Evidência corrente de estudos patológicos, clínicos e epidemiológicos indica que existe uma associação da doença de Alzheimer (AD) com a doença aterosclerótica, através de uma redução crônica na hipoperfusão cerebral.
De fato, estudos recentes mostraram que um grande aumento na espessura da intima medial da carótida pode ser considerado como um fator marcador da progressão no declínio cognitivo na AD, e que a intervenção para reduzir a aterosclerose pode ajudar a prevenir o início da demência vascular e da AD (1,2,3)
De qualquer forma devemos levar em consideração que a demência vascular e a AD têm diferentes origens patológicas, com a AD vinculada com baixa pressão sanguínea e a demência vascular vinculada com alta pressão sanguínea (4).
Jack C de la Torre, um dos desenvolvedores da hipótese vascular (5), em um recente estudo (6) implicou muitos outros possíveis fatores de risco, além da doença arterial coronária, no desenvolvimento da diminuição cognitiva precedendo a AD. Entre esses fatores de risco ele cita: fibrilação atrial, eventos trombóticos, hipertensão, hipotensão, insuficiência cardíaca, baixo índice cardíaco e patologia vascular.
Em sua lista soa paradoxal a inclusão da hipertensão como um dos fatores de risco cardiovasculares responsáveis pelo declínio cognitivo antes da AD, tomando a hipoperfusão como o fator chave. Embora ele argumente que muitos estudos tem implicado a função cognitiva prejudicada à hipertensão em pacientes geriátricos, e que é conhecido já algum tempo que a hipertensão no idoso é um potencial fator de risco para AD.
De la Torre diz que o que ainda continua não esclarecido é precisamente como a hipertensão aumenta a incidência de AD, particularmente naqueles não tratados com anti-hipertensivos. Sua teoria é de que uma hipoperfusão cerebral crônica gerada pela aumentada resistência vascular na hipertensão possa ser o fator chave vinculando a alta pressão sanguínea e AD.
Entretanto, mesmo que vários estudos tenham relatado que a alta pressão sanguínea na meia-idade possa aumentar o risco de um prejuízo cognitivo no final da vida, lesões de substancia branca, demência clínica e marcadores neuropatológicos de AD (7, 8), existem alguns achados contraditórios sobre o papel da hipertensão na AD, como:
a) Uma meta-análise de estudos longitudinais mostrou que não existe diferença significativa na incidência de AD entre indivíduos com e sem o uso de medicação anti-hipertensiva (9).
b) Uma revisão no banco de dados Cochrane diz que não existe evidência convincente nos testes identificados de que a redução na pressão sanguínea no final da vida previna o desenvolvimento de demência ou do prejuízo cognitivo em pacientes hipertensos com nenhuma doença cerebrovascular prévia aparente (10).
c) A predominância da hipertensão na meia-idade é menor em pacientes com AD comparada com indivíduos sem AD (11)
O que despertou nosso interesse sobre a doença de Alzheimer, e de sua associação com a aterosclerose/doença cardiovascular, foi uma recente matéria da Medical News Today (12) informando que o uso de betabloqueadores para o tratamento da hipertensão resultou em menores lesões cerebrais na autópsia de pacientes com doença de Alzheimer do que o uso de outras medicações anti-hipertensivas.
Esse estudo envolveu 774 homens idosos Japoneses - Americanos os quais tomaram parte no estudo de envelhecimento Honolulu - Ásia (8). Autopsias foram realizadas após o óbito dos participantes. Dos 774 homens 610 tinham alta pressão sanguínea ou foram tratados com medicação para alta pressão sanguínea. Entre aqueles que foram tratados (cerca de 350), 15 por cento receberam apenas a medicação através de betabloqueadores, 18 por cento receberam betabloqueadores adicionados a uma ou mais medicações, e o restante dos participantes receberam outras drogas para pressão sanguínea.
Eles acharam que todos os tipos de tratamentos foram claramente melhores do que nenhum tratamento. Contudo, os homens que receberam betabloqueadores como sua única medicação para pressão sanguínea tiveram menos anormalidades nos seus cérebros comparativamente aqueles os quais não foram tratados para sua hipertensão, ou que receberam outras medicações para pressão sanguínea. Os cérebros dos participantes que receberam betabloqueadores, mais outras medicações, mostraram uma imediata redução nos números de anormalidade cerebral.
Estes incluíram dois tipos distintos de lesão cerebral: aqueles indicando doença de Alzheimer, e lesões chamadas de microinfartos, usualmente atribuídos a minúsculos, múltiplos, derrames não reconhecidos. Os participantes do estudo que tomaram apenas betabloqueadores ou em combinação com outras medicações para pressão sanguínea tiveram significativamente menos encolhimento em seus cérebros (13, 14).
Meu interesse sobre o assunto até aumentou quando eu li a entrevista dada pelo Dr. White, um dos autores, ao Heartwire (15):
-- Especulando sobre o mecanismo, White notou que os betabloqueadores reduziram a taxa de pulso, a qual poderia ter um efeito para os microinfartos em vasos pequenos no cérebro. “A exposição ao longo da vida quanto a pressão de pulso no cérebro” pode causar algum dano," ele disse. “Enquanto nós pensavamos que os beta-bloqueadores poderiam reduzir os microinfartos cerebrais, o que fizeram, o que se viu foi uma maior redução nas lesões do tipo Alzheimer, a qual não esperávamos. No momento presente isso tem um pouco de mistério e pode ser uma descoberta casual. Mas, se é um efeito real, eu acho que tem algo a ver com a função autonôma. " White sugeriu que um razoável próximo passo poderia ser o de testar essa hipótese em camundongos geneticamente modificados para produzir essas lesões de Alzheimer. "Se nós tratarmos esses camundongos com betabloqueadores e eles desenvolverem menores lesões, então nós iremos saber que isso é um efeito dos remédios," ele comentou. –
Além disso, nós vemos alguma convergência entre as interpretações de White e nossos conceitos de que a disfunção do sistema nervoso autônomo, com a predominância do simpático, seja o fator primário na cascata de eventos levando a aterosclerose, de acordo com a teoria da acidez desenvolvida em 2006. De outro lado os betabloqueadores têm efeitos simpatolíticos que levaram a redução na progressão das placas ateroscleróticas em diversos estudos. O uso de simpatolíticos poderia oferecer alguns benefícios na doença de Alzheimer nesse sentido (16).
Então começamos a procurar por trabalhos sobre disfunção autônoma e uso de betabloqueadores na doença de Alzheimer.
A respeito de disfunção autônoma achamos muitos estudos mostrando esse relacionamento, com a indicação de uma aumentada atividade simpática e decrescida atividade parassimpática em pacientes com AD (17-25). Soube também quanto a uma hipótese recente colocando que uma elevada norepinefrina endógena cerebral pode ser um fator etiológico em alguns casos de AD, tanto antes quanto durante a progressão da doença (26).
Também, um recente estudo descobriu que a função baroreflexa é reduzida na doença de Alzheimer (27). Uma sensibilidade baroreflexa diminuída pode ativar o sistema nervoso simpático (28).
O primeiro estudo demonstrando algum benefício do uso de betabloqueadores em demência senil ocorreu quando seis pacientes que exibiram um comportamento gravemente perturbador foram tratados com propranolol o qual controlou essa condição em todos os casos, sem a necessidade de induzir uma sedação geral (29).
Mais recentemente, um largo estudo populacional de pessoas acima de 65 anos relatou
que o uso de medicações hipertensivas, incluindo betabloqueadores, significativamente reduziu o risco de AD (30). Em uma subsequente análise do estudo “Cache Count”, de individuos com AD incidente, os participantes tomando betabloqueadores – a maioria dos pacientes com angina – experimentaram um decréscimo de 40% na taxa de declínio funcional comparativamente aqueles que não tomaram betabloqueadores (31).
Na verdade, existe uma indicação através de um estudo retrospectivo recente, baseado em banco de dados, sobre um possível efeito protetor de alguns agentes hipertensivos (betabloqueadores e inibidores da ECA) no desenvolvimento de demência (32)
Igualmente, experimentos em animais usando o betabloqueador Carvedilol descobriu que ele interfere com os mecanismos neuropatológicos, bioquímicos, e eletrofisiológicos subjacentes a deterioração cognitiva na AD, suportando o desenvolvimento potencial do Carvedilol como um tratamento para AD. Em outra publicação o mesmo grupo de pesquisadores diz que seus resultados sugerem que o Carvedilol reestabelece transmissão sináptica basal, amplia a plasticidade neuronal e suprime a hiperexcitabilidade neuronal em camundongos (33, 34).
A despeito de seus benefícios na redução da progressão das placas ateroscleróticas e possíveis ações positivas diretamente no cérebro, o uso de betabloqueadores pode carregar alguns riscos que foram relatados em estudos recentes, por exemplo:
a) O efeito dos betabloqueadores como um tratamento da hipertensão primária tem sido questionado. Em um estudo de meta-análise recente, publicado no jornal Lancet em 2005, os autores dizem que o efeito dos betabloqueadores comparativamente ao placebo é menos do que ótimo, com nenhuma diferença para o infarto do miocárdio mas com um aumentado risco para o acidente vascular cerebral (AVC) (35). A propósito, a hipertensão é um fator de risco altamente prevalecente para o AVC.
b) Outro estudo recente confirmou que o uso de betabloqueadores não parece ser de qualquer benefício em três grupos distintos de pacientes ambulatoriais estáveis: aqueles com doença arterial coronária mas sem nenhuma história de infarto do miocárdio; aqueles com nenhuma história de infarto do miocárdio (um ano ou mais); e aqueles com apenas fatores de risco coronário (36).
c) Alem disso, em um estudo randomizado publicado no jornal Lancet em 2008, seus autores dizem que aconteceram mais óbitos no grupo do betabloqueador Metoprolol do que no grupo do placebo, em pacientes submetidos a cirurgia não cardíaca (129 versus 97 pacientes) (37).
d) Finalmente, uma nova meta-análise sugere que os betabloqueadores têm apenas um pequeno efeito em pacientes com insuficiência cardíaca e fibrilação atrial (38). Os betabloqueadores têm sido a pedra angular no tratamento da insuficiência cardíaca e são recomendados para o tratamento da insuficiência cardíaca e fibrilação atrial, embora para diferentes indicações. Nas recomendações para a insuficiência cardíaca os betabloqueadores são indicados como uma terapia standard para todos os pacientes no sentido de reduzir a morbidade e mortalidade, paradoxalmente, até mesmo na insuficiência cardíaca sistólica que é causada por uma redução na contratilidade cardíaca, que resulta em um inadequado débito cardíaco.
Então, enquanto os betabloqueadores podem ser vistos como úteis na aterosclerose, e em outras doenças, seus pobres resultados nas situações clínicas citadas acima podem estar relacionadas com seus efeitos de hipocontratilidade generalizada, hipótese defendida por Mesquita e colegas desde 1979 (39).
A diminuída contratilidade miocárdica causada pelo uso dos betabloqueadores merece mais pesquisas não somente para confirmar se o inotropismo negativo é o real culpado pelos pobres resultados alcançados por essas drogas, como também na procura por outros agentes simpatolíticos que irão ajudar o cérebro sem deprimir o coração.
Carlos Monteiro
P.S.:
Um simpatolítico alternativo que deveria merecer uma maior investigação para o tratamento da hipertensão arterial e da aterosclerose seria a digoxina em baixa dosagem, a qual também irá possivelmente oferecer um efeito benéfico na redução do risco de demência e doença de Alzheimer (16). A propósito, o tratamento com a digoxina, em doses baixas (< ou = 0,125 mg/dia) provavelmente irá resultar em baixas concentrações plasmáticas de 0,5-09ng/ml (40). Gheorghiade e colegas, em um estudo retrospectivo de dados a partir do estudo DIG também indicaram um efeito benéfico da digoxina na morbidade e, sem excesso na mortalidade em mulheres, com concentrações séricas de 0,5 - 0,9 ng/ml, ao passo que as concentrações séricas > ou = 1,2ng/ml pareceram nocivas (41).
Referências:
1. Silvestrini M, Gobbi B, Pasqualetti P, et al, Carotid atherosclerosis and cognitive decline in patients with Alzheimer's disease. Neurobiol Aging. 2009 Aug;30(8):1177-83
2. Silvestrini M, Viticchi G, Falsetti L et al The role of carotid atherosclerosis in Alzheimer's disease progression. J Alzheimers Dis. 2011;25(4):719-26
3. Wendell CR, Waldstein SR, Ferrucci L, O'Brien RJ, Strait JB, Zonderman AB. Carotid atherosclerosis and prospective risk of dementia. Stroke. 2012 Dec;43(12):3319-24
4. Alzheimer’s Solved (Condensed Edition), 2006, by Henry Lorin
5. de la Torre JC, Mussivand T. Can disturbed brain microcirculation cause Alzheimer’s disease? Neurological Research. 1993;15(3):146–153
6. de la Torre JC. Cardiovascular Risk Factors Promote Brain Hypoperfusion Leading to Cognitive Decline and Dementia. Cardiovasc Psychiatry Neurol. 2012; 2012: 367516.Full free text at http://www.hindawi.com/journals/cpn/2012/367516/
7. Kennely SP, Lawlor BA and Kenny RA. Blood pressure and the risk of dementia: a double edged sword. Ageing Res Rev. 2009 Apr;8(2)
8. Peila R, White LR, Masaki K, Petrovitch H, Launer LJ. Reducing the risk of dementia: efficacy of long-term treatment of hypertension. Stroke 2006;37:1165–1170. Full free text at http://stroke.ahajournals.org/content/37/5/1165.long
9. Guan JW, Huang CQ, Li YH, Wan CM, You C, Wang ZR, Liu YY, Liu QX. No association between hypertension and risk for Alzheimer's disease: a meta-analysis of longitudinal studies. J Alzheimers Dis. 2011;27(4):799-807.
10. McGuinness B, Todd S, Passmore P, Bullock R. Blood pressure lowering in patients without prior cerebrovascular disease for prevention of cognitive impairment and dementia. Cochrane Database Syst Rev. 2009 Oct 7;(4):CD004034.
11. Kuyumcu ME, Yesil Y, Oztürk ZA, Halil M, Ulger Z et al. Alzheimer's disease is associated with a low prevalence of hypertension. Dement Geriatr Cogn Disord. 2012;33(1):6-10.
12. Medical News Today, Do Beta-Blockers Reduce Dementia Risk? 08 Jan 2013
13. American Academy of Neurology. Can Blood Pressure Drugs Reduce the Risk of Dementia? January 7, 2012 at http://www.aan.com/press/index.cfm?fuseaction=release.view&release=1127
14. White L, Gelber R. Launer T et al. Beta Blocker Treatment of Hypertensive Older Persons Ameliorates the Brain Lesions of Dementia Measured at Autopsy: The Honolulu- Asia Aging Study"; Author/presenter: Lon White; abstract due to be presented 21 March 2013, abstract 2171, at AAN 65th Annual Meeting, San Diego.
15. Susan Hughes, Beta-blockers linked to fewer Alzheimer’s lesions. Heartwire, January 8, 2012.
16. Carlos ETB Monteiro, Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar a aterogênese", 28 de janeiro de 2008 em http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf
17. Idiaquez J, Roman GC et al. Autonomic dysfunction in neurodegenerative dementias. J Neurol Sci. 2011 Jun 15;305(1-2):22-7. doi: 10.1016/j.jns.2011.02.033. Epub 2011 Mar 25.
18. Toledo MA, Junqueira LF Jr et al, Cardiac autonomic modulation and cognitive status in Alzheimer's disease. Clin Auton Res. 2010 Feb;20(1):11-7.
19. Birkhofer A, Schmidt G, Förstl H. Heart and brain -- the influence of psychiatric disorders and their therapy on the heart rate variability. Fortschr Neurol Psychiatr. 2005 Apr;73(4):192-205
20. Algotsson A, Viitanen M, Winblad B, Solders G. Autonomic dysfunction in Alzheimer's disease. Acta Neurol Scand. 1995 Jan;91(1):14-8.
21. Wang SJ, Liao KK et al. Cardiovascular autonomic functions in Alzheimer's disease. Age Ageing. 1994 Sep;23(5):400-4
22. Vitiello B et al. Autonomic dysfunction in patients with dementia of the Alzheimer type. Biol Psychiatry. 1993 Oct 1;34(7):428-33.
23. Aharon-Peretz J, Harel T, Revach M, Ben-Haim SA. Increased sympathetic and decreased parasympathetic cardiac innervation in patients with Alzheimer's disease. Arch Neurol. 1992 Sep;49(9):919-22
24. Borson S et al. Impaired sympathetic nervous system response to cognitive effort in early Alzheimer's disease. J Gerontol. 1989 Jan;44(1):M8-12.
25. Franceschi M eT AL. Signs of cardiac autonomic dysfunction during sleep in patients with Alzheimer's disease. Gerontology. 1986;32(6):327-34.
26. Fitzgerald PJ. Is elevated norepinephrine an etiological factor in some cases of Alzheimer’s disease? Curr Alzheimer Res 2010 Sep;7(6):506-16
27. Meel van den Abeelen AS, Lagro J et al. Baroreflex function is reduced in Alzheimer’s disease: A candidate biomarker? Neurobiol Aging 2012 Nov 7SO197-4580 (12) 00521.
28. Livro Teoria da Acidez na Aterosclerose - Novas Evidências, 2011, Carlos Monteiro, http://www.infarctcombat.org/TeoriadaAcidez.html
29. Weiler PG, Mungas D, Bernick C. Propranolol for the control of disruptive behavior in senile dementia. J Geriatr Psychiatry Neurol 1988 Oct-Dec; 1(4):226-30
30. Khachaturian AS, Zandi PP, Lyketsos CG, et al. Antihypertensive medication use and incident alzheimer disease: the cache county study. Archives of Neurology. 2006;63(5):686–692.
31. Rosenberg PB, Mielke MM, Tschanz J et al. Effects of cardiovascular medications on rate of functional decline in Alzheimer disease. Am J Geriatr Psychiatry 2008 November; 16(11):883-892
32. Wagner G, Icks A, Abholz HH et al. Antihypertensive treatment and risk of dementia. A retrospective database study. Int J Clin Pharmacol Ther 2012 Mar; 5)(3):195-201
33. Wang J, Ono K, Dickstein DL, Arrieta-Cruz I et al. Carvedilol as a potential novel agent for the treatment of Alzheimer's disease. Neurobiol Aging. 2011 Dec;32(12):2321.e1-12.
34. Arrieta-Cruz I, Wang J, Pavlides C, Pasinetti GM. Carvedilol reestablishes long-term potentiation in a mouse model of Alzheimer's disease. J Alzheimers Dis. 2010;21(2):649-54
35. Lindholm LH, Carlberg B, Samuelsson O. Should B blockers remain first choice in the treatment of primary hypertension? A meta-analysis. Lancet 2005;366:1545-53
36. Bangalore S, Steg PHG, Deedwania P, et al. Beta blocker use and clinical outcomes in stable outpatients with and without coronary artery disease. JAMA 2012; 308:1340-1349
37. POISE study group. Effects of extended-release metoprolol succinate in patients undergoing non-cardiac surgery (POISE Trial): a randomized controlled trial. Lancet 2008; 371: 1839-47
38. Rienstra M, Damman K, Mulder BA, et al. Beta-blockers and outcome in heart failure and atrial fibrillation. A meta-analysis. JACC: Heart Fail 2013; 1:21-28
39. Mesquita, QHde, Livro Teoria Miogênica do Infarto Miocárdico. http://www.infarctcombat.org/TeoriaMiogenica.html
40. Rathore SS, Curtis JP, Wang Y, Bristow MR, Krumholz HM, Association of serum digoxin concentration and outcomes in patients with heart failure, JAMA. 2003;289:871-878 http://tinyurl.com/c7os3
41. Relationship of serum digoxin concentration to mortality and morbidity in women in the digitalis investigation group trial: a retrospective analysis, Adams KF Jr, Patterson JH, Gattis WA, O Connor CM, Lee CR, Schwartz TA, Gheorghiade M., J Am Coll Cardiol. 2005 Aug 2;46(3):497-504 http://tinyurl.com/8ppnp
Teoria da acidez na Aterosclerose - Novas Evidências
“Carlos, sua tese sobre estresse, ambiente ácido e doença arterial coronária é brilhante. Particularmente impressionante é como você relaciona o pH com uma oxidação aumentada no LDL, a qual aumenta o processo da aterogênese”. (declaração realizada no fórum do THINCS em 22 de Junho de 2011 por David Diamond, Ph.D, professor dos Depts de Psicologia, Farmacologia Molecular e Fisiologia, University of South Florida)
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domingo, 10 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Porque os alcoólicos têm um baixo risco de doença coronário-miocárdica
O estudo Espanhol de grupos EPIC (European Prospective Investigation into Cancer), publicado em 2010, que incluiu 15630 homens e 25808 mulheres, concluiu que a ingestão de álcool (consumo moderado, alto e muito alto) no homem com idade entre 29 a 69 anos foi associada com uma menor incidência de doença coronário-miocárdica, superior a 30% (1).
Lendo um antigo artigo de autoria de Leary, publicado em 1935 (2), vi que seu interesse sobre aterosclerose surgiu da informação de que algumas pessoas que sofriam de alcoolismo pareceram mostrar um menor grau de aterosclerose do que suas idades poderiam justificar. Então, procurei por trabalhos mais recentes que pudessem confirmar essa relação achando um estudo de 1995 comparando um grupo de alcoólicos os quais foram submetidos a autopsia médico-legal durante um período de cinco anos, com controles não-alcoólicos que não diferiam dos alcoólicos no critério de seleção. Esse estudo mostrou nos exames que homens alcoólicos e mulheres mais velhas tiveram um significativo menor grau de aterosclerose nas artérias coronárias (3)
Um trabalho publicado em 2002 pode oferecer uma resposta do porque alcoólicos tem um menor grau de aterosclerose nas artérias coronárias e risco de doença coronário-miocárdica (4). Relacionado a esse trabalho, uma notícia do EurekAlert (5), com entrevista de William Lovallo, um dos autores, disse que:
“Antes de testar os alcoólicos quanto as suas resposta na tarefa de falar em público os pesquisadores precisaram primeiramente estabelecer se o sistema nervoso simpático deles estaria capaz de responder totalmente. "Isso iria nos dizer se seu embotamento era especifico para estressores psicológicos do tipo de falar em público," disse Lovallo, "ou devido a um déficit autônomo generalizado."
Ele e seu colegas examinaram 20 indivíduos dependentes de álcool, abstinentes por 21 a 28 dias, e 10 não-alcoólicos pareados por idade. Todos os indivíduos eram homens com idade entre 22 e 55 anos. Os pesquisadores usaram cardiografia de impedância e monitoração de pressão sangüínea dinamap para avaliar a freqüência cardíaca, fração de ejeção, débito cardíaco, resistência periférica total, pressão arterial média, pressão sangüínea sistólica, e pressão sangüínea diastólica nos participantes durante a ortostase e a fala em público. O auto-relato de humor foi também avaliado durante essas duas tarefas.
As respostas cardiovasculares para ortostase foram similares nos dois grupos. Contudo, os alcoólicos tiveram suas respostas de freqüência cardíaca embotadas na fala pública, mesmo que eles ainda relatassem respostas de ansiedade similar aos dos não alcoólicos. Isso sugere uma desconexão entre a percepção do perigo e resultantes respostas fisiológicas entre os alcoólicos.
"As respostas cardiovasculares, similares a ortostase entre os pacientes dependentes do álcool, indica que o sistema nervoso autônomo deles estava funcionando normalmente," disse Lovallo. "Mesmo quando pedimos a eles para prepararem e memorizarem uma fala curta e então pronunciarem o discurso para uma vídeo-câmera, os pacientes reagiram com pouca ou nenhuma mudança na freqüência cardíaca, e naturalmente, falharam em ter uma resposta no cortisol. Os pacientes reagiram como se o desafio da fala pública não tivesse nenhum significado especial para eles. Então, os sistema nervoso simpático pareceu normal, mas sua resposta a um estressor psicológico foi quase ausente. Quando confrontados com um estressor social significativo, nenhuma parte de seu mecanismo de fuga ou luta estavam funcionando."
Esses resultados suportam o conceito da teoria da acidez onde a predominância do simpático é o fator primário levando a aterosclerose (6)
Carlos Monteiro
1. L Arriola, P Martinez-Cambor, N Larranaga, M Basterretxea. Alcohol intake and the risk of coronary heart disease in the Spanish EPIC cohort study. Heart 2010;96:124-130 doi:10.1136/hrt.2009.173419
2. Leary T. Atherosclerosis, the important form of arteriosclerosis, a metabolic disease. Vol 104, N7. JAMA, 1935
3. Thomsen JL. Atherosclerosis in alcoholics. Forensic Sci Int. 1995 Oct 30;75(2-3):121-31 and in Ugeskr Laeger. 1997 Feb 3;159(6):757-60.
4. Tera L. Panknin, Stacey L. Dickensheets, Sara J. Nixon, William R. Lovallo. Attenuated Heart Rate Responses to Public Speaking in Individuals With Alcohol Dependence. Alcohol Clin. Exp. Res. 2002 Jun; 26 (6): 841
5. Alcoholics have 'blunted' responses to psychological stressors such as public speaking. Public release date: 17-Jun-2002 at
http://www.eurekalert.org/pub_releases/2002-06/ace-ah061002.php
6. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um
novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat
Project em http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf
quinta-feira, 8 de março de 2012
Uma análise do livro "Teoria da acidez na Aterosclerose: Novas Evidências", 2012 (Versão em inglês)
Você pensa que gordura causa a doença cardíaca? Pense novamente!
Por Zoe V. Harcombe* Review na Amazon
Este deve ser o equivalente acadêmico da "Coleção de contos", formato tão popular no mundo da ficção. É uma coleção de artigos, todos diferentes, mas relacionados por um tema comum - a doença cardíaca.
Gostei muito do formato - que dá um sabor de cada tópico, sem entrar em detalhes maciços em cada um. As referências completas apontam o caminho se você quiser saber mais sobre algum fator em especial na doença arterial coronariana. Eu nunca soube que a condição de ter a síndrome de Down parece contar com algumas propriedades protetoras quando se trata da doença cardíaca. Qual o papel das bactérias, ou do ácido lático? A disfunção erétil está tentando nos dizer alguma coisa? Temas mais conhecidos, como tabagismo e estresse, estão cobertos, mas de uma forma realmente nova e muitas vezes surpreendente. Eu perdi a conta do número de vezes que eu aprendi algo novo ou vi um tema bem conhecido coberto de uma forma inovadora.
Gosto da maneira como o autor pensa e desafia tudo e faz conexões entre coisas aparentemente não relacionadas. Eu também gostei da participação de colegas - por exemplo, a contribuição do David Diamond para o artigo "É o colesterol LDL claramente e de forma inequívoca um fator de risco causal para o infarto do miocárdio?". O papel da glicose (não de gordura) no funcionamento do organismo foi fascinante sendo que deveria ser muito mais amplamente conhecido.
Você deixará de aprender algo se não ler esse livro. Se você está interessado no assassino número um dos seres humanos - especialmente os homens - isso vale bem o seu tempo.
*Zoe Harcombe, Author of The Obesity Epidemic: What caused it? How can we stop it? at http://www.theobesityepidemic.org/
Website: http://www.zoeharcombe.com/
Blog: http://www.zoeharcombe.com/blog/
Por Zoe V. Harcombe* Review na Amazon
Este deve ser o equivalente acadêmico da "Coleção de contos", formato tão popular no mundo da ficção. É uma coleção de artigos, todos diferentes, mas relacionados por um tema comum - a doença cardíaca.
Gostei muito do formato - que dá um sabor de cada tópico, sem entrar em detalhes maciços em cada um. As referências completas apontam o caminho se você quiser saber mais sobre algum fator em especial na doença arterial coronariana. Eu nunca soube que a condição de ter a síndrome de Down parece contar com algumas propriedades protetoras quando se trata da doença cardíaca. Qual o papel das bactérias, ou do ácido lático? A disfunção erétil está tentando nos dizer alguma coisa? Temas mais conhecidos, como tabagismo e estresse, estão cobertos, mas de uma forma realmente nova e muitas vezes surpreendente. Eu perdi a conta do número de vezes que eu aprendi algo novo ou vi um tema bem conhecido coberto de uma forma inovadora.
Gosto da maneira como o autor pensa e desafia tudo e faz conexões entre coisas aparentemente não relacionadas. Eu também gostei da participação de colegas - por exemplo, a contribuição do David Diamond para o artigo "É o colesterol LDL claramente e de forma inequívoca um fator de risco causal para o infarto do miocárdio?". O papel da glicose (não de gordura) no funcionamento do organismo foi fascinante sendo que deveria ser muito mais amplamente conhecido.
Você deixará de aprender algo se não ler esse livro. Se você está interessado no assassino número um dos seres humanos - especialmente os homens - isso vale bem o seu tempo.
*Zoe Harcombe, Author of The Obesity Epidemic: What caused it? How can we stop it? at http://www.theobesityepidemic.org/
Website: http://www.zoeharcombe.com/
Blog: http://www.zoeharcombe.com/blog/
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Uma análise do livro "Teoria da acidez na Aterosclerose: Novas Evidências", 2012 (Versão em inglês)
Uma leitura obrigatória para quaisquer pessoas que estejam tomando estatinas
Por Dr. Stephanie Seneff, Pesquisadora e Cientista Sênior, MIT*. Review na Amazon.com
Este é um livro fabuloso, altamente recomendado para quem tem alguma dúvida sobre a teoria lipídica para a doença cardiovascular. O livro é cheio de observações fascinantes a cada virada de página. A escrita não é suavizada para as massas (também não é uma leitura "fácil") mas, por outro lado, o autor não se apega ao jargão biológico que pode ser confuso para o não-especialista.
A premissa básica do livro é que a doença cardiovascular é causada pelo acúmulo de ácido no sangue o que, por sua vez, é causada por excitação do sistema nervoso simpático. Cada capítulo é curto e atraente, com base nessa teoria com o apoio de uma diferente inclinação. Embora os detalhes sejam deixados de fora, uma longa lista de referências no final de cada capítulo permite que o interessados possam ler mais para se aprofundarem se assim o desejarem.
O livro explica de forma fácil muitas associações observadas na doença cardíaca. Por exemplo, o fumo de cigarros é um fator de risco porque a nicotina estimula o sistema nervoso simpático. A meditação reduz o risco porque a respiração profunda promove a expulsão de dióxido de carbono, um promotor de ácido. Um fato recentemente aprendido, e que eu aproveitei, foi o de que as glândulas supra-renais produzem um glicosideo cardíaco natural semelhante à digoxina, que é utilizada terapeuticamente no tratamento de insuficiência cardíaca. O colesterol é o substrato, e as estatinas interferem com a sua síntese, o que pode ajudar a explicar a associação observada entre a terapia com estatinas e a insuficiência cardíaca.
No momento em que você chegar ao capítulo final, você terá visto claramente como todos os fatores de risco para a doença cardiovascular poderão ser explicados pela teoria da acidez, e este é o lugar onde o livro coloca para fora de forma "pura e simples", unindo toda a informação. Depois de ter lido este livro, você nunca mais vai acreditar que a redução dos níveis de LDL tem qualquer mérito no tratamento de doenças cardiovasculares.
*Homepage of Dr. Stephanie Seneff at MIT:
http://people.csail.mit.edu/seneff
*Dr. Stephanie Seneff essay on sulfur and heart disease and other chronic diseases:
http://people.csail.mit.edu/seneff/sulfur_obesity_alzheimers_muscle_wasting.html
*Dr. Stephanie Seneff interviewed by Dr. Mercola:
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/09/17/stephanie-seneff-on-sulfur.aspx
Por Dr. Stephanie Seneff, Pesquisadora e Cientista Sênior, MIT*. Review na Amazon.com
Este é um livro fabuloso, altamente recomendado para quem tem alguma dúvida sobre a teoria lipídica para a doença cardiovascular. O livro é cheio de observações fascinantes a cada virada de página. A escrita não é suavizada para as massas (também não é uma leitura "fácil") mas, por outro lado, o autor não se apega ao jargão biológico que pode ser confuso para o não-especialista.
A premissa básica do livro é que a doença cardiovascular é causada pelo acúmulo de ácido no sangue o que, por sua vez, é causada por excitação do sistema nervoso simpático. Cada capítulo é curto e atraente, com base nessa teoria com o apoio de uma diferente inclinação. Embora os detalhes sejam deixados de fora, uma longa lista de referências no final de cada capítulo permite que o interessados possam ler mais para se aprofundarem se assim o desejarem.
O livro explica de forma fácil muitas associações observadas na doença cardíaca. Por exemplo, o fumo de cigarros é um fator de risco porque a nicotina estimula o sistema nervoso simpático. A meditação reduz o risco porque a respiração profunda promove a expulsão de dióxido de carbono, um promotor de ácido. Um fato recentemente aprendido, e que eu aproveitei, foi o de que as glândulas supra-renais produzem um glicosideo cardíaco natural semelhante à digoxina, que é utilizada terapeuticamente no tratamento de insuficiência cardíaca. O colesterol é o substrato, e as estatinas interferem com a sua síntese, o que pode ajudar a explicar a associação observada entre a terapia com estatinas e a insuficiência cardíaca.
No momento em que você chegar ao capítulo final, você terá visto claramente como todos os fatores de risco para a doença cardiovascular poderão ser explicados pela teoria da acidez, e este é o lugar onde o livro coloca para fora de forma "pura e simples", unindo toda a informação. Depois de ter lido este livro, você nunca mais vai acreditar que a redução dos níveis de LDL tem qualquer mérito no tratamento de doenças cardiovasculares.
*Homepage of Dr. Stephanie Seneff at MIT:
http://people.csail.mit.edu/seneff
*Dr. Stephanie Seneff essay on sulfur and heart disease and other chronic diseases:
http://people.csail.mit.edu/seneff/sulfur_obesity_alzheimers_muscle_wasting.html
*Dr. Stephanie Seneff interviewed by Dr. Mercola:
http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/09/17/stephanie-seneff-on-sulfur.aspx
Uma análise do livro "Teoria da acidez na aterosclerose: Novas Evidências", 2012 (Versão em inglês)
Por Livin' La Vida Low-Carb Man "Jimmy Moore"*. Review na Amazon.com
Repensando no que realmente causa a doença cardíaca
Nas últimas décadas fomos levados a acreditar que a razão pela qual as pessoas desenvolvem a doença cardíaca é porque estão consumindo muita gordura saturada e colesterol em sua dieta o que levou ao "entupimento das artérias", que nos leva a um ataque cardíaco e nos coloca com um pé na cova. O choro e o ranger de dentes que acontece leva as pessoas a ficarem meio mortas de medo de consumir qualquer gordura ou colesterol. Mas, e se essa teoria da aterosclerose estiver simplesmente errada? Isto é o que o autor Carlos Monteiro explora em seu livro Teoria da Acidez na Aterosclerose: Novas Evidências.
Monteiro faz um trabalho brilhante em examinar outros aspectos da saúde vascular que as pessoas podem nem mesmo perceber sua existência. Tente alguns deles para ver o tamanho e veja se você sabia que eles tinham qualquer relação com a saúde do seu coração:
- Pessoas com síndrome de Down tendem a ter muito pouca doença cardíaca
- Os diabéticos são mais propensos a desenvolverem doenças cardíacas
- Se um homem tem disfunção erétil, então é muito provável o risco de doença cardíaca
- Quer fazer o seu coração saudável? Case-se com um comediante
- O colesterol LDL desempenha um papel muito menor em um evento cardiovascular do que as pessoas percebem
- Se você tem artrite reumatóide, então você está em um maior risco de aterosclerose
- A saúde dos seus dentes podem desempenhar um fator no desenvolvimento da doença cardíaca
Para alguns, a informação contida neste livro vai agitar o seu mundo e fazer você repensar a maioria do que você pensou que era verdade sobre o desenvolvimento da placa arterial. A teoria alternativa de Monteiro, que é realmente tudo sobre acidez no organismo, o que leva a uma reação em cadeia de eventos aumentando a oxidação do LDL, e que faz com que a aterosclerose se torne uma realidade, é absolutamente plausível, se não provável. Para que não pense que este livro é cheio de um monte de opiniões por uma voz rebelde, pense novamente. Monteiro faz um excelente trabalho em fornecer centenas de excelentes referências científicas para você fazer mais pesquisas sobre cada um de seus pontos.
Este livro deveria ser leitura obrigatória para todos os alunos do primeiro ano da escola de medicina para que eles possam ter um foco muito maior em algumas das verdadeiras causas do desenvolvimento da aterosclerose que podem levar ao infarto do miocárdio. E aqui está o segredo de se fazer manchetes que você não ouve muitas pessoas falando -- não é necessariamente quanto ao seu colesterol LDL ou total seja! É por isso que as estatinas são praticamente inúteis na prevenção para que não aconteçam ataques cardíacos e o porquê você precisa ler a Teoria da Acidez na Aterosclerose para ter um ponto de vista alternativo. É hora de começar a repensar o que realmente contribui para as doenças cardíacas.
* Jimmy Moore Blog & Podcast
http://www.livinlavidalowcarb.com/blog
http://www.thelivinlowcarbshow.com/shownotes
Author of "21 Life Lessons From Livin' La Vida Low-Carb: How The Healthy Low-Carb Lifestyle Changed Everything I Thought I Knew" (BookSurge 2009) Order Jimmy's book at Amazon: http://tinyurl.com/yh6smyy
Repensando no que realmente causa a doença cardíaca
Nas últimas décadas fomos levados a acreditar que a razão pela qual as pessoas desenvolvem a doença cardíaca é porque estão consumindo muita gordura saturada e colesterol em sua dieta o que levou ao "entupimento das artérias", que nos leva a um ataque cardíaco e nos coloca com um pé na cova. O choro e o ranger de dentes que acontece leva as pessoas a ficarem meio mortas de medo de consumir qualquer gordura ou colesterol. Mas, e se essa teoria da aterosclerose estiver simplesmente errada? Isto é o que o autor Carlos Monteiro explora em seu livro Teoria da Acidez na Aterosclerose: Novas Evidências.
Monteiro faz um trabalho brilhante em examinar outros aspectos da saúde vascular que as pessoas podem nem mesmo perceber sua existência. Tente alguns deles para ver o tamanho e veja se você sabia que eles tinham qualquer relação com a saúde do seu coração:
- Pessoas com síndrome de Down tendem a ter muito pouca doença cardíaca
- Os diabéticos são mais propensos a desenvolverem doenças cardíacas
- Se um homem tem disfunção erétil, então é muito provável o risco de doença cardíaca
- Quer fazer o seu coração saudável? Case-se com um comediante
- O colesterol LDL desempenha um papel muito menor em um evento cardiovascular do que as pessoas percebem
- Se você tem artrite reumatóide, então você está em um maior risco de aterosclerose
- A saúde dos seus dentes podem desempenhar um fator no desenvolvimento da doença cardíaca
Para alguns, a informação contida neste livro vai agitar o seu mundo e fazer você repensar a maioria do que você pensou que era verdade sobre o desenvolvimento da placa arterial. A teoria alternativa de Monteiro, que é realmente tudo sobre acidez no organismo, o que leva a uma reação em cadeia de eventos aumentando a oxidação do LDL, e que faz com que a aterosclerose se torne uma realidade, é absolutamente plausível, se não provável. Para que não pense que este livro é cheio de um monte de opiniões por uma voz rebelde, pense novamente. Monteiro faz um excelente trabalho em fornecer centenas de excelentes referências científicas para você fazer mais pesquisas sobre cada um de seus pontos.
Este livro deveria ser leitura obrigatória para todos os alunos do primeiro ano da escola de medicina para que eles possam ter um foco muito maior em algumas das verdadeiras causas do desenvolvimento da aterosclerose que podem levar ao infarto do miocárdio. E aqui está o segredo de se fazer manchetes que você não ouve muitas pessoas falando -- não é necessariamente quanto ao seu colesterol LDL ou total seja! É por isso que as estatinas são praticamente inúteis na prevenção para que não aconteçam ataques cardíacos e o porquê você precisa ler a Teoria da Acidez na Aterosclerose para ter um ponto de vista alternativo. É hora de começar a repensar o que realmente contribui para as doenças cardíacas.
* Jimmy Moore Blog & Podcast
http://www.livinlavidalowcarb.com/blog
http://www.thelivinlowcarbshow.com/shownotes
Author of "21 Life Lessons From Livin' La Vida Low-Carb: How The Healthy Low-Carb Lifestyle Changed Everything I Thought I Knew" (BookSurge 2009) Order Jimmy's book at Amazon: http://tinyurl.com/yh6smyy
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Tanto a restrição quanto um alto consumo de sal podem resultar em doença cardiovascular
Por séculos o sal foi visto como essencial para a saúde humana. Nos últimos anos têm acontecido uma intensa discussão quanto aos benefícios ou potencial dano na redução do consumo de sal (Cloreto de sódio), pela população em geral. Um antigo defensor da redução de sal é o Dr. Graham MacGregor da Queen Mary University of London, Londres, UK. No lado oposto existe um crescente número de médicos que não concordam com uma restrição generalizada no consumo de sódio. Um deles é o Dr. Michael Alderman do Albert Einstein College of Medicine, Nova York, EUA, que diz que os dados disponíveis não providenciam suporte para qualquer recomendação universal para um nível em particular de cloreto de sódio na dieta (1, 2).
De qualquer forma é importante enfatizar que uma redução geral no consumo de sal na dieta pode ser conseguida apenas através da redução do conteúdo do cloreto de sódio dos alimentos processados, os quais significam cerca de 75% a 80% do cloreto de sódio consumido diariamente (3). Mesmo o sal de mesa atualmente consumido é industrialmente processado com os minerais essenciais removidos quase completamente.
Recentemente um estudo Europeu questionou a necessidade de se reduzir o consumo de sal na população em geral e refutou as estimativas geradas por computador quanto as vidas e custos de cuidados na saúde que seriam salvos pela redução no consumo de sódio. Os autores ressaltaram que os estudos prévios onde nos quais as recomendações para a redução no consumo de sal foram baseadas são todos de curto prazo, testes de intervenção controlada, nos quais existem reduções na pressão sangüínea de pacientes hipertensos e um pequeno decréscimo na pressão sangüínea de voluntários normotensos, com a redução de sódio, e esses estudos foram extrapolados para a população como um todo. Os autores também notam que a presunção de que um consumo mais baixo de saliria no longo prazo reduzir a pressão sangüínea, não foi confirmada em estudos longitudinais baseados na população. O achado mais controverso neste estudo prospectivo, que envolveu 3681 participantes sem doença cardiovascular, foi de que o consumo reduzido de sódio - da forma como foi medida por 24-horas a extração de sódio - foi associada com uma aumentada mortalidade cardiovascular. No estudo os autores disseram que o mecanismo fundamental que explicaria a associação inversa entre a mortalidade cardiovascular e a extração de sódio na urina por 24 horas, poderia ser que um consumo de sal baixo o suficiente para decrescer a pressão sangüínea também aumentou a atividade do nervo simpático, decresceu a sensitividade à insulina, ativou o sistema renina-angiotensina e estimulou a secreção de aldosterona (4).
Esse estudo Europeu não foi o primeiro a achar que uma dieta com baixo conteúdo de sódio seja prejudicial à saúde. O estudo NHANES, publicado em 2006, constituído de uma amostra com 7154 participantes, descobriu que uma dieta com baixo teor de sódio foi associada com a estimulação do sistema nervoso simpático, e com um aumento nos resultados de mortalidade na doença cardiovascular e por todas as causas. Outros testes de curto prazo também observaram a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e no sistema nervoso simpático, um decréscimo na sensitividade à insulina, e aumentos nas concentrações do colesterol LDL, triglicérides e de ácido úrico (6).
Graham MacGregor, convidado para discutir o estudo pelo Heartwire (7), demonstrou irritação a respeito dos comentários sobre os possíveis mecanismos adjacentes citados no estudo Europeu, (4), dizendo “Nós mostramos em nossa meta-análise que reduzindo o sal nos montantes que estamos recomendando não há aumento na atividade do simpático, existe um trivial aumento na renina, e nenhuma evidência de quaisquer efeitos adversos, nenhum significado fisiológico seja o que for.”
O Dr. MacGregor também havia reagido em 2003 (8), em uma correspondência para o Jornal Circulation, quanto aos achados feitos por Grassi e colegas nos efeitos da modesta redução de sal na atividade simpática (9).
De outro lado, por causa dos níveis de noradrenalina no plasma durante um alto consumo de sal permanecerem inalterados em pacientes sensitivos ao sal, mas reduzidos em pacientes normais e nos pacientes hipertensivos não sensitivos ao sal, foi sugerido que esses relacionamentos anormais no consumo de sal, teriam origem na atividade simpática (10). É interessante notar sobre a descoberta feita há vários anos de que uma dieta com alto teor de sódio pode deprimir a função barorreflexa, levando ao estímulo da ativação simpática (11).
Um artigo de revisão recente feito por pesquisadores da Boston University School of Medicine (BUSM) questiona o conceito amplamente divulgado de que a hipertensão, ou pressão alta, é o resultado de excesso de sal causando um aumento do volume sanguíneo, exercendo pressão extra sobre as artérias. Publicado online no Journal of Hypertension (1), o estudo demonstra que o excesso de sal estimula o sistema nervoso simpático a produzir adrenalina, causando constrição arterial e hipertensão. Este estudo cita que vários pesquisadores ao longo dos anos 1960 e 1970, relataram níveis elevados de catecolaminas plasmáticas em até 40% dos pacientes com hipertensão essencial (14-17), bem como uma associação de aumento de catecolaminas com a alta ingestão de sódio em animais experimentais e seres humanos (18-21)
Tendo em vista que tanto a restrição quanto um maior consumo de sódio na dieta podem ser deletérios à saúde humana, não partilhamos da opinião quanto a uma restrição indiscriminada no consumo de sódio ao nível da população, e como uma recomendação universal, seja uma boa solução para ajudar na prevenção da doença cardiovascular. Na nossa idéia o balanço de sal no organismo deve ser pensado de acordo com requerimentos individuais.
Além de tudo porque acreditamos que a predominância do simpático seja o fator primário na cascata de eventos levando a doença cardiovascular, de acordo com nossa teoria da acidez na aterosclerose (12).
Nota
Um novo estudo (2) mostrou que pessoas que consomem muito sal e pouco potássio em sua dieta tiveram um significativo aumento no risco de óbito por doença cardiovascular comparado com aqueles que tiveram uma mais baixa relação entre sódio e potássio. O estudo, que teve uma média de 14,8 anos de follow-up, coletando dados sobre 12.267 pessoas, não é o primeiro estudo a achar uma associação entre alta pressão sangüínea e altos níveis de consumo de sal e baixos níveis de ingestão de potássio.
No entanto, a Dra. Elena Kuklina, co-autora desse estudo, disse ao Heartwire (23) que esse é o primeiro grande estudo nacional avaliando sódio e potássio ao mesmo tempo. Ela também disse que "As maiores implicações de seus achados são de que uma dieta balanceada em ambos os nutrientes é importante. As pessoas deveriam tentar reduzir o sódio em particular através do consumo menor de alimentos processados, mas também deveriam aumentar a ingestão de potássio".
A Dra. Kublina também enfatizou junto ao Heartwire que as pessoas precisam entender sobre o maciço impacto que o processamento tem quanto aos alimentos. Ela cita, por exemplo, que 100 g de carne de porco não processada contêm 61 mg de sódio e 340 mg de potássio, mas transformando isso em presunto altera essa relação significativamente, a um rendimento colossal de 921 mg de sódio e, de outro lado, reduz o conteúdo de potássio a 240 mg.
Falando sobre os resultados desse estudo o Dr. David Brownstein, um colega no THINCs, fez uma interessante observação dentro de nosso fórum interno, sobre o alto consumo de sal dependendo do seu tipo, se sal refinado ou não refinado. O Dr. David disse que “Sal refinado carece de potássio. O uso de sal refinado leva ao desbalanceamento de sódio/potássio. Isso pode ser retificado pelo uso de sal não refinado o qual contêm tanto sódio (menores montantes se comparado com sal refinado) e potássio. Esse artigo, arrematou ele, deveria ser intitulado de ‘Os problemas com sal refinado: A deficiência de potássio’.
Eu concordo com o Dr. David Brownstein, nessa sua opinião. Principalmente levando-se em consideração quanto a importância das alterações na atividade sódio/potássio conforme expressadas em nosso trabalho sobre a teoria da acidez na aterosclerose (12).
Carlos Monteiro
1. He FJ and MacGregor GA, . How far should salt intake be reduced? Hypertension 2003; 42:1093-1099. Full free text at http://hyper.ahajournals.org/cgi/reprint/42/6/1093
2. Michael H. Alderman, Evidence Relating Dietary Sodium to Cardiovascular Disease. Journal of the American College of Nutrition, Vol. 25, No. 3, 256S–261S (2006). Full free text at http://www.jacn.org/content/25/suppl_3/256S.full
3. Klaus D et al. Salt restriction for the prevention of cardiovascular disease. Dtsch Arztebl Int 2010; 107(26):457-62. Full free text at http://www.aerzteblatt.de/int/article.asp?id=77388
4. Stolarz-Skrypek K, et al. Fatal and nonfatal outcomes, incidence of hypertension, and blood pressure changes in relation to urinary sodium excretion. JAMA 2011; 305:1777-1785
5. Cohen HW, et al. Sodium Intake and Mortality in the NHANES II Follow-up Study. The American Journal of Medicine (2006) 119, 275.e7-275.e149.
6. Jurgens G, Graudal NA. Effects of low sodium data versus high sodium diet on blood pressure, renin aldosterone, catecholamines cholesterols, and triglyceride. Cochrane Database Syst Rev. 2004; Issue 1. Art. No.: CD004022
7. New Salt paper causes controversy. Heartwire, May 3, 2011 (http://www.theheart.org)
8. He FJ and MacGregor GA. Salt intake and sympathetic activity. Circulation 2003 Apr 29; 107 ((16): 108 author reply. Full free text at http://circ.ahajournals.org/ggi/reprint/107/16/e108
9. Guido Grassi, et al. Short- and Long-Term Neuroadrenergic Effects of Moderate Dietary Sodium restriction in Essential Hypertension. Circulation. 2002;106: 1957-1961. Full free text at http://circ.ahajournals.org/cgi/reprint/106/15/1957
10. Campese VM, et al. Abnormal relationship between sodium intake and sympathetic nervous system activity in salt-sensitive patients with essential hypertension. Kidney Int., 1982; 21: 371-378
11. MA Creager, et al. Sodium depresses arterial baroreceptor reflex function in normotensive humans. Hypertension 1991;17;989-996
12. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf (versão em português)
13. Volume-expanded' hypertension: the effect of fluid overload and the role of the sympathetic nervous system in salt-dependent hypertension, Journal of Hypertension, V30; N1: January 2012 doi: 10.1097/HJH.0b013e32834f6de1
14. de Champlain J, Farley L, Cousineau D, van Ameringen MR. Circulating catecholamine levels in human and experimental hypertension. CircRes 1976; 38:109–114.
15. Louis WJ, Doyle AE, Anavekar S. Plasma norepinephrine levels in essential hypertension. N Engl J Med 1973; 288:599–601.
16. Sever PS, Osikowska B, Birch M, Tunbridge RD. Plasma noradrenaline in essential hypertension. Lancet 1977; 1:1078–1081.
17. Lake CR, Kopin IJ, Ziegler MG, Coleman MD. Plasma catecholaminesand neurogenic hypertension. N Engl J Med 1977; 297:53–54.
18. de Champlain J, Krakoff L, Axelrod J. Interrelationships of sodium intake, hypertension, and norepinephrine storage in the rat. Circ Res 1969; 24 (Suppl):75–92.
19. Reid JL, Zivin JA, Kopin IJ. Central and peripheral adrenergic mechanisms in the development of deoxycorticosterone-saline hypertension in rats. Circ Res 1975; 37:569–579.
20. Murray RH, Luft FC, Bloch R, Weyman AE. Blood pressure responses to extremes of sodium intake in normal man. Proc Soc Exp Biol Med 1978; 159:432–436.
21. Nicholls MG, Kiowski W, Zweifler AJ, Julius S, Schork MA, Greenhouse J. Plasma norepinephrine variations with dietary sodium intake. Hypertension 1980; 2:29–32.
22. Yang Q, Liu T, Kuklina EV et al. Sodium and potassium intake and mortality among US adults. Prospective data from the Third National Health and Examination Survey. Arch Intern Med 2011, 171 (13):1183-91
23. Sodium/potassium ratio important for health. Heartwire, July 11, 2011
De qualquer forma é importante enfatizar que uma redução geral no consumo de sal na dieta pode ser conseguida apenas através da redução do conteúdo do cloreto de sódio dos alimentos processados, os quais significam cerca de 75% a 80% do cloreto de sódio consumido diariamente (3). Mesmo o sal de mesa atualmente consumido é industrialmente processado com os minerais essenciais removidos quase completamente.
Recentemente um estudo Europeu questionou a necessidade de se reduzir o consumo de sal na população em geral e refutou as estimativas geradas por computador quanto as vidas e custos de cuidados na saúde que seriam salvos pela redução no consumo de sódio. Os autores ressaltaram que os estudos prévios onde nos quais as recomendações para a redução no consumo de sal foram baseadas são todos de curto prazo, testes de intervenção controlada, nos quais existem reduções na pressão sangüínea de pacientes hipertensos e um pequeno decréscimo na pressão sangüínea de voluntários normotensos, com a redução de sódio, e esses estudos foram extrapolados para a população como um todo. Os autores também notam que a presunção de que um consumo mais baixo de saliria no longo prazo reduzir a pressão sangüínea, não foi confirmada em estudos longitudinais baseados na população. O achado mais controverso neste estudo prospectivo, que envolveu 3681 participantes sem doença cardiovascular, foi de que o consumo reduzido de sódio - da forma como foi medida por 24-horas a extração de sódio - foi associada com uma aumentada mortalidade cardiovascular. No estudo os autores disseram que o mecanismo fundamental que explicaria a associação inversa entre a mortalidade cardiovascular e a extração de sódio na urina por 24 horas, poderia ser que um consumo de sal baixo o suficiente para decrescer a pressão sangüínea também aumentou a atividade do nervo simpático, decresceu a sensitividade à insulina, ativou o sistema renina-angiotensina e estimulou a secreção de aldosterona (4).
Esse estudo Europeu não foi o primeiro a achar que uma dieta com baixo conteúdo de sódio seja prejudicial à saúde. O estudo NHANES, publicado em 2006, constituído de uma amostra com 7154 participantes, descobriu que uma dieta com baixo teor de sódio foi associada com a estimulação do sistema nervoso simpático, e com um aumento nos resultados de mortalidade na doença cardiovascular e por todas as causas. Outros testes de curto prazo também observaram a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e no sistema nervoso simpático, um decréscimo na sensitividade à insulina, e aumentos nas concentrações do colesterol LDL, triglicérides e de ácido úrico (6).
Graham MacGregor, convidado para discutir o estudo pelo Heartwire (7), demonstrou irritação a respeito dos comentários sobre os possíveis mecanismos adjacentes citados no estudo Europeu, (4), dizendo “Nós mostramos em nossa meta-análise que reduzindo o sal nos montantes que estamos recomendando não há aumento na atividade do simpático, existe um trivial aumento na renina, e nenhuma evidência de quaisquer efeitos adversos, nenhum significado fisiológico seja o que for.”
O Dr. MacGregor também havia reagido em 2003 (8), em uma correspondência para o Jornal Circulation, quanto aos achados feitos por Grassi e colegas nos efeitos da modesta redução de sal na atividade simpática (9).
De outro lado, por causa dos níveis de noradrenalina no plasma durante um alto consumo de sal permanecerem inalterados em pacientes sensitivos ao sal, mas reduzidos em pacientes normais e nos pacientes hipertensivos não sensitivos ao sal, foi sugerido que esses relacionamentos anormais no consumo de sal, teriam origem na atividade simpática (10). É interessante notar sobre a descoberta feita há vários anos de que uma dieta com alto teor de sódio pode deprimir a função barorreflexa, levando ao estímulo da ativação simpática (11).
Um artigo de revisão recente feito por pesquisadores da Boston University School of Medicine (BUSM) questiona o conceito amplamente divulgado de que a hipertensão, ou pressão alta, é o resultado de excesso de sal causando um aumento do volume sanguíneo, exercendo pressão extra sobre as artérias. Publicado online no Journal of Hypertension (1), o estudo demonstra que o excesso de sal estimula o sistema nervoso simpático a produzir adrenalina, causando constrição arterial e hipertensão. Este estudo cita que vários pesquisadores ao longo dos anos 1960 e 1970, relataram níveis elevados de catecolaminas plasmáticas em até 40% dos pacientes com hipertensão essencial (14-17), bem como uma associação de aumento de catecolaminas com a alta ingestão de sódio em animais experimentais e seres humanos (18-21)
Tendo em vista que tanto a restrição quanto um maior consumo de sódio na dieta podem ser deletérios à saúde humana, não partilhamos da opinião quanto a uma restrição indiscriminada no consumo de sódio ao nível da população, e como uma recomendação universal, seja uma boa solução para ajudar na prevenção da doença cardiovascular. Na nossa idéia o balanço de sal no organismo deve ser pensado de acordo com requerimentos individuais.
Além de tudo porque acreditamos que a predominância do simpático seja o fator primário na cascata de eventos levando a doença cardiovascular, de acordo com nossa teoria da acidez na aterosclerose (12).
Nota
Um novo estudo (2) mostrou que pessoas que consomem muito sal e pouco potássio em sua dieta tiveram um significativo aumento no risco de óbito por doença cardiovascular comparado com aqueles que tiveram uma mais baixa relação entre sódio e potássio. O estudo, que teve uma média de 14,8 anos de follow-up, coletando dados sobre 12.267 pessoas, não é o primeiro estudo a achar uma associação entre alta pressão sangüínea e altos níveis de consumo de sal e baixos níveis de ingestão de potássio.
No entanto, a Dra. Elena Kuklina, co-autora desse estudo, disse ao Heartwire (23) que esse é o primeiro grande estudo nacional avaliando sódio e potássio ao mesmo tempo. Ela também disse que "As maiores implicações de seus achados são de que uma dieta balanceada em ambos os nutrientes é importante. As pessoas deveriam tentar reduzir o sódio em particular através do consumo menor de alimentos processados, mas também deveriam aumentar a ingestão de potássio".
A Dra. Kublina também enfatizou junto ao Heartwire que as pessoas precisam entender sobre o maciço impacto que o processamento tem quanto aos alimentos. Ela cita, por exemplo, que 100 g de carne de porco não processada contêm 61 mg de sódio e 340 mg de potássio, mas transformando isso em presunto altera essa relação significativamente, a um rendimento colossal de 921 mg de sódio e, de outro lado, reduz o conteúdo de potássio a 240 mg.
Falando sobre os resultados desse estudo o Dr. David Brownstein, um colega no THINCs, fez uma interessante observação dentro de nosso fórum interno, sobre o alto consumo de sal dependendo do seu tipo, se sal refinado ou não refinado. O Dr. David disse que “Sal refinado carece de potássio. O uso de sal refinado leva ao desbalanceamento de sódio/potássio. Isso pode ser retificado pelo uso de sal não refinado o qual contêm tanto sódio (menores montantes se comparado com sal refinado) e potássio. Esse artigo, arrematou ele, deveria ser intitulado de ‘Os problemas com sal refinado: A deficiência de potássio’.
Eu concordo com o Dr. David Brownstein, nessa sua opinião. Principalmente levando-se em consideração quanto a importância das alterações na atividade sódio/potássio conforme expressadas em nosso trabalho sobre a teoria da acidez na aterosclerose (12).
Carlos Monteiro
1. He FJ and MacGregor GA, . How far should salt intake be reduced? Hypertension 2003; 42:1093-1099. Full free text at http://hyper.ahajournals.org/cgi/reprint/42/6/1093
2. Michael H. Alderman, Evidence Relating Dietary Sodium to Cardiovascular Disease. Journal of the American College of Nutrition, Vol. 25, No. 3, 256S–261S (2006). Full free text at http://www.jacn.org/content/25/suppl_3/256S.full
3. Klaus D et al. Salt restriction for the prevention of cardiovascular disease. Dtsch Arztebl Int 2010; 107(26):457-62. Full free text at http://www.aerzteblatt.de/int/article.asp?id=77388
4. Stolarz-Skrypek K, et al. Fatal and nonfatal outcomes, incidence of hypertension, and blood pressure changes in relation to urinary sodium excretion. JAMA 2011; 305:1777-1785
5. Cohen HW, et al. Sodium Intake and Mortality in the NHANES II Follow-up Study. The American Journal of Medicine (2006) 119, 275.e7-275.e149.
6. Jurgens G, Graudal NA. Effects of low sodium data versus high sodium diet on blood pressure, renin aldosterone, catecholamines cholesterols, and triglyceride. Cochrane Database Syst Rev. 2004; Issue 1. Art. No.: CD004022
7. New Salt paper causes controversy. Heartwire, May 3, 2011 (http://www.theheart.org)
8. He FJ and MacGregor GA. Salt intake and sympathetic activity. Circulation 2003 Apr 29; 107 ((16): 108 author reply. Full free text at http://circ.ahajournals.org/ggi/reprint/107/16/e108
9. Guido Grassi, et al. Short- and Long-Term Neuroadrenergic Effects of Moderate Dietary Sodium restriction in Essential Hypertension. Circulation. 2002;106: 1957-1961. Full free text at http://circ.ahajournals.org/cgi/reprint/106/15/1957
10. Campese VM, et al. Abnormal relationship between sodium intake and sympathetic nervous system activity in salt-sensitive patients with essential hypertension. Kidney Int., 1982; 21: 371-378
11. MA Creager, et al. Sodium depresses arterial baroreceptor reflex function in normotensive humans. Hypertension 1991;17;989-996
12. Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf (versão em português)
13. Volume-expanded' hypertension: the effect of fluid overload and the role of the sympathetic nervous system in salt-dependent hypertension, Journal of Hypertension, V30; N1: January 2012 doi: 10.1097/HJH.0b013e32834f6de1
14. de Champlain J, Farley L, Cousineau D, van Ameringen MR. Circulating catecholamine levels in human and experimental hypertension. CircRes 1976; 38:109–114.
15. Louis WJ, Doyle AE, Anavekar S. Plasma norepinephrine levels in essential hypertension. N Engl J Med 1973; 288:599–601.
16. Sever PS, Osikowska B, Birch M, Tunbridge RD. Plasma noradrenaline in essential hypertension. Lancet 1977; 1:1078–1081.
17. Lake CR, Kopin IJ, Ziegler MG, Coleman MD. Plasma catecholaminesand neurogenic hypertension. N Engl J Med 1977; 297:53–54.
18. de Champlain J, Krakoff L, Axelrod J. Interrelationships of sodium intake, hypertension, and norepinephrine storage in the rat. Circ Res 1969; 24 (Suppl):75–92.
19. Reid JL, Zivin JA, Kopin IJ. Central and peripheral adrenergic mechanisms in the development of deoxycorticosterone-saline hypertension in rats. Circ Res 1975; 37:569–579.
20. Murray RH, Luft FC, Bloch R, Weyman AE. Blood pressure responses to extremes of sodium intake in normal man. Proc Soc Exp Biol Med 1978; 159:432–436.
21. Nicholls MG, Kiowski W, Zweifler AJ, Julius S, Schork MA, Greenhouse J. Plasma norepinephrine variations with dietary sodium intake. Hypertension 1980; 2:29–32.
22. Yang Q, Liu T, Kuklina EV et al. Sodium and potassium intake and mortality among US adults. Prospective data from the Third National Health and Examination Survey. Arch Intern Med 2011, 171 (13):1183-91
23. Sodium/potassium ratio important for health. Heartwire, July 11, 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Porque a aterosclerose é mais suave ou não-existente em indivíduos com síndrome de Down?
Diferentes estudos de necropsia mostraram que a ocorrência da aterosclerose é mais suave ou não-existente em pessoas com síndrome de Down (1, 2, 3, 4). De fato, um estudo sugeriu que em mulheres com síndrome de Down (SD) pode ser menos provável a manifestação de síndrome de resistência à insulina*, e homens e mulheres com SD podem possuir menos fatores de risco para a aterosclerose do que os grupos de comparação (5).
Confirmando os resultados de que indivíduos com SD possuem menores níveis de aterosclerose um recente estudo examinou a relação entre fatores de risco cardiovascular e espessura da íntima-medial da carótida (IMT), uma medida para a aterosclerose, em 52 adultos com SD. Os adultos com SD possuíam menor IMT, pressão sangüínea sistólica e pressão sangüínea diastólica, do que no grupo de controle. A conclusão do estudo foi de que os adultos com SD podem estar protegidos contra a aterosclerose apesar da elevada gordura corporal e de elevados fatores de risco cardiovasculares (6).
É interessante notar sobre os resultados de alguns estudos demonstrando que em menores graus de IMT, o espessamento parece refletir um estado de equilíbrio no qual os efeitos da pressão e fluxo nas artérias estão em balanço, dando uma relação característica entre a tensão tangencial hemodinâmica (shear stress) e a pressão transmural local (7, 8).
Uma explicação razoável para a reduzida incidência da aterosclerose é a regulação autônoma alterada nos indivíduos com SD, com efeitos de pequenas mudanças na sensibilidade baroreflexa e na resposta de excitação simpática (9, 10, 11). A reduzida resposta do simpático ao estresse é suportada pelos baixos níveis circulantes de catecolaminas em resposta ao exercício incrementado na bicicleta ergométrica em indivíduos com SD (12).
Na teoria da acidez na aterosclerose a predominância do simpático é o primeiro passo e a tensão tangencial hemodinâmica o último passo na cascata de eventos levando ao processo aterogênico (13, 14)
*Nota:
A resistência à insulina pode contribuir para uma aumentada atividade do sistema nervoso simpático (15) e a atividade do SNS pode similarmente aumentar a resistência à insulina (16)
1.Ylä-Herttuala S, Luoma J, Nikkari T, Kivimäki T. Down's syndrome and atherosclerosis. Atherosclerosis. 1989 Apr;76(2-3):269-72.
2.Murdoch JC, Rodger JC, Rao SS, Fletcher CD, Dunnigan MG. Down's syndrome: an atheroma-free model? Br Med J. 1977 Jul 23;2(6081):226-8.
3.Moss TJ, Austin GE. Pre-atherosclerotic lesions in Down syndrome. J Ment Defic Res. 1980 Jun;24(2):137-41.
4.Chaney RH. Neurogenic atherosclerosis in mentally retarded persons. J Ment Defic Res. 1987 Sep;31 ( Pt 3):235-40
5.Draheim CC, McCubbin JA, Williams DP. Differences in cardiovascular disease risk between nondiabetic adults with mental retardation with and without Down syndrome. Am J Ment Retard. 2002 May;107(3):201-11
6.Draheim CC, Geijer JR, Dengel DR. Comparison of intima-media thickness of the carotid artery and cardiovascular disease risk factors in adults with versus without the Down syndrome. Am J Cardiol. 2010 Nov 15;106(10):1512-6
7.Gnasso A, et al. Association Between Intima-Media Thickness and Wall Shear Stress in Common Carotid Arteries in Healthy Male Subjects. Circulation. 1996;94:3257-3262
8.Bots M. L, et al. Increased Common Carotid Intima-Media Thickness. Adaptive Response or a Reflection of Atherosclerosis? Findings From the Rotterdam Study. Stroke. 1997;282442 .
9.Agiovlasitis S, Collier SR, et al. Autonomic response to upright tilt in people with and without Down syndrome. Res Dev Disabil. 2010 May-Jun;31(3):857-63.
10.Iellamo F, Galante A, et al. Altered autonomic cardiac regulation in individuals with Down syndrome. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2005 Dec;289(6):H2387-91.
11.Bo Fernhall and Mari Otterstetter. Attenuated responses to sympathoexcitation in individuals with Down syndrome. J Appl Physiol 94: 2158–2165, 2003.
12.Eberhard Y, Etarradossi J and Terminarias A. Biochemical changes and catecholamine response in Down’s syndrome adolescents in relation to incremental maximal exercise. J Ment Defic Res 35: 140-146, 1991
13. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, 22 de Fevereiro de 2010 em http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html
14.Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf (versão em português)
15.Pikkujamsa SM, Huikuri HV, Airaksinen KE, Rantala AO, Kauma H, Lilja M, Savolainen MJ, Kesaniemi YA. Heart rate variability and baroreflex sensitivity in hypertensive subjects with and without metabolic features of insulin resistance syndrome. Am J Hypertens 1998;11:523–31
16.Moan A, Nordby G, Rostrup M, Eide I, Kjeldsen SE. Insulin sensitivity, sympathetic activity, and cardiovascular reactivity in young men. Am J Hypertens 1995;8:268–75
Confirmando os resultados de que indivíduos com SD possuem menores níveis de aterosclerose um recente estudo examinou a relação entre fatores de risco cardiovascular e espessura da íntima-medial da carótida (IMT), uma medida para a aterosclerose, em 52 adultos com SD. Os adultos com SD possuíam menor IMT, pressão sangüínea sistólica e pressão sangüínea diastólica, do que no grupo de controle. A conclusão do estudo foi de que os adultos com SD podem estar protegidos contra a aterosclerose apesar da elevada gordura corporal e de elevados fatores de risco cardiovasculares (6).
É interessante notar sobre os resultados de alguns estudos demonstrando que em menores graus de IMT, o espessamento parece refletir um estado de equilíbrio no qual os efeitos da pressão e fluxo nas artérias estão em balanço, dando uma relação característica entre a tensão tangencial hemodinâmica (shear stress) e a pressão transmural local (7, 8).
Uma explicação razoável para a reduzida incidência da aterosclerose é a regulação autônoma alterada nos indivíduos com SD, com efeitos de pequenas mudanças na sensibilidade baroreflexa e na resposta de excitação simpática (9, 10, 11). A reduzida resposta do simpático ao estresse é suportada pelos baixos níveis circulantes de catecolaminas em resposta ao exercício incrementado na bicicleta ergométrica em indivíduos com SD (12).
Na teoria da acidez na aterosclerose a predominância do simpático é o primeiro passo e a tensão tangencial hemodinâmica o último passo na cascata de eventos levando ao processo aterogênico (13, 14)
*Nota:
A resistência à insulina pode contribuir para uma aumentada atividade do sistema nervoso simpático (15) e a atividade do SNS pode similarmente aumentar a resistência à insulina (16)
1.Ylä-Herttuala S, Luoma J, Nikkari T, Kivimäki T. Down's syndrome and atherosclerosis. Atherosclerosis. 1989 Apr;76(2-3):269-72.
2.Murdoch JC, Rodger JC, Rao SS, Fletcher CD, Dunnigan MG. Down's syndrome: an atheroma-free model? Br Med J. 1977 Jul 23;2(6081):226-8.
3.Moss TJ, Austin GE. Pre-atherosclerotic lesions in Down syndrome. J Ment Defic Res. 1980 Jun;24(2):137-41.
4.Chaney RH. Neurogenic atherosclerosis in mentally retarded persons. J Ment Defic Res. 1987 Sep;31 ( Pt 3):235-40
5.Draheim CC, McCubbin JA, Williams DP. Differences in cardiovascular disease risk between nondiabetic adults with mental retardation with and without Down syndrome. Am J Ment Retard. 2002 May;107(3):201-11
6.Draheim CC, Geijer JR, Dengel DR. Comparison of intima-media thickness of the carotid artery and cardiovascular disease risk factors in adults with versus without the Down syndrome. Am J Cardiol. 2010 Nov 15;106(10):1512-6
7.Gnasso A, et al. Association Between Intima-Media Thickness and Wall Shear Stress in Common Carotid Arteries in Healthy Male Subjects. Circulation. 1996;94:3257-3262
8.Bots M. L, et al. Increased Common Carotid Intima-Media Thickness. Adaptive Response or a Reflection of Atherosclerosis? Findings From the Rotterdam Study. Stroke. 1997;282442 .
9.Agiovlasitis S, Collier SR, et al. Autonomic response to upright tilt in people with and without Down syndrome. Res Dev Disabil. 2010 May-Jun;31(3):857-63.
10.Iellamo F, Galante A, et al. Altered autonomic cardiac regulation in individuals with Down syndrome. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2005 Dec;289(6):H2387-91.
11.Bo Fernhall and Mari Otterstetter. Attenuated responses to sympathoexcitation in individuals with Down syndrome. J Appl Physiol 94: 2158–2165, 2003.
12.Eberhard Y, Etarradossi J and Terminarias A. Biochemical changes and catecholamine response in Down’s syndrome adolescents in relation to incremental maximal exercise. J Ment Defic Res 35: 140-146, 1991
13. Predominância do sistema nervoso simpático: o fator primário na cascata de eventos levando a espiral aterogênica. , Carlos Monteiro, 22 de Fevereiro de 2010 em http://teoriadaacidez.blogspot.com/2010/02/predominancia-do-sistema-nervoso.html
14.Carlos ETB Monteiro, “Ambiente ácido evocado por estresse crônico: Um novo mecanismo para explicar aterogênese.”, disponível no Infarct Combat Project, Janeiro 28, 2008 em http://www.infarctcombat.org/AcidityTheory-p.pdf (versão em português)
15.Pikkujamsa SM, Huikuri HV, Airaksinen KE, Rantala AO, Kauma H, Lilja M, Savolainen MJ, Kesaniemi YA. Heart rate variability and baroreflex sensitivity in hypertensive subjects with and without metabolic features of insulin resistance syndrome. Am J Hypertens 1998;11:523–31
16.Moan A, Nordby G, Rostrup M, Eide I, Kjeldsen SE. Insulin sensitivity, sympathetic activity, and cardiovascular reactivity in young men. Am J Hypertens 1995;8:268–75
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