudos acima dão uma evidência adicional para nossa teoria da acidez na aterosclerose (10), que tem a seguinte seqüência de eventos: <br />
I. Dominância simpática por estresse contínuo mais <br />
II. Deficiência na produção de componentes endógenos do tipo digital (digitalis-like compounds – DLCs) com alterações na atividade da Na(+), K(+)-ATPase resultando em: <br />
III. Redução no pH (acidez) o que aumenta a pressão de perfusão e provoca efeitos na contratilidade das artérias coronárias levando a mudanças na tensão tangencial hemodinâmica e aterosclerose como conseqüência. <br />
Carlos Monteiro<br />
1. Berk LS, Tan SA and Berk B. Cortisol and cathecolamine stress hormone drecrease is associated with the behavior of perceptual anticipation of mirthful laughter. The FASEB Journal. 2008; 22;946.11 <br />
2. Tans SA, Berk LS et al. Humor as an adjunct therapy in cardiac rehabilitation, attenuates cathecolamines and myocardial infarction recurrence. Adv Mind Body Med 2007; 22(3-4): 8-12 <br />
3. Berk LS et al. The neuroendocrine and stress hormone changes during mirthful laughter. Am J Med Sci 1989;6:390-396 <br />
4. Miller M. Laughter and vascular function, ESC 2011.<br />
5. Clark A, Seidler A, Miller M. Inverse association between sense of humor and coronary heart disease. Int J Cardiol. 2001 Aug; 80(1):87-8<br />
6. Miller M, Fry WF. The effect of mirthful laughter on the human cardiovascular system. Med. Hypothesis 2009; 73(5):636 . Full free text at <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2814549/pdf/nihms-154943.pdf">http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2814549/pdf/nihms-154943.pdf<br />
</a>7. Miller M, Mangano C, Park Y, et al. Impact of cinematic viewing on endothelial function. Heart 2006; 92:261-262<br />
8. Miller M, Beach V, Mangano C, Vogel RA. Positive emotions and the endothelium: Does joyful music improve vascular health? American Association Scientific Sessions, on 11/11/2008<br />
9. Sugawara et al. Effect of mirthful laughter on vascular function. Am J Cardiol 106:856-9 (2010).<br />
10. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-9179522218712782482011-08-15T10:34:00.000-07:002011-08-15T10:37:30.156-07:00É o colesterol LDL claramente e de forma inequívoca um fator de risco causal para o infarto do miocárdio?Tenho o prazer de compartilhar o seguinte ponto de vista do Dr. David Diamond*, cientista, pesquisador e professor da University of South Florida - e nosso colega no <a href="http://www.thincs.org">THINCs</a> – a respeito da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e de sua relação com a incidência do infarto do miocárdio: <br />
<br />
<i>"Se fosse assim tão simples então a redução do LDL, por qualquer meio, reduziria e até eliminaria a ocorrência do infarto do miocárdio (IM), permitindo que as pessoas vivessem mais. No entanto, os níveis séricos de colesterol foram reduzidos através de tratamentos muito antes das estatinas serem desenvolvidas, primeiro com óleo de milho, e depois com a cirurgia gastrointestinal e colestiramina e depois com as estatinas, incluindo Baycol e torcetrapib, que reduziu o LDL e até mesmo aumentou a lipoproteina de alta densidade (HDL). Baycol e torcetrapib foram muito eficazes como agentes redutores do LDL, mas também foram muito eficazes em matar pessoas, razão pela qual eles não estão mais no mercado. Assim, diminuir os níveis de LDL, por si só, não é suficiente para reduzir a incidência do infarto do miocárdio e permitir que alguém sobreviva ao </i>tratamento.<br />
<i>A pergunta deveria ser, porque níveis elevados de LDL estão associados ao IM? A resposta é que o LDL não é o "mau colesterol", que prejudicaria as paredes dos vasos sanguíneos e "obstruiria as artérias", como os anúncios das companhias farmacêuticas incorretamente colocam. Parte do problema é que o LDL se torna glicado pela glicose, o que distorce suficientemente a lipoproteína de forma que ela não pode se ligar ao receptor LDL. A molécula de LDL glicada então se acumula no sangue e se torna oxidada. É a LDL oxidada que contribui para a deterioração da parede do vaso sanguíneo, e não o LDL (normal) nativo. Como você impedir o açúcar de glicar o LDL? Mantendo o açúcar baixo no sangue através de exercícios e uma dieta baixa em carboidratos - 2 estratégias bastante simples, que nunca foram comparadas cabeça-a-cabeça com as estatinas, em ensaios clínicos para reduzir a doença coronária arterial, talvez porque os resultados seriam</i> <i><i>desinteressantes para as empresas farmacêuticas que patrocinam esse tipo de pesquisa.<br />
</i>A outra maneira de olhar para o LDL e IM é que, quando o LDL torna-se oxidado e glicado ele torna-se ineficaz em fazer o que supostamente deveria fazer, que é matar as bactérias (sim, LDL é uma parte do sistema imunológico) e construir novas células. Em resposta à crescente concentração de LDL oxidado (ineficaz), o fígado produz mais LDL, aumentando assim a concentração de LDL no soro total. Este é real motivo porque os níveis totais de LDL podem estar correlacionados com a incidência do infarto do miocárdio, mas na verdade é a sinergia entre as dietas altas de açúcar e LDL oxidado (e pressão arterial elevada), que </i>causa danos às paredes arteriais.<br />
<i>Então, não é que o LDL seja inerentemente aterogênico. A molécula de LDL é uma parte essencial de ótima saúde, servindo para trabalhar com glóbulos brancos para matar agentes patogênicos e para reconstruir tecidos danificados. É a oxidação do LDL que, precipitado pelo estresse, tabagismo, falta de exercício e uma dieta rica em açúcar, que é aterogênico. A literatura sobre esse assunto é vasta, sendo que cito no final deste pequeno artigo alguns trabalhos que mostram que os níveis de LDL oxidado são muito melhores indicadores de doença coronária arterial do que o LDL nativo (1, 2, 3).<br />
Eu fiz uma revisão de apenas uma pequena parte dos milhares de artigos médicos e dezenas de livros que li sobre este assunto. Com base na minha leitura, e as conclusões dos peritos nesse campo, há boas razões para ser cético sobre as reivindicações que as estatinas têm melhorado a saúde cardíaca, na ausência de efeitos colaterais significativos. Na minha recente palestra** eu revi evidências devidamente comprovadas, publicadas em revistas médicas altamente respeitadas, de extensos efeitos colaterais adversos das estatinas diferente do que é geralmente relatado nos trabalhos de pesquisa patrocinados pelas companhia farmacêuticas. Para uma redução relativamente pequena de eventos cardíacos na população tratada, o custo das estatinas tanto no sentido financeiro quanto em termos de melhoria insuficiente na saúde geral e sobrevida não tem justificativa."<br />
</i><br />
</i>* David Diamond, Ph.D, é professor do Depts de Psicologia e Farmacologia Molecular e Fisiologia, Centro de Pesquisa pré-clínica e clínica em PTSD. Diretor, USF Neuroscience Collaborative, 4202 E. Fowler Ave (PCD 4118G), Tampa, FL 33620. Sua homepage é <a href="http://psychology.usf.edu/faculty/diamond/">http://psychology.usf.edu/faculty/diamond/<br />
</a>** O artigo que resume a sua palestra e inclui o vídeo on-line está em <a href="http://www.cas.usf.edu/news/s/176/">http://www.cas.usf.edu/news/s/176/</a><br />
<br />
<i><i>Referências:<br />
1. Margareta Kristenson, Bo Ziedén, et al. Antioxidant state and mortality from coronary heart disease in Lithuanian and Swedish men: concomitant cross sectional study of men aged 50. BMJ 1997;314:629–33<br />
2. Christa Meisinger, Jens Baumert, et al. Plasma Oxidized Low-Density Lipoprotein, a Strong Predictor for Acute Coronary Heart Disease Events in Apparently Healthy, Middle-Aged Men From the General Population. Circulation 2005;112;651-657<br />
3. Huiling Huang, Weiyi Mai, Dan Liu, et al. The oxidation ratio of LDL: A predictor for coronary artery disease. Disease Markers 24 (2008) 341–349</i></i>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-40793725782466986222011-07-20T13:40:00.000-07:002011-11-05T08:51:00.167-07:00Tensão tangencial hemodinâmica, calcificação e ateroscleroseA calcificação na aterosclerose ocorre nos locais de placas ateroscleróticas onde existe uma combinação de necrose celular, infla-mação e deposição de colesterol. <br />
A calcificação ectópica vascular era vista até recentemente como uma passiva conseqüência da idade. Embora seja reconhecido que a calcificação ectópica vascular represente uma conseqüência de um processo desregulado, a etiologia molecular especifica permanece obscura. Existem idéias conflitantes a respeito dos mecanismos subjacentes a calcificação cardiovascular, e a importância patológica e de prognóstico continuam uma matéria de discussão (1).<br />
A osteoporose, que está associada com a deficiência de cálcio, tem sido também associada em muitos estudos com a aterosclerose, com achados de que a densidade mineral dos ossos declina enquanto a placa aterosclerótica aumenta. Nós discutimos sobre esse assunto durante o ano passado advogando a acidose como o vínculo entre essas duas doenças (2). <br />
A calcificação coronária arterial (CAC) medida por tomografia computadorizada (CT scans) tem sido considerada como uma confirmação radiográfica da aterosclerose, predizendo eventos cardiovasculares, e avaliados como uma medida substituta nos testes randomizados. Todavia, em um estudo publicado em 2009 a taxa anual de CAC medida em 10 ensaios se observou uma taxa de 17% a qual foi vista como moderada para pacientes com doença renal crônica e aqueles recebendo diálise. Esse estudo não observou consistência ou efeito reprodutível de qualquer terapia nesses resultados. Os dados sugeriram aos autores que a CAC talvez não seja um alvo substituto adequado para os ensaios de tratamento em pacientes com doença cardiovascular ou renal quando medido após 12 meses ou relatado em bases anuais (3). <br />
Não obstante, um estudo bastante recente pelo MESA (Multi Ethnic Study of Atherosclerosis) mostrou que mesmo em pacientes saudáveis com lipoproteina de baixa densidade no colesterol (LDL-C) há uma associação com efeitos adversos na doença coronária se o CT scan demonstra um acúmulo de cálcio nas suas artérias coronárias. De 5.627 participantes os quais não estavam recebendo qualquer terapia de redução de lipídeos na linha de base 3.714 (66%) tiveram um LDL-C 130mg/dl. Entre as pessoas com um baixo LDC-C, idade mais avançada, sexo masculino, hipertensão, diabetes e baixa lipoproteína de alta densidade (HDL-C) foram associadas com eventos adversos (4). <br />
É interessante notar que um aumentado conteúdo de cálcio nas dietas suplementadas com colesterol houve um decréscimo na aterosclerose em coelhos. Também, alguns estudos epidemiológicos sugeriram que altos níveis de cálcio na água potável podem decrescer a aterosclerose (5).<br />
<b>Tensão tangencial hemodinâmica e calcificação <br />
<i></i></b>Um recente estudo desenvolvido na Suiça, tendo como alvo investigar a morfologia regional da placa e usando ultra-som intravascular e histologia virtual nas bifurcações da artéria coronária, achou que segmentos na parede contralateral da bifurcação a qual foi previamente identificada como regiões com baixa tensão tangencial, não somente exibiram uma alta carga na placa, mas também um maior grau de calcificação (6). Um relacionamento análogo foi sugerido em estudos prévios indicando que forças mecânicas têm um papel na calcificação da válvula aórtica. Já que o depósito de cálcio ocorre quase exclusivamente nas superfícies dos folhetos da válvula aórtica foi colocada a hipótese de que os padrões adversos dos fluidos da tensão tangencial na superfície aórtica dos folhetos AV promovem calcificação (7,8,9) <br />
Na teoria da acidez na aterosclerose a tensão tangencial hemodinâmica é um importante passo no processo levando a aterogênese (10).<br />
Carlos Monteiro<br />
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10. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-24476581278984294242011-05-22T14:39:00.000-07:002011-06-05T17:30:46.176-07:00Estudo confirma: Leite e seus derivados previnem o infartoContrariamente ao que normalmente é apregoado pela medicina convencional, de que gorduras saturadas podem levar ao infarto do miocárdio, estudo publicado no início desse mês encontrou que os nutrientes do leite e de seus derivados (queijo, manteiga), na verdade neutralizam os efeitos que os pesquisadores (ainda) consideram prejudiciais. Seus achados, tomados a partir de 3.630 homens e mulheres costa-riquenhos de meia idade, de que a ingestão de produtos leiteiros naqueles que tiveram infarto, não foi diferente daqueles que não tiveram. Avaliando quanto a quantidade de alimento leiteiro que foi ingerido pelos participantes desse estudo epidemiológico entre 1994 e 2004, não houve vínculo entre o consumo e risco de infarto, mesmo entre aqueles que consumiram tanto quanto 593 gramas por dia. <br />
O presente estudo, publicado no início do mês de maio (1), confirma os resultados de diversas outras pesquisas mostrando os benefícios do leite na sua relação com a doença cardiovascular, as quais discutimos há dois anos atrás em artigo onde também levantamos os possíveis efeitos do leite na prevenção da aterosclerose (2).<br />
Carlos Monteiro<br />
1. Aslibekyan S, Campos H, Baylin A. Biomarkers of Dairy intake and the risk of heart disease. Nutr Metab Cardiovasc Dis. May 4, 2011<br />
2. Carlos Monteiro, “Leite gordo: Benéficos efeitos na redução de doença cardíaca e derrame!” em <a href="http://www.infarctcombat.org/polemica-46/icem.html">http://www.infarctcombat.org/polemica-46/icem.html<br />
</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-88688753872163976332011-05-04T18:30:00.000-07:002011-11-05T17:57:16.131-07:00A elevação do ácido láctico: o vínculo entre a artrite reumatóide e a aterosclerose?A artrite reumatóide (AR) é considerada uma doença sistêmica inflamatória auto-imune. No entanto, o que desencadeia o início da AR continua desconhecido.<br />
Pacientes com AR têm uma alta prevalência aterosclerótica pré-clínica, independentemente dos fatores de risco tradicionais, sugerindo que a inflamação crônica e, possivelmente, a severidade da doença são aterogênicas nessa população (1).<br />
A respeito desse assunto um editorial publicado no Jornal Circulation em 1999 discutiu sobre as muitas similaridades partilhadas pela AR e aterosclerose (2). <br />
Investigações recentes acharam que o processo aterosclerótico começa bastante cedo no curso da AR, com o estudo revelando um significativo aumento na espessura da intima-média, um indicador de aterosclerose, em apenas 18 meses (3). <br />
Outro recente estudo achou um rápido aumento no risco do infarto do miocárdio na sequência do diagnóstico de AR nos pacientes diagnosticados com a doença entre 1995 a 2006 (4).<br />
Estudando sobre a matéria nós procuramos por estudos que investigaram disfunção autônoma cardiovascular em doenças reumáticas. Embora existam poucos estudos realizados nessa direção, nós pudemos verificar que a atividade do sistema nervoso simpático pode estar elevado na AR, comparativamente com pacientes saudáveis (5, 6). De acordo com nosso ponto de vista a predominância do simpático é o fator primário na cascata de eventos que induz a elevação no ácido láctico e ambiente ácido gerando a aterogênese (7, 8).<br />
Também descobrimos um estudo dos anos 80 mostrando altos valores de lactato em soropositivos AR e também na artrite induzida por cristais, com o autor sugerindo que a medida do lactato sinovial poderia ser um confiável indicador para diferenciação das artrites inflamatórias (9). Em paralelo, o montante de lactato liberado pelo miocárdio foi mostrado estar relacionado com a severidade da doença da artéria coronária (10, 11). <br />
Indo mais fundo em nossa pesquisa ficamos bastante surpreso com a seguinte informação contida em um trabalho publicado em 1924 (12), intitulado “The alleged role of lactic acid in arthritis and rheumatoid conditions”, que diz:<br />
“Richardson, em 1858, publicou os resultados de extensos experimentos em cães nos quais a injeção de largas quantidades de ácido láctico, intraperitoneal, foi seguida por um severo envolvimento das articulações. A condição das articulações foi similar aquela vista na artrite aguda, com Richardson sugerindo que a síndrome artrítica era devida a uma acumulação do ácido no organismo. Essa teoria encontrou suporte adicional em 1877, quando Foster relatou que a administração de ácido láctico pela boca em dois pacientes diabéticos resultou em articulações dolorosas e inchadas. As dores e inchaços persistiram enquanto a administração de ácido láctico foi continuada e desapareceu prontamente após o ácido ser descontinuado. Esses experimentos iniciais aparentemente nunca foram repetidos ou estendidos, mas exerceram alguma influência na formação de hipóteses quanto a esta doença”. <br />
Este trabalho de 1924 fortalece nossos pensamentos colocados no artigo “Antigos experimentos com coelhos e cães providenciam poderosa evidência para a Teoria da Acidez na Aterosclerose ” onde foi mostrado que cães e coelhos alimentados com ácidos podem desenvolver lesões ateroscleróticas (13).<br />
Carlos Monteiro<br />
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13. Antigos experimentos com coelhos e cães providenciam poderosa evidência para a Teoria da Acidez na Aterosclerose , Carlos Monteiro, Julio 13, 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/07/antigos-experimentos-com-coelhos-e-caes.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/07/antigos-experimentos-com-coelhos-e-caes.html <br />
</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-62155260208910891352011-03-09T11:48:00.000-08:002011-11-19T15:06:50.887-08:00O potencial efeito positivo da melhoria na atividade barorreflexa na prevenção e tratamento da ateroscleroseA função barorreflexa ou reflexo barorreceptor é um dos mecanismos homeostáticos do organismo para regular a pressão sangüínea através do controle da frequência cardíaca, força das contrações do coração e diâmetro dos vasos sanguíneos. Os mais importantes barorreceptores arteriais estão localizados no seio da carótida e no arco aórtico. Esses barorreceptores respondem ao estiramento da parede arterial de forma que se a pressão arterial subitamente aumentar, as paredes desses vasos expandem passivamente, estimulando a ativação desses receptores. No caso da pressão sanguinea arterial cair subitamente, o estiramento diminuído das paredes arteriais leva a uma redução na ativação do receptor. A perda da influência estabilizadora do controle vagal aumenta a susceptibilidade de influências simpáticas. De outro lado o resultado da melhoria barorreflexa é a inibição do sistema nervoso simpático e ativação do sistema nervoso parassimpático. <br />
É interessante notar o dano ou redução da sensitividade barorreflexa em frente de alguns fatores chave para a aterosclerose, doença cardiovascular e acidente vascular cerebral, como por exemplo, o envelhecimento, a ingestão de açucares, em especial nas dietas com alto conteúdo de frutose, e o fumo.<br />
Relacionados à aterosclerose existem alguns estudos mostrando que na ateromatose bilateral da carótida (1) e em uma maior espessura da intima-media da carótida (2), a sensitividade barorreflexa é reduzida ou danificada.<br />
Nessa direção um estudo publicado em 2005 indicou que a disfunção barorreflexa arterial promove o desenvolvimento da aterosclerose em ratos, e que a inflamação pode estar envolvida no processo (3). Os mesmos autores demonstraram em uma mais recente publicação de que baixas doses de ketanserina, um anti-hipertensivo, preveniu o desenvolvimento da aterosclerose em ratos e coelhos espontaneamente hipertensivos, pelo menos em parte, através da intensificação da sensitividade barorreflexa arterial (4). Outras drogas anti-hipertensivas como betabloqueadores podem intensificar a sensitividade barorreflexa (5) com efeitos positivos na aterosclerose (6). Os glicosídeos cardíacos, que representam outra classe de remédios, também aumentam o controle barorreflexo cardiopulmonar da atividade simpática (7), o qual é provavelmente responsável pelos potenciais efeitos da digital na aterosclerose (6,8,9).<br />
Ao lado das drogas mencionadas acima existem alguns estudos recentes sugerindo que ácidos graxos poliinsaturados - ômega-3 (19), cacau (10), vitaminas como, por exemplo, vitamina C (11,12), vitamina E (13) e ácido fólico (14,15), a parte de exercícios aeróbicos (16,17) e da respiração lenta (18), melhoram a sensibilidade barorreflexa com possíveis efeitos positivos no tratamento e prevenção da aterosclerose, de acordo com o ponto de vista da teoria da acidez (6), onde a predominância simpática é o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica.<br />
Carlos Monteiro<br />
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Entretanto, os principais testes usando antibióticos falharam em provar seus efeitos de proteção na prevenção secundária da doença arterial coronária (2).<br />
A doença periodontal, uma das mais comuns infecções crônicas de bactérias, pode representar um cenário favorável para verificar a conexão entre infecção e aterosclerose/doença cardiovascular.<br />
Os primeiros pesquisadores a indicar um relacionamento entre infecções orais e aterosclerose foram Mattila e colegas. Em seu estudo publicado em 1989 eles identificaram a doença periodontal como um independente preditor de um elevado risco de infarto do miocárdio (3). <br />
Muitos estudos estão sugerindo uma fonte oral para a bactéria associada à placa aterosclerótica, com a demonstração da presença de patogênicos periodontais viáveis nas placas ateroscleróticas (4, 5, 6, 7). Relativamente a esse ponto uma interessante hipótese foi proposta em 2004 de que a infecção periodontal poderia levar a breves episódios de bacteremia com a inoculação da placa aterosclerótica por patogênicos periodontais tais como Porphyromonas gingivalis, Actinobacillus actinomycetemcomitants e Tannerela forsythensis (8).<br />
Relacionada a esse assunto uma recente revisão de estudos diz que procedimentos clínicos por dentistas nos dentes e periodôntica, junto com a escovação diária feita por pacientes, produz uma bacteremia transitória, a qual pode causar uma infecção secundária em um tecido ou órgão distante, inclusive artérias. Para os autores dessa revisão é evidente que ambos os procedimentos cirúrgicos endodônticos e instrumentação não cirúrgica de raiz de canal durante endodontia podem produzir bacteremia transitória. Também enfatizaram que a extração de dente causa bacteremia em 100% das vezes (9)<br />
Coincidentemente, um estudo publicado no mês passado revelou dados de pacientes do Medicaid mostrando que os riscos de eventos cardiovasculares adversos aumentam agudamente no mês seguinte ao tratamento invasivo dental e então gradualmente retornam ao normal após 6 meses (10)<br />
Contudo, uma importante informação é deixada de lado pela maioria dos investigadores estudando a conexão entre a infecção oral e aterosclerose/doença cardiovascular. Eles não tomam em consideração de que o sistema nervoso simpático é intensamente ativado durante a bacteremia. Isso foi demonstrado por estudos mostrando que o tônus do simpático rapidamente aumenta após injeção experimental ou infusão de bactérias e similarmente durante bacteremia em humanos (11, 12, 13, 14).<br />
Além disso, em uma revisão sistemática publicada em 2007, cerca de 57% dos estudos mostrou uma relação positiva entre estresse/fatores psicológicos e doença periodontal (15). Esses resultados são reforçados por um estudo bastante recente indicando que o sistema nervoso simpático é envolvido no desenvolvimento da periodontite e que o bloqueio dos beta-receptores no tecido periodontal por um simpatolítico (propranolol) inibiu a diferenciação entre osteclastos e preveniu perda de osso alveolar induzido por Porphyromonas gingivalis (16)<br />
Dentro do ponto de vista da teoria da acidez na aterosclerose a predominância do simpático é o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. Portanto, pensamos que a infecção através da bacteremia pode ser adicionada a longa lista de fatores de risco para aterosclerose/doença cardiovascular, como mencionado no trabalho sobre a teoria da acidez e em outros artigos prévios publicados nesse blog (17).<br />
Carlos Monteiro <br />
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17. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-46327789428772690152010-10-04T04:51:00.000-07:002011-11-05T18:22:10.685-07:00Associação da anormalidade nos lipídeos com a produção anormal de lactato e a progressão da doença arterial coronáriaA associação dos níveis aumentados dos lipídeos com o lactato anormal no metabolismo pode fornecer um eficiente teste de triagem para a detecção da doença arterial coronária (1). De fato, foi demonstrado que a anormalidade dos lipídeos no plasma e a produção de lactato no miocárdio, no tempo do estudo inicial, foram significativamente associadas com uma progressão arteriografica subseqüente (2). <br />
Em nossa opinião o aumento nos lipídeos do plasma, apresentado nesses estudos, poderia ser uma resposta à injúria do endotélio arterial, relacionado com uma aumentada liberação de lactato. O conceito da resposta à injúria é suportado pela teoria da acidez na aterosclerose (4)<br />
O montante de lactato liberado pelo miocárdio tem-se mostrado estar relacionado com a severidade da doença arterial coronária em diversos estudos (1,2,3). Um desses estudos (3) demonstrou heterogeneidade do metabolismo de lactato miocárdico em repouso nos pacientes com doença coronário-miocárdica. Lactato foi liberado ou produzido pelo miocárdio quando não existia nenhuma evidência de isquemia e a diferença de lactato no seio coronário mostrando extração liquida de lactato global.<br />
Carlos Monteiro<br />
<br />
1. G. Jackson, Lynne Atkinson, M. Clark, B. Crook, P. Armstrong, and S. Oram, Diagnosis of coronary artery disease by estimation of coronary sinus lactate. British Heart Journal, 1978, 40, 979-983. Texto gratuito em <a href="http://circ.ahajournals.org/content/47/3/455.full.pdf">http://circ.ahajournals.org/content/47/3/455.full.pdf</a> <br />
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4. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-84200397160667731622010-09-05T01:46:00.000-07:002011-11-06T08:19:19.669-08:00Os níveis de ácido láctico no plasma e de desidrogenase láctica (LDH) aumentam com a idade?Loiseleur e Morel foram os primeiros a relatar em 1931 sobre o aumento na concentração de ácido láctico no plasma com a idade (1). Contudo, em um estudo realizado por Gottfried, Pelz e Clifford, publicado em 1961, não foi observada nenhuma diferença nos níveis de ácido láctico no plasma entre um grupo de 49 homens e mulheres acima de 70 anos de idade e um grupo de controle abaixo de 50 anos de idade (2).<br />
Davis e colegas em estudo publicado em 1966 também relataram que o ácido láctico no plasma não aumenta com a idade. Em dois grupos de pacientes ambulatoriais com idade média de 67 anos, totalizando 544 indivíduos que estavam aparentemente livres de doenças agudas, a análise de regressão para tanto o ácido láctico no plasma quanto ao LDH não revelou qualquer mudança significativa (3).<br />
Contrastando com os relatos de Gottfried (2) e Davis (3), um estudo por Nagamine e Shima publicado em 1989 indicou a partir de análises químicas no plasma, obtido de 1822 homens e de 1870 mulheres, que os valores para o LDH foram maiores nas mulheres acima de 50 anos de idade. Quando homens e mulheres foram combinados as faixas de referências normais para o LDH tenderam a ser elevadas. Os valores para o colesterol total e triglicérides alcançaram um pico em certa idade (4).<br />
Tomando em vista os resultados conflitantes nos trabalhos acima mencionados, pensamos que novas investigações são necessárias em ordem de definitivamente esclarecer se o ácido láctico no plasma e o LDH aumentam com a idade, se existe correlação com os níveis de colesterol, e sobre uma potencial relação causal, como apregoada pela teoria da acidez na aterosclerose (5).<br />
Lembrando O. J. Pollak, 1952:<br />
“Certamente todos os tecidos mudam com a idade. Existe envelhecimento anatômico e químico. A acidez dos tecidos aumenta com a idade; isso favorece a precipitação do colesterol”, O. J. Pollak, 1952 <br />
Carlos Monteiro<br />
1. Loiséleur J and R Morel. Influence de l’age et de L’état fonctionnel du foie sur la lacticémie. C. R. Soc. Biol, Paris, 106:35-37, 1931<br />
2. Gottfried S. P., K. S. Pelz and R. C. Clifford. Carbohydrate metabolism in healthy old men over 70 years of age. Amer J. med. Sci, 242: 475-480, 1961<br />
3. Davis R. L., Lawton A. H. et al. Serum lactate and lactic dehydrogenase levels of aging males. J. Gerontology 1966, Oct 21(4):571-4<br />
4. Nagamine Y, Shima K. Changes in normal reference ranges for serum chemical analyses with ageing. Nippon Ronen Igakkai Zasshi. 1989 Jan;26(1):31-6.<br />
5. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-58332344449484198012010-08-25T10:09:00.000-07:002011-11-06T08:21:05.606-08:00Enxaqueca, doença cardiovascular e maior concentração de ácido láctico no plasmaPessoas com enxaqueca, particularmente aquelas com aura (distúrbios sensoriais ou visuais temporários antes ou durante a dor de cabeça), têm um aumentado risco de mortalidade na doença coronário-miocárdica e derrame (AVC), de acordo com pesquisa publicada nesta semana no British Medical Journal. O estudo avaliou o impacto de episódios de enxaqueca na meia-idade em 18.725 homens e mulheres nascidos entre 1907 e 1935 que tomaram parte no Reykjavik Study (estabelecido em 1967 pela Associação de Coração da Islândia). No total, o time de pesquisa explorou cerca de 470.000 pessoas-anos de dados com um seguimento de 26 anos. Sua conclusão foi de que a enxaqueca com aura é um fator de risco independente para a doença cardiovascular e mortalidade por todas as causas em homens e mulheres (1). <br />
O interessante é que os sofredores de enxaquecas têm maior concentração de ácido láctico no plasma (2), um fator de risco decisivo para a doença cardiovascular, conforme a teoria da acidez na aterosclerose (3). <br />
Carlos Monteiro<br />
1.Larus S Gudmundsson, Ann I Scher, Thor Aspelund, Jon H Eliasson, Magnus Johannsson,Gudmundur Thorgeirsson, Lenore Launer and Vilmundur Gudnason. Migraine with aura and risk of cardiovascular and all cause mortality in men and women: prospective cohort study. Published 24 August 2010, doi:10.1136/bmj.c3966, BMJ 2010;341:c3966. Full free text at<a href=" http://www.bmj.com/cgi/content/full/341/aug24_1/c3966"> http://www.bmj.com/cgi/content/full/341/aug24_1/c3966</a><br />
2.Okada H, Araga S, Takeshima T, Nakashima K. Plasma lactic acid and pyruvic acid levels in migraine and tension-type headache. Headache. 1998 Jan;38(1):39-42. <br />
3. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-2534144831141178142010-08-09T15:12:00.000-07:002011-11-06T08:32:08.097-08:00Respiração lenta aumenta a sensibilidade barorreflexa e reduz a atividade simpática com benéficos efeitos sobre a doença cardiovascularO controle da respiração tem sido usado como uma estratégia efetiva para acalmar frente a situações estressantes na vida diária durante séculos. O conselho habitual para respirar profundamente sob circunstâncias emocionais tais como estresse, ansiedade e raiva é uma clara indicação disso, ainda que nós não paremos normalmente para considerar a conexão entre nossa respiração e os estados emocionais. Sobre o assunto existe um estudo realizado no Japão onde 241 homens e mulheres completaram o questionário concernente a eventos estressantes na vida real e estratégias de relaxamento que eles usaram para superar esses eventos estressantes. O resultado claramente mostrou que a maioria das estratégias usadas foi a de respiração profunda. Cerca de 60% dos indivíduos relataram que usaram o controle da respiração para acalmar em sua situação estressante. Muitos indivíduos responderam essa questão dizendo que a técnica de respiração abdominal (diafragmática) foi uma efetiva estratégia para acalmar (1). <br />
O relaxamento através de respirações lentas (menos do que 10 ciclos por minuto), usados nas técnicas de ioga e meditação, tem sido pensado por um longo tempo ter efeitos positivos na redução da pressão sangüínea.<br />
Estudos básicos que suportam essas observações clínicas e empíricas e procurando esclarecer o relacionamento entre relaxamento e funções respiratórias começaram nos anos 70. Um trabalho publicado na revista Psychosomatic Medicine em 1996 referiu muitos estudos básicos na discussão sobre os usos terapêuticos da respiração lenta na atenuação de respostas autônomas cardíacas em pacientes com distúrbios de ansiedade (2).<br />
Entretanto, apesar das muitas observações clínicas sugerindo esta direção, a ciência médica em geral, particularmente na cardiologia, tem negligenciado sobre a influência da respiração e de seu relacionamento com o sistema nervoso autônomo e o coração na sua ponderação sobre os fatores de risco cardíaco.<br />
Afortunadamente, estudos recentes estão jogando mais luz e evidências sobre o assunto, dando novas bases para o estabelecimento científico a respeito do vínculo entre estados emocionais e a respiração. Seus achados mostram que a ativação simpática e a desativação do parassimpático estão implicadas na patogênese da hipertensão, apnéia do sono obstrutiva, e da insuficiência cardíaca congestiva, e que a respiração contribui de forma importante para decrescer a hiperatividade simpática e a melhoria da sensibilidade barorreflexa (3 - 13).<br />
É interessante noticiar que o Dr. William Davis, cardiologista e autor do “The Heart Scan Blog”, disse recentemente em uma resposta como convidado no artigo do Jimmy Moore ‘Um leitor pergunta ‘O sangue ácido leva a inflamação arterial? Vamos perguntar aos especialistas’ (14): “Um pensamento final: Interessante, a forma mais fácil e rápida de aumentar o estado alcalino do sangue é a de respirar profundamente. A respiração profunda resulta em dióxido de carbono mais baixo no sangue, resultando em uma alcalinização líquida. Não seria engenhoso se pudéssemos estudar e quantificar essa resposta ao longo do tempo e de seus efeitos sobre a doença aterosclerótica?”<br />
Também interessante é que enquanto alguns estudos documentaram maior atividade simpática nervosa total do músculo (MSNA) durante a hipercapnia comparada com hipóxia, outros estudos observaram uma maior resposta do MNSA frente à hipóxia, comparativamente com hipercapnia, em participantes com freqüências de respiração espontâneas, lentas e rápidas. Enquanto que os autores foram incapazes de distinguir se a ativação induzida foi quimiorreflexa, respiratória ou cardiovascular seus dados sugerem que a hipercapnia e hipóxia causam distintos padrões de ativação dentro de regiões normalmente associadas com controle simpático (15, 16).<br />
Tomando em vista que o tratamento com o uso de pressão positiva contínua em via aérea (CPAP) pode reverter os sinais prematuros da aterosclerose (17), pensamos que a prática da respiração lenta pode também contribuir para a prevenção ou regressão da aterosclerose, através da redução da hiperatividade simpática, seja ela estimulada por hipercapnia, hipóxia, ou outros fatores, de acordo com o conceito da teoria da acidez (18, 19).<br />
Ademais, a hipertensão é um importante fator de risco para o desenvolvimento da aterosclerose, com os dois processos apresentando alguns mecanismos em comum, sendo o endotélio colocado geralmente como o provável foco central para o efeito de ambas as doenças, com evidências que levam a postulação de que a hipertensão predispõe e acelera a aterosclerose (20).<br />
Carlos Monteiro<br />
<b>Nota:<br />
</b> A meditação transcendental não somente reduz o colesterol (21) e a pressão sanguinea (22, 23), mas também reduz o desenvolvimento da aterosclerose (18). Ainda mais interessante é que uma meta-análise de 31 estudos achou que a TM produz uma redução do lactato no plasma (24, 25). Lactato reduzido no plasma indica profundo relaxamento, já que alta concentração de lactato tem sido associada com situações de stress (como por exemplo, alta ansiedade), e alta pressão sangüínea (20). Mais dados sobre lactato, stress, hipertensão e na redução da aterosclerose em pacientes submetidos à Ioga ou TM veja na monografia sobre a teoria da acidez na aterosclerose (18).<br />
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2. Sakakibara M and Hayano J. Effect of Slowed Respiration on Cardiac Parasympathetic Response to Threat. Psychosomatic Medicine 58:32-37 (1996). Full free text at <a href="http://www.psychosomaticmedicine.org/cgi/reprint/58/1/32.pdf ">http://www.psychosomaticmedicine.org/cgi/reprint/58/1/32.pdf </a><br />
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10. Anderson DE, McNeely JD, Windham BG. Regular slow-breathing exercise effects on blood pressure and breathing patterns at rest, J Hum Hypertens. 2010 Mar 4. [Epub ahead of print]<br />
11. Joseph CN, Porta C, et al. Slow Breathing Improves Arterial Baroreflex Sensitivity and Decreases Blood Pressure in Essential Hypertension, Hypertension 2005;46;714-718; originally published online Aug 29, 2005<br />
12. Narkiewicz K et al. Sympathetic Neural Outflow and Chemoreflex Sensitivity Are Related to Spontaneous Breathing Rate in Normal Men. Hypertension 2006;47;51-55; originally published online Dec 12, 2005<br />
13. Bernardi L, Porta C, Slow Breathing Increases Arterial Baroreflex Sensitivity in Patients With Chronic Heart Failure, Circulation 2002;105;143-145<br />
14. Jimmy Moore “A Reader Asks ‘Does Acidic Blood Lead To Arterial Inflammation?’ Let’s Ask The Low-Carb Experts!”, published at <a href="http://livinlavidalowcarb.com/blog/?p=7270">http://livinlavidalowcarb.com/blog/?p=7270</a>, in February 10, 2010:<br />
15. Bernardi L, Gabutti A et al. Slow breathing reduces chemoreflex response to hypoxia and hypercapnia, and increases baroreflex sensitivity, Journal of Hypertension, V 19;I 12 - pp 2221-2229, 2001<br />
16. Steinback C. et al. Hypercapnic vs. hypoxic control of cardiovascular, cardiovagal and sympathetic function, Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 296: R402-R410, 2009<br />
17. Drager LF, Bortolotto LA, Figueiredo AC, Krieger EM, Lorenzi-Filho G. Effects of continuous positive airway pressure on early signs of atherosclerosis in obstructive sleep apnea. Am J Respir Crit Care Med 2007; 176: 706–712.<br />
18. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português) <br />
19. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, 22 de Fevereiro de 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html </a><br />
20. Hipertensão, aterosclerose, stress e ácido láctico, Carlos Monteiro, 25 de novembro de 2009, em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2009/11/hipertensao-aterosclerose-stress-e.html">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2009/11/hipertensao-aterosclerose-stress-e.html</a><br />
21. Cooper M, Aygen M. Transcendental Meditation in the management of hypercholesterolemia, Journal of Human Stress 1979; 5:24-27<br />
22. Schneider RH, Staggers F, Alexander C, et al. A randomized controlled trial of stress reduction for hypertension in older African Americans. Hypertension 1995; 26: 820-827<br />
23. Alexander C, Schneider RH, Staggers F. A trial of stress reduction for hypertension in older African Americans (part II); sex and risk factor subgroup analysis, Hypertension 1996; 28:228-237<br />
24. Michael C. Dillbeck, David W Orme-Johnson. Physiological differences between meditation and rest. American Psychologist, Vol 42(9), Sep 1987, 879-881 <br />
25. The Effects of the Transcendental Meditation Technique on Common Risk Factors and Overall Health. Adapted from Chalmers, R. Scientific Research on Maharishi's Vedic Approach to Health: Part I Transcendental Meditation Introduction and Overview of Research, January 1998, at http://www.tm.cme.edu/article.pdfCarlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-71909812468422241432010-07-26T12:25:00.000-07:002011-11-06T12:37:55.784-08:00Apnéia obstrutiva do sono: Hipóxia intermitente leva a hiperatividade simpática e então ao processo ateroscleróticoA síndrome da apneia obstrutiva do sono (OSA) é causada pelo colapso das vias aéreas superiores durante a inspiração gerando hipoxemia, hipercapnia, acidose, ativação do sistema nervoso simpático, e de distúrbios no despertar do sono.<br />
Um acúmulo de evidências mostra que a OSA é um fator de risco para a doença cardiovascular o que é suportado por estudos de associação epidemiológica. Estudos longitudinais de grupos também providenciam evidências de que pacientes com apnéia obstrutiva do sono severa, não tratada, têm um aumentada taxa de eventos cardiovasculares. A prevalência de doença arterial coronária é de 3 a 5 vezes maior em pacientes com OSA comparativamente com grupos de controle (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7). <br />
A aterosclerose é reconhecida como o estágio precursor da doença coronário-miocárdica.<br />
Um trabalho bastante recente publicado no Circulation (8), de longe o maior estudo realizado até o presente momento sobre o assunto, mostrou que a síndrome da apnéia obstrutiva de moderada a severa aumenta o risco da doença coronário-miocárdica ou de óbito em cerca de 70% em homens abaixo da idade de 70, mas não aumenta o risco para homens ou mulheres acima de 70. Um total de 1927 homens e de 2495 mulheres com 40 anos de idade e livres de doença coronária-miocárdica e de insuficiência cardíaca no tempo da linha de base, com relação à polissonografia, foram seguidos por uma média de 8.7 anos, neste estudo epidemiológico prospectivo longitudinal.<br />
Um aumento na espessura da intima-média da carótida (IMT) e ocorrência de placas foi relatada em pacientes com OSA sem qualquer significante co-morbidade comparada como o grupo de controle (9, 10, 11, 12). <br />
A prevalência de hipertensão é bastante alta e a incidência de hipertensão aumenta conforme o número de eventos apnéicos e hipopnéicos aumenta por hora. A associação de OSA e hipertensão têm efeitos aditivos no desenvolvimento de aterosclerose. A hipertensão durante o dia desenvolve de secundários a persistentemente elevados estados simpáticos (13). Em um recente estudo de 94 pacientes de meia idade, a espessura da intima-média da artéria carótida foi positivamente relacionada com a pressão sangüínea sistólica e índices de apnéa e hipopnéia (14). <br />
<b>Mecanismos fisiopatológicos vinculando OSA com a aterosclerose<br />
</b>Pacientes com OSA experimentam intermitente hipoxemia e retenção de CO2 que modificam as respostas autônomas e hemodinâmicas ao sono (15). De fato, a hipóxia intermitente crônica pode levar a hiperatividade simpática (16, 17). Um estudo demonstrou que em pacientes com eventos apnéicos moderados (duração < 20 segundos), o tratamento com 100% de oxigênio eliminou efetivamente a maior parte dos aumentos na atividade nervosa simpática (25).
É interessante notar que o tratamento com o uso de pressão positiva contínua em via aérea (CPAP) pode reverter os sinais prematuros da aterosclerose (18).
Existe uma crescente evidência de que a hipóxia intermitente é independentemente associada com dislipidemia (19). Em adição a dados clínicos, experimentos em animais também suportam o papel da hipóxia intermitente na patogênese da dislipidemia e respiração desordenada do sono (20, 21, 22).
Os estudos mencionados acima confirmam antigos experimentos realizados em coelhos onde a deficiência de oxigênio foi atingida através da colocação dos animais diariamente em uma câmara com conteúdo reduzido de oxigênio (abaixo de 12%) por 3–6 horas, durante 4 meses. Nesses experimentos foi demonstrado que a hipóxia prolongada traz uma alta hipercolesterolemia além de intensificar grandemente o desenvolvimento de aterosclerose aórtica e coronária (26).
A demonstração de que a hipóxia intermitente crônica pode levar a hiperatividade simpática e a dislipidemia adiciona mais evidência ao conceito da teoria da acidez (23), com a hipoxemia intermitente se juntando a outros fatores chave para a aterosclerose, como foi discutido recentemente nesse blog (24).
Carlos Monteiro
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13. Narkiewicz K, Somers VK. Sympathetic nerve activity in obstructive sleep apnoea. Acta Physiol Scand. 2003;177:385-390
14. Drager LF, Bortolotto LA, Krieger EM, Lorenzi-Filho G. Additive effects of obstructive sleep apnea and hypertension on early markers of carotid atherosclerosis. Hypertension 2009; 53 : 64-9.
15. Somers VK, Dyken ME, Mark AL, Abboud FM. Sympathetic nerve activity during sleep in normal subjects. N Engl J Med 1993; 328 : 303-7.
16. Johnson, T. S., J. B. Young, and L. Landsberg. Sympathoadrenal responses to acute and chronic hypoxia in the rat. J. Clin. Invest. 71: 1263-1272, 1983.
17. Greenberg HE, Sica A, Batson D, Scharf SM. Chronic intermittent hypoxia increases sympathetic responsiveness to hypoxia and hypercapnia. J Appl Physiol 1999; 86: 298–305, e <a href="http://jap.physiology.org/cgi/content/full/86/1/298">http://jap.physiology.org/cgi/content/full/86/1/298</a><br />
18. Drager LF, Bortolotto LA, Figueiredo AC, Krieger EM, Lorenzi-Filho G. Effects of continuous positive airway pressure on early signs of atherosclerosis in obstructive sleep apnea. Am J Respir Crit Care Med 2007; 176: 706–712.<br />
19. Drager, Luciano F; Jun, Jonathan; Polotsky, Vsevolod Y. Obstructive sleep apnea and dyslipidemia: implications for atherosclerosis. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2010 Apr;17(2):161-5.<br />
20. Li J, Grigoryev DN, Y e SQ, Thorne L, Schwartz AR, Smith PL, et al. Chronic intermittent hypoxia upregulates genes of lipid biosynthesis in obese mice. J Appl Physiol 2005; 99 :1643-8.<br />
21. Li J, Thorne LN, Punjabi NM, Sun CK, Schwartz AR, Smith PL, et al. Intermittent hypoxia induces hyperlipidemia in lean mice. Circ Res 2005; 97 : 698-706.<br />
22. Li J, Savransky V, Nanayakkara A, Smith PL. O’Donnell CP, Polotsky VT. Hyperlipidemia and lipid peroxidation are dependent on the severity of chronic intermittent hypoxia. J Appl Physiol 2007; 102 : 557-63.<br />
23. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português) <br />
24. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, Fevereiro 22, 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html </a><br />
25. Leuenberger U, Jacob E, Sweer L, Waravdekar N, Zwillich C, Sinoway L. Surges of muscle sympathetic activity during obstructive apnea are linked to hypoxemia. J Appl Physiol 1995<br />
26. N. N. Kipshidze.The effect of oxygen deficiency on the development experimental atherosclerosis of the coronary arteries Bulletin of Experimental Biology and Medicine, Volume 47, Number 4, 447-453, 1958, DOI: 10.1007/BF00779624Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-61372682834125924552010-07-13T19:49:00.000-07:002011-11-06T12:42:37.798-08:00Antigos experimentos com coelhos e cães providenciam poderosa evidência para a Teoria da Acidez na Aterosclerose (1)Segue resumo de 2 estudos desenvolvidos no início do século passado mostrando que coelhos e cães alimentados com ácidos podem desenvolver lesões ateroscleróticas:<br />
1) Experimentos de Oswald Loeb, um conhecido professor de farmacologia e cientista da Universidade de Gotinga - Alemanha, demonstraram em estudo publicado em 1913, que coelhos e cães alimentados com ácido láctico resultaram em lesões ateroscleróticas nesses animais (2). O livro “Arteriosclerose e hipertensão“ (3), escrito pelo Dr. Louis M Warfield (Johns Hopkins), mostrou os seguintes comentários sobre os experimentos de Oswald Loeb:<br />
“Oswald Loeb produziu mudanças nas artérias de coelhos alimentando-os com lactato de sódio (ácido láctico). Seus controles alimentados com outros ácidos se tornaram caquéticos, mas não mostraram mudanças arteriais. Ele encontrou a seguir que em 100 gm. de sangue humano existia normalmente de 15 a 30 mg. de ácido láctico. Após um trabalho árduo ele achou cerca de 150 gm. A arteriosclerose seria na verdade devida a presença de ácido láctico livre na circulação. Ele teve sucesso também em produzir lesões da intima em um cão alimentado por um longo tempo com dieta pobre em proteína, mais ácido láctico e lactato de sódio.”<br />
2) O médico I. Adler, dos Laboratórios do Conselho de Saúde de Nova York, disse em seu trabalho intitulado “Estudos sobre a Aterosclerose Experimental” (4), publicado em 1913, que uma observação casual pelo Dr. P. A. Levene sugeriu o procedimento simples de adicionar acido hidroclórico na comida dos cães e como conseqüência produzir uma hiperacidez crônica. Isto levou Adler a incluir cães alimentados com ácidos em seus experimentos. Ele disse em seu trabalho que ainda que somente 2 cães tenham sido alimentados com ácido hidroclórico, apresentando afecções escleróticas, a possibilidade não pode ser negada, especialmente em vista dos numerosos resultados negativos com outros métodos, que esses resultados positivos não seriam meras coincidências, mas seriam provavelmente devido ao ácido hidroclórico. Referindo-se ao final de sua publicação quanto aos cães alimentados com ácidos apresentando lesões ateroscleróticas ele colocou “que o estudo estava sendo continuado e definitivas conclusões seriam prematuras naquele estágio; mas talvez pudesse ser permitido, mesmo naquele momento, aventurar a declaração de que com toda a probabilidade a teoria que baseia a aterosclerose como uma etiologia puramente mecânica não se provaria defensável". Continuando disse que "Se fatores mecânicos participassem de alguma forma, e se isso se confirmar, e em qual extensão, permaneceria a ser comprovado e que parecia quase certo, pelo menos no nosso presente estado de conhecimento, influências, sujeitas possivelmente a mais ou menos controle dos nervos, são fatores dominantes na etiologia da aterosclerose. Talvez seja descoberto também que o colesterol e suas varias modificações, enquanto indubitavelmente um elemento de importância na aterosclerose de coelhos e seres humanos, possa não ser o único fator etiológico predominante“. Ele termina dizendo que “Se houver comprovação de que um procedimento tão simples quanto adicionar certa proporção de ácido hidroclórico na comida de cães seja suficiente para produzir lesões dos vasos sangüíneos estreitamente análogos, se não totalmente idênticas com a aterosclerose humana, uma revisão de nossas teorias presentes se tornarão necessárias“.<br />
Em nossa opinião os efeitos gerando lesões ateroscleróticas nesses experimentos foram causados não somente pela hiperacidez crônica nos coelhos e cães, mas também relacionadas a uma aguda ativação do sistema simpático provocada pela ingestão de ácidos.<br />
Carlos Monteiro<br />
1. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português)<br />
2. Loeb, O., Ueber experimentelle Arterienveraender ungen mit besonderer Beruecksichtigung der Wirkung der Milchsaeure auf Grund eigener Versuche, Deutsch. med. Wchnschr., I913, xxxix, I819<br />
3. Louis M Warfield, M. D., Third Edition, C. V. Mosby Company, 1920, with full free text at <a href="http://www.archive.org/stream/arteriosclerosis00warfuoft/arteriosclerosis00warfuoft_djvu.txt">http://www.archive.org/stream/arteriosclerosis00warfuoft/arteriosclerosis00warfuoft_djvu.txt</a><br />
4. I. Adler, “Studies in Experimental atherosclerosis - A preliminary report“, The Journal of Experimental Medicine, 1913. Free full text at <a href="http://jem.rupress.org/content/20/2/93.full.pdf">http://jem.rupress.org/content/20/2/93.full.pdf</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-11682067929915301652010-05-05T12:40:00.000-07:002011-11-06T12:47:58.929-08:00O fumo de cigarros no desenvolvimento e progressão da aterosclerose: É a hiperatividade do sistema simpático, fator chave que explica essa associação?A hiperatividade do sistema simpático parece, dentro de nosso ponto de vista (1), ser o fator chave no fumo de cigarros como responsável pelo desenvolvimento e progressão da aterosclerose. <br />
O fumo de cigarros aumenta de forma aguda o tráfico nervoso simpático pela via eferente, como também a liberação de noradrenalina e adrenalina. Os efeitos adversos do fumo de cigarros estão relacionados a uma mistura de químicos, inclusive da nicotina, a qual tem sido largamente acusada por muitos desses efeitos do fumo sobre o sistema cardiovascular, incluindo o desequilíbrio do sistema autônomo, disfunção endotelial, e desregulação do fluxo sangüíneo coronário. Os efeitos simpático-excitatórios agudos do fumo sobre o sistema cardiovascular são parcialmente mediados pela liberação de catecolaminas, excitação nervosa simpática do músculo e aumento da sensibilidade do receptor químico, consecutivo a estimulação do receptor nicotínico no sistema nervoso autônomo (2).<br />
Tanto o fumante ativo quanto a exposição ambiental ao fumo de tabaco estão associados com a progressão de aterosclerose como é demonstrado pelo indice de espessura da média-intima avaliada por ultrasom (8) <br />
É interessante notar quanto aos resultados de um estudo publicado em 2006 o qual revelou que a administração sublingual de um tablete de 4-mg de Terapia de Reposição de Nicotina exerce efeitos deletérios no sistema cardiovascular e ativação do sistema simpático (3).<br />
Também interessante é o alto conteúdo de açúcar (de até 20% - incluindo xarope de milho com alto nível de frutose) nas marcas populares de cigarros (4,5). Açucares e outras dietas a base de alto teor de carboidratos, particularmente na forma de carboidratos com alto índex glicêmico, podem também contribuir para a manutenção da hiperatividade do sistema nervoso simpático, como foi discutido recentemente neste blog (6,7).<br />
Carlos Monteiro<br />
1. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf</a> (versão em português)<br />
2. Adamopoulus D, van de Borne P and Argacha JF, New insights into the sympathetic, endothelial and coronary effects of nicotine. Clin Exp Pharmacol Physiol 2008; 35(4): 458-63<br />
3. Najem B et al. Acute cardiovascular and sympathetic effects of nicotine replacement therapy. Hypertension 2006; 47:1162-67 Full free text at <a href="http://hyper.ahajournals.org/cgi/content/full/47/6/1162 ">http://hyper.ahajournals.org/cgi/content/full/47/6/1162 </a><br />
4. Elson LA, Betts TE, Passey RD, The sugar content and the pH of the smoke of cigarette, cigar, and pipe tobbacos in relation to lung cancer. International Journal of Cancer, V 9, I 3; 666-675, 1972<br />
5. Stavanja et al. Safety assessment of high fructose corn syrup (HFCS) as an ingredient added to cigarette tobacco. Exp Toxicol Pathol, 57(4): 267-81, 2006<br />
6. Koop W. Chronically increased activity of the sympathetic nervous system: our diet-related “evolutionary” inheritance. The Journal of Nutrition, Health & Aging Volume 13, Number 1, 2009<br />
7. Carlos Monteiro, Carboidratos fermentáveis: Um vínculo entre a doença periodontal e a doença cardiovascular? 14 de abril de 2010 em <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/04/carboidratos-fermentaveis-um-vinculo.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/04/carboidratos-fermentaveis-um-vinculo.html </a><br />
8. Howard G et al, Cigarette smoking and progression of atherosclerosis: The Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study. JAMA, 1998 Jan 14;279(2):119-24. Full free text at <a href="http://jama.ama-assn.org/cgi/reprint/279/2/119.pdf">http://jama.ama-assn.org/cgi/reprint/279/2/119.pdf</a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-35307963021401586672010-04-14T14:44:00.000-07:002011-11-07T05:16:56.947-08:00Carboidratos fermentáveis: Um vínculo entre a doença periodontal e a doença cardiovascular?O primeiro trabalho indicando um vínculo entre a doença dental e a doença cardíaca foi escrito por Cleave e Campbell em 1966. No artigo esses pesquisadores postularam que carboidratos excessivamente fermentáveis poderiam levar tanto a doença dental quanto a doenças sistêmicas (1). Yudkin, partilhando da mesma opinião de Cleave, escreveu em 1972: “Minha pesquisa sobre a doença coronária me convenceu além de qualquer dúvida que o açúcar participa de uma considerável parte nessa aterradora epidemia” (2). Enquanto ambos Cleave and Yudkin tinham distintas hipóteses a respeito de quais carboidratos dietéticos causavam doenças sistêmicas, eles estavam unificados quanto à significância de carboidratos dietéticos altamente glicêmicos para as doenças dentais. De acordo com suas hipóteses ambas as doenças dentais e sistêmicas aconteciam devido a uma ingestão em excesso de carboidratos fermentáveis, sendo a doença dental um marcador prematuro de doenças sistêmicas, que deveria primariamente ser prevenida pela restrição de carboidratos fermentáveis.<br />
Hujoel, em um excelente trabalho de revisão publicado em 2009 (3), diz que:“Em favor da hipótese de Cleave-Yudkin’s está a capacidade de predizer e explicar as associações das doenças dental-sistêmicas as quais eram desconhecidas quando a hipótese foi formulada. É conhecido agora, por exemplo, que marcadores do metabolismo anormal da glicose, tais como altos níveis de produtos finais de glicação avançada ou pós-carga de concentração de glicose no plasma, têm sido relacionados a diversos resultados sistêmicos como, por exemplo, a doença cardiovascular (Jandeleit-Dahm and Cooper, 2008). Similarmente, quanto mais a dieta gera uma queda no pH da placa dental, mais ela estimula os níveis de glicose sangüínea, providenciando um elegante modelo de plausibilidade biológica para a hipótese de Cleave-Yudkin, de que caries dentais são um sinal de alarme para doenças sistêmicas (Lingström et al., 1993)”. <br />
Confirmando a hipótese de Cleave-Yudkin, um estudo italiano publicado na semana passada mostrou que uma dieta com carga altamente glicêmica e ingestão de carboidratos de alimentos com alto índice glicêmico aumenta o risco total de doença cardiovascular na mulher, mas não no homem. Na prática o estudo mostrou que mulheres que comem muito mais pão branco, arroz branco, pizza, e outros alimentos ricos em carboidratos, que causam a estimulação do açúcar no sangue, são possivelmente mais de duas vezes de terem risco de desenvolverem doença cardíaca, do que mulheres que ingerem menos desses alimentos. Esse estudo que envolveu 47.749 voluntários (15.171 homens e 32.578 mulheres), os quais completaram o questionário dietético, teve uma duração média de 7.9 anos de seguimento com 463 casos de doença cardiovascular (158 mulheres e 305 homens) identificados. Os autores disseram em seu artigo que uma possível razão para o fracasso de se achar uma associação entre uma dieta altamente glicêmica e doença cardiovascular entre os homens poderia ser que mudanças adversas do colesterol HDL no plasma e níveis de triglicérides, como um resultado da dieta altamente glicêmica, são fatores de risco mais fortes nas mulheres do que nos homens (4).<br />
É interessante notar que dietas com alto teor de carboidratos, particularmente na forma de carboidratos com alto índex glicêmico podem manter o sistema nervoso simpático hiperativo (5). Também que dietas com alto teor de carboidratos podem aumentar significativamente a atividade de desidrogenase láctica no soro sangüíneo (6). <br />
Todos os pontos citados acima fornecem evidências para a nossa teoria da acidez na aterosclerose (6).<br />
<b>Tratamento da doença periodontal na prevenção da aterosclerose<br />
</b>Alguns estudos recentes mostraram que o tratamento da doença periodontal resulta em benefícios para a prevenção da aterosclerose. Tonetti e colegas mostraram que no tratamento periodontal intensivo, após 6 meses da terapia, os benefícios na saúde oral foram associados com melhoria na função endotelial (7). Piconi e colegas confirmaram que o tratamento da doença periodontal além de resultar em melhorias na disfunção endotelial também reduz a espessura da intima-média da carótida. Os autores desse trabalho concluíram que seus resultados oferecem suporte para a hipótese de que a doença periodontal predispõe a aterosclerose, jogando alguma luz sobre os mecanismos possivelmente associados com essa hipótese e reforçando a idéia de que a aterosclerose é uma doença imune-mediada (8).<br />
<b>Uma hipótese alternativa<br />
</b>Tomando em vista que alguns fatores de risco como, por exemplo, hábito de fumar, estresse, genética, aumento na idade, e ingestão de dietas com alto teor de carboidratos contribuem tanto para a periodontite quanto para a doença cardiovascular, nós temos uma hipótese alternativa através dos seguintes mecanismos:<br />
<b>- <i>Uma rua de mão dupla -<br />
</i><i></i></b>1) De um lado o transporte da boca diretamente para a circulação sangüínea, através de via sublingual, de açucares relacionados a dietas com alto teor de carboidratos, levando a hiperatividade do sistema nervoso simpático e então ao processo aterosclerótico. Essa idéia está baseada no uso regular da via sublingual com difusão diretamente na circulação venosa para rápidos efeitos de remédios, incluindo drogas cardiovasculares.<br />
2) De outro lado as concentrações de saliva representando um mistura de respostas inflamatórias crônicas locais mais a acidez de outras condições do organismo derivadas na sua maior parte de estresse crônico, ao lado de outros fatores causando a acidez e expressados por marcadores de acidez sangüínea, desidrogenase láctica, de atividade do sistema nervoso simpático, e de atividade do eixo hipotalâmico-pituitária-adrenal. A nosso ver essa segunda via pode também contribuir para a doença dental.<br />
Carlos Monteiro<br />
1. Cleave TL, Campbell GD (1966). Diabetes, coronary thrombosis, and the saccharine disease Bristol,: Wright<br />
2. Yudkin J (1972b). Sweet and dangerous; the new facts about the sugar you eat as a cause of heart disease, diabetes, and other killers. New York: P.H. Wyden, Inc.<br />
3. Hujoel P, Dietary Carbohydrates and Dental-Systemic Diseases, J Dent Res 2009; 88; 490. Abstract at <a href="http://jdr.sagepub.com/cgi/content/abstract/88/6/490">http://jdr.sagepub.com/cgi/content/abstract/88/6/490</a><br />
4. Sabina Sieri,Vittorio Krogh, et al . Dietary Glycemic Load and Index and Risk of Coronary Heart Disease in a Large Italian Cohort, EPICOR Study. Arch Intern Med. 2010;170(7):640-647<br />
5. Koop W. Chronically increased activity of the sympathetic nervous system: our diet-related “evolutionary” inheritance. The Journal of Nutrition, Health & Aging Volume 13, Number 1, 2009<br />
6. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português)<br />
7. Tonetti MS et al. Treatment of Periodontitis and Endothelial Function, NEJM - Volume 356:911-920, March 1, 2007<br />
8. Piconi S et al.Treatment of periodontal disease results in improvements in endothelial dysfunction and reduction of the carotid intima-media thickness. FASEB J. 23, 1196–1204 (2009)Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6107281390665534207.post-82262226225274820872010-02-28T16:43:00.000-08:002011-11-07T05:21:57.689-08:00O vínculo entre a poluição do ar e a aterosclerose: Qual a correta explicação biológica?Estudos têm mostrado consistentemente que as exposições de partículas finas (PM) de poluição do ar, tanto em curto prazo quanto no longo prazo, estão associados com diversas doenças cardiovasculares, incluindo isquemia miocárdica e infartos, insuficiência cardíaca, arritmias, derrames e aumentada mortalidade cardiovascular. <br />
Muito recentemente foi publicado estudo em humanos confirmando a associação da exposição da poluição do ar ambiente e aterosclerose através da progressão da espessura da íntima-média da carótida (1).<br />
Em um recente e interessante trabalho de Robert Brook (2) ele coloca que existem três pressupostos caminhos para explicar os mecanismos biológicos onde a exposição a partículas finas podem ser capazes de mediar eventos cardiovasculares: 1) mecanismos relacionados ao sistema nervoso autônomo: parassimpático desativado e/ou ativação simpática; 2) a liberação de circulação de pró-oxidativos e/ou mediadores pró-inflamatórios dos pulmões (por exemplo citocinas e células imunes ativadas) dentro da circulação sistêmica, seguinte a inalação de partículas finas que, por sua vez, mediam indiretamente as respostas cardiovasculares; e 3) partículas em escala nanométrica e/ou constituintes de partículas solúveis que se transportam dentro da circulação sistêmica após a inalação que então interagem diretamente com o sistema cardiovascular. De acordo com o Robert Brook, ações crônicas de PM e a intensificação de aterosclerose, são mais possíveis de serem induzidas pela geração de estados pró-inflamatórios crônicos (caminho 2).<br />
Tendo em vista os resultados de estudos em humanos mostrando que a contínua exposição de partículas de poluidores do ar pode decrescer a variabilidade na freqüência cardíaca (3,4) e levar a um controle do sistema autônomo alterado, com potencial aceleração na progressão de aterosclerose (5,6,7), nos sentimos obrigados, com o devido respeito, a divergir da opinião de Brook a respeito do mecanismo biológico relacionado com a exposição crônica de partículas de poluição do ar e aterosclerose.<br />
Dentro de nosso ponto de vista a hiperatividade do sistema simpático pode dar início ao processo aterosclerótico o qual leva no final ao estado inflamatório como é postulado na teoria da acidez na aterosclerose (6), assunto discutido recentemente em artigo nesse blog (7)<br />
Carlos Monteiro <br />
1. Nino Kunzli, Michael Jerrett, Raquel Garcia-Esteban, Xavier Basagana, Bernardo Beckermann, Frank Gilliland, Merce Medina, John Peters, Howard N. Hodis, Wendy J. Mack. "Ambient Air Pollution and the Progression of Atherosclerosis in Adults." PloS ONE 5(2): e9096. doi:10.1371/journal.pone.0009096, February 8, 2010. Full free text at <a href="http://www.plosone.org/article/info:doi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0009096">http://www.plosone.org/article/info:doi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0009096</a><br />
2. Brook RD, Cardiovascular effects of air pollution. Clinical Science (2008) 115, (175–187) Full free text at <a href="http://www.clinsci.org/cs/115/0175/1150175.pdf">http://www.clinsci.org/cs/115/0175/1150175.pdf</a><br />
3. Duanping Liao, Yinkang Duan, Eric A. Whitsel, Zhi-jie Zheng, Gerardo Heiss, Vernon M. Chinchilli, and Hung-Mo Lin. Association of Higher Levels of Ambient Criteria Pollutants with Impaired Cardiac Autonomic Control: A Population-based Study, Am J Epidemiol 2004;159:768–777<br />
4. C. Arden Pope III, Matthew L. Hansen, Russell W. Long, Karen R. Nielsen, Norman L. Eatough, William E. Wilson, and Delbert J. Eatough. Ambient Particulate Air Pollution, Heart Rate Variability, and Blood Markers of Inflammation in a Panel of Elderly Subjects. Environmental Health Perspectives, V 112; N 3: March 2004<br />
5. Heikki V. Huikuri; Vesa Jokinen; Mikko Syvänne; Markku S. Nieminen; K. E. Juhani et al, Heart Rate Variability and Progression of Coronary Atherosclerosis. Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology. 1999;19:1979-1985.<br />
6. Anders Gottsäter , Åsa Rydén Ahlgren, Soumia Taimour and Göran Sundkvist, Decreased heart rate variability may predict the progression of carotid atherosclerosis in type 2 diabetes Clinical Autonomic Research Volume 16, Number 3 / June, 2006<br />
7. J. C. Longenecker, M. Zubaid, K.V. Johny, A.I. Attia, J. Ali, W. Rashed, C.G. Suresh, M. Omar. Association of low heart rate variability with atherosclerotic cardiovascular disease in hemodialysis patients. Med Princ Pract 2009;18:85-92 <br />
8. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em <a href="http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf ">http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf </a>(versão em português) <br />
9. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, Monday, February 22, 2010 at <a href="http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html ">http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html </a>Carlos Monteirohttp://www.blogger.com/profile/11903292162563425941noreply@blogger.com1